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Ricardo Gozzi

É jornalista e escritor. Passou quase 20 anos na editoria internacional da Agência Estado antes de se aventurar por outras paragens. Escreveu junto com Sócrates o livro 'Democracia Corintiana: a utopia em jogo'. Também é coautor da biografia de Kid Vinil.

APERTO MONETÁRIO

Surpresa #sqn: Por que o Banco Central Europeu não pega o mercado desprevenido nem mesmo quando surpreende

BCE elevou a taxa de juro mais do que vinha antecipando; em compensação, lançou um programa de compra de títulos para evitar a chamada ‘fragmentação’

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. — ata da reunião pressiona bolsas hoje
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde. - Imagem: Banco Central Europeu

Não é do feitio do Banco Central Europeu (BCE) surpreender o mercado financeiro. Entretanto, uma surpresa nem tão surpreendente assim parecia inevitável hoje.

O BCE elevou a taxa básica de juro da zona do euro em 50 pontos-base. Em compensação, anunciou também o lançamento de um programa de bônus para evitar a chamada “fragmentação” da união monetária.

Deste modo, o primeiro ciclo de aperto monetário do BCE em 11 anos começou numa intensidade maior do que a antecipada.

BCE causa surpresa para os padrões europeus

O BCE é conhecido por sua comunicação clara com os agentes do mercado financeiro.

No caso da autoridade monetária, só é pego de surpresa quem não presta atenção aos sinais.

Hoje, mais do que apreensão, os participantes do mercado europeu deixavam transparecer uma certa empolgação com a situação inusitada.

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“Excepcionalmente hoje há sérias dúvidas sobre o que Banco Central Europeu vai fazer”, disse mais cedo Henry Allen, analista do Deutsche Bank.

Mas, até quando surpreende, o BCE parece conseguir evitar que os investidores sejam pegos desprevenidos.

Até ontem, os participantes davam como certo o início do aperto monetário na zona do euro com uma alta de 25 pontos-base na taxa básica de juro.

Eis que começaram a circular rumores de que a alta poderia ser de 50 pontos-base. Tudo com base em uma fonte graduada no BCE que antecipou a informação à agência de notícias Reuters.

Hoje, além de aumentar o juro em 50 pontos-base, o BCE sinalizou uma nova alta na reunião marcada para setembro.

“A Europa acordou e percebeu que precisa subir juros, e vai subir para níveis contracionistas”, disse Marcelo Oliveira, CFA e fundador da Quantzed.

Uma no cravo, outra na ferradura

O aperto monetário na zona do euro se justifica pelo flerte da região com a recessão.

A inflação em alta acelerada, as ameaças de corte no fornecimento do gás russo e os impactos da invasão da Ucrânia pela Rússia são as principais preocupações do BCE no momento.

Mas não são as únicas.

Mais do que a recessão, a autoridade monetária europeia teme a chamada “fragmentação”.

Em uma tentativa de mitigar o risco de fragmentação, o BCE compensou a alta do juro com um novo programa de compra de ativos.

O que é ‘fragmentação’

O processo chamado de fragmentação refere-se ao descompasso no diferencial de juros em relação às economias mais sólidas da zona do euro.

O BCE teme que os custos dos empréstimos das economias mais endividadas aumentem num ritmo muito mais acelerado do que os dos países mais ricos.

Diante disso, ao mesmo tempo em que subiu o juro numa magnitude maior que a antecipada, o BCE estabeleceu um novo programa de compra de títulos e manteve a flexibilidade dos resgates de um programa emergencial lançado durante a pandemia.

A intenção é garantir uma maior eficiência dos instrumentos de política monetária empregados no momento, explicou a presidente do BCE, Christine Lagarde.

Itália preocupa o BCE

Quem tem causado mais preocupação ao BCE no momento é a Itália.

Em junho, uma alta desproporcional do custos dos empréstimos de alguns países da zona do euro, entre eles a Itália, acendeu o sinal de alerta, levando o BCE inclusive a convocar uma reunião emergencial.

Nos últimos dias, o movimento voltou a se repetir. As taxas dos títulos italianos subiram na esteira da crise política que hoje culminou na renúncia do primeiro-ministro Mario Draghi.

A expectativa é de que o Parlamento italiano seja dissolvido e novas eleições sejam convocadas para algum momento entre o fim de setembro e o início de outubro.

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