A Eletrobras divulgou na noite desta sexta-feira, 21, seu Plano Diretor de Negócios e Gestão (PDGN) para o período 2019-2023. No período, a empresa prevê investimentos totais de R$ 30,175 bilhões sendo que, somente para 2019, a expectativa é investir R$ 5,675 bilhões. O maior montante, no entanto, está previsto para 2021, de R$ 6,393 bilhões.
Do total de aplicações previstas, R$ 12 bilhões serão direcionados para a Usina Nuclear Angra 3. Já os investimentos corporativos somarão R$ 28,246 bilhões e os aportes em Sociedades de Propósito Específico (SPE) serão de R$ 1,929 bilhão.
Geração leva a maior fatia
Com orçamento de R$ 17,845 bilhões, o setor de geração de energia da Eletrobras deverá receber a maior fatia do bolo. Nessa conta estão somados os investimentos diretos e em SPEs. Já para o segmento de transmissão, a previsão é de 10,618 bilhões em cinco anos, e em infraestrutura, os aportes previstos são de R$ 1,711 bilhão.
Essa divisão se explica porque a estatal tem um plano de crescimento importante em geração e principalmente transmissão em 2019. Em geração, a companhia pretende fechar com 2.037 MW no próximo ano, ante 828 MW ao final do terceiro trimestre deste ano. Já em transmissão, o plano é aumentar em quase 10 vezes o tamanho das linhas, passando de 222 km ao final de setembro para 2.158 km em dezembro de 2019. Neste sentido, a empresa pretende revisar o WACC de Geração e Transmissão, além da tarifa de transmissão.
Outra meta importante estabelecida pela companhia é a de alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda ajustado. A Eletrobras quer que o indicador fique abaixo de 3 vezes ao final do próximo ano, ante 3,3 vezes em setembro deste ano.
A Eletrobras também colocou nos objetivos a contenção dos custos com pessoal e material (PMSO), com a meta de 1,25 para 2019, ante 1,36 no terceiro trimestre deste ano. Na frequência de acidentes com afastamento, a estatal quer diminuir de 2,83 para 1,33. Ainda no quesito redução de custos, a Eletrobras lembra que realizará um Plano de Demissão Consensual (PDC) para desligamento de 2.187 empregados, com economia estimada de R$ 574 milhões por ano, a um custo próximo de R$ 731 milhões.
No plano também estão previstas as reestruturações societárias da Eletrosul, CGTEE, Eletronorte, Amazonas Geração e Transmissão, além da consolidação do Centro de Serviço Compartilhado. O plano prevê também a conclusão do plano de desinvestimentos até o final de 2019, além da incorporação de SPEs em que a Eletrobras tenha participação majoritária e encerramento das que não apresentarem viabilidade econômica financeira.
*Com Estadão Conteúdo.