Depois de Fernando Haddad (PT) falar sobre responsabilidade fiscal, o economista Paulo Guedes voltou a dar pistas sobre os planos que a equipe de Jair Bolsonaro (PSL) tem para a economia em um eventual governo. Responsável pela parte econômica da campanha, Guedes tentou consertar nesta terça-feira, 9, sua fala sobre a criação de uma nova CPMF. Ele afirmou que a polêmica envolvendo a volta do imposto "foi um equívoco enorme" e que, na verdade, eles estavam estudando a convergência de impostos.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, Guedes citou a proposta do economista Marcos Cintra de eliminar os impostos indiretos, os chamados regressivos. Para substituir essas taxas, haveria um imposto único, cuja cobrança poderia ser sobre o valor agregado ou utilizando um modelo nos moldes da CPMF.
O braço direito de Bolsonaro na área econômica acrescentou que a polêmica é reflexo da elevada "paixão política". Ele disse que Cintra irá, mais adiante, dar esclarecimentos sobre a proposta de imposto único.
Liderança em primeiro lugar
Guedes defendeu que Bolsonaro teve votação forte no primeiro turno por causa da sua liderança e da defesa de valores familiares. "Economistas no Brasil se têm às dúzias. O importante é ter liderança", disse, pedindo para que se pare de criticar Bolsonaro por causa da economia.
Na entrevista, ele também acrescentou que programas sociais vão ser mantidos e que a economia do Brasil é "muito fechada" e "um curral para a exploração do consumidor". Nesse sentido, a proposta de Guedes é a revisão do excesso do gasto público.
"Esse descontrole corrompeu a economia. Vamos precisar olhar esse excesso de gastos", disse, destacando o período do governo da ex-presidente Dilma Rousseff.
Ainda, sobre o mercado de ações, o economista disse que a bolsa brasileira ficou "rica". "Mas serve a menos empresas", ponderou.
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*Com Estadão Conteúdo.