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O dia em que o mundo parou

Livro “1929” traz detalhes sobre o rombo na bolsa de Nova York e te ajuda a não cometer os mesmos erros como investidor

1 de outubro de 2018
15:46
Franklin Delano Roosevelt e Winston Churchill - Imagem: Shutterstock

Nenhum século da História foi tão marcante como o XX, tal a profusão de acontecimentos impactantes, muitos deles decisivos para o destino da Humanidade. Para sempre. Sim, para sempre.

A começar pelo naufrágio do Titanic, em sua viagem inaugural, ocorrido na noite de 14 para 15 de abril de 1912. Dois anos mais tarde, em Sarajevo, na Bósnia, mais precisamente em 28/06/1914, o arquiduque Franz Ferdinand, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, foi assassinado por um fanático, incidente que deu origem a uma série de eventos que culminaram com a eclosão da Primeira Guerra Mundial.

Quatro anos e 16 milhões de mortos mais tarde, a rendição dos alemães aos aliados ocidentais foi firmada em 11 de novembro de 1918, em Compiègne, na França. Oito meses antes, os bolcheviques, após assinarem o tratado de Brest–Litovsk com a Alemanha, na prática uma rendição, deram início ao primeiro regime comunista da História, situação essa que perdurou por 73 anos, até a queda do muro de Berlim em junho de 1990.

Segundo se propalava no início do século passado, a Primeira Guerra foi travada para acabar com todas as guerras. Pura ingenuidade.

Em 1933, ao ser nomeado chanceler alemão, Adolf Hitler, um cabo austríaco de gestos teatrais e propriedades tidas como messiânicas, hipnotizador das massas, obteria, no voto popular (através de eleições e plebiscitos), poderes totais. Poderes esses que provocariam o maior cataclismo da História, quando tentou levar a cabo seu intento de dominar a Europa.

Resultado: 60 milhões de mortos.

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De onde surgiu Hitler? Como pôde um homem que jamais teve um emprego fixo na vida (fez alguns biscates como pintor de paredes quando morou em Viena) alcançar tal status?

A resposta pode ser encontrada em dois episódios.

O primeiro deles foi o Tratado de Versalhes, assinado em 28 de junho de 1919, através do qual a Alemanha, perdedora da guerra, foi forçada a assumir compromissos que simplesmente não poderia cumprir.

Entre outras obrigações, estava a entrega de territórios, de fábricas inteiras, de matéria-prima e o pagamento de uma multa equivalente, em valores de hoje, a 500 bilhões de dólares.

Os encargos de Versalhes levaram a Alemanha a uma hiperinflação que atingiu níveis inimagináveis. No auge do fenômeno, em novembro de 1923, eram necessários 4.210.500.000.000 (sim, quatro trilhões) de marcos para se adquirir um único dólar.

Foi nesse ambiente que o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (ou simplesmente nazista) floresceu, trazendo a reboque seu líder Adolf Hitler.

Só que os Anos Vinte, os Esfuziantes Anos Vinte (The Roaring Twenties – Années Folles para os franceses) estavam começando. Nos Estados Unidos da América, criava-se a sociedade em que “todos seriam ricos”.

Esse otimismo espalhou-se pelo mundo, chegando inclusive à Alemanha, agora na República de Weimar, onde floresciam as artes e as letras. O movimento nazista simplesmente murchou, reduzindo-se aos adeptos mais fanáticos de Hitler, agora cumprindo pena numa prisão.

A América era uma festa só. Nunca se bebeu tanto, apesar da Lei Seca (1920/1933). Nos speakeasies (bares supostamente clandestinos – todo mundo, inclusive a polícia, é claro, sabia a localização de cada um deles), as melindrosas (flappers) saracoteavam ao som do charleston.

Em Paris, era possível encontrar na mesma mesa de um café os escritores Ernest Hemingway, F. Scott Fitzgerald, John Dos Passos e James Joyce, os pintores Pablo Picasso e Henri Matisse, a dançarina Isadora Duncan e a entertainer Josephine Baker.

Na Alemanha, as atrizes Marlene Dietrich e Leni Riefenstahl (futura cineasta de Hitler) rivalizavam nas telas dos cinemas.

Quem financiava toda essa festança? O bull market da bolsa de Nova York.

Quem financiava o bull market da bolsa de Nova York? Os bancos que emprestavam dinheiro recebendo ações como garantia.

Quando as ações se valorizavam, os bancos ofereciam mais empréstimos aos clientes. Uma colossal bola de neve ia se formando aos poucos.

Ai de quem duvidasse da pujança do mercado de ações. Era taxado de sabotador, de inimigo da América.

É sobre isso que trata meu livro “1929”, relançado agora pela Inversa.

Toda a narrativa se dá em torno de pessoas reais (não há sequer um personagem fictício), gente importante como os estadistas Winston Churchill, Franklin Delano Roosevelt, Herbert Hoover (antecessor de Roosevelt na Casa Branca), os banqueiros Jack Morgan e Amadeo Peter Giannini (fundador do Bank of America), os magnatas Joseph (Joe) Kennedy (pai do presidente John Kennedy), Henry Ford, a rainha dos cosméticos Helena Rubinstein, o ator Charlie Chaplin, o músico Irving Berlin e outras celebridades.

Nas pesquisas para escrever "1929", saí em busca de pessoas comuns, gente do povo que acabou se envolvendo, a maioria sem saber, no mercado de ações ou nos bancos que o financiavam.

Entre esses personagens que a História não registra está a adolescente Jolan Slezsak, vendedora de bebidas alcoólicas num carrinho de bebê, que tem uma herança a receber quando atingir a maioridade ou se casar; Homer Dowdy, carteiro da cidade de Flint, no estado de Michigan; o merceeiro John Bokr; além de outros.

No dia 29 de outubro de 1929, que ficou marcado como Black Tuesday, a Bolsa de Nova York sofreu seu grande crash. O sonho da sociedade “em que todos seriam ricos” caiu por terra em um par de horas. Veio então a quebradeira e a Grande Depressão dos Anos Trinta. Mais de 2.000 bancos fecharam as portas, fazendo com que pessoas que jamais haviam comprado uma ação sequer na vida perdessem suas economias.

O grande beneficiário dessa catástrofe financeira foi Adolf Hitler, que agora tinha milhões de desempregados alemães em suas hostes.

Você saberá como toda essa reação em cadeia se desenrolou ao percorrer as páginas de “1929”. É só conferir.

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