Como ver a Aurora Boreal? Especialistas detalham a viagem ideal para conferir o fenômeno
Para avistar as luzes coloridas no céu, é preciso estar no lugar certo, na hora certa — e contar com a sorte também
A primeira coisa que um agente de viagens vai te dizer quando você expressar sua vontade de viajar para ver a Aurora Boreal é que não existe garantia alguma que você terá seu desejo realizado.
Acredite, não é má vontade, nem um serviço ruim. É apenas um fato constatado, já que o fenômeno astronômico depende de condições climáticas muito específicas para ser visto a olho nu. Ele acontece, independentemente do ser humano, mas nem sempre é visível.
Não é por acaso que o passeio para avistar as luzes coloridas no céu é literalmente chamado “caçada à Aurora Boreal”.
Mas mesmo com todas as incertezas envolvendo este evento astronômico, todos os anos, milhares de turistas compram passagens para os países mais ao norte do globo para tentar “caçá-lo”. Entre os mais célebres e procurados, estão os países nórdicos, como Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia e Dinamarca.
Essa busca se intensificou ainda mais nos últimos anos, com o fortalecimento do chamado turismo astronômico, que só é possível porque o planeta vivencia uma série de fenômenos naturais considerados bonitos para o olhar humano.
Uma das tendências de viagens mapeadas pelo Booking para 2025 é justamente essa observação do céu, seja ao norte global ou aqui mais perto do Brasil, no Deserto do Atacama. Duas cidades foram eleitas como “destinos do ano”: Tromsø, na Noruega, e San Pedro do Atacama, no Chile.
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É claro que as construções megalomaníacas feitas pela humanidade são frequentemente apreciadas pelos turistas. É só pensar na Fontana di Trevi ou no Coliseu em Roma; nos templos de Machu Picchu ou mesmo no misterioso Stonehenge, na Inglaterra.
Mas a natureza oferece a própria gama de “atrações” que, diga-se de passagem, são irreplicáveis — por mais que o ser humano tente.
Portanto, se você também tem vontade de ver a Aurora Boreal de perto, saiba que existem maneiras de deixar essa “caçada” bem mais fácil e confortável. O Seu Dinheiro foi atrás de agências especializadas para pegar as melhores dicas para sua viagem em busca de um dos fenômenos astronômicos mais extraordinários e curiosos do planeta.

O passo a passo da Aurora Boreal: época ideal e planejamento da viagem
O primeiro passo para ter a chance de ver a Aurora Boreal é estar no lugar certo, na hora certa.
Este lugar é o Círculo Polar Ártico, que fica em uma latitude de aproximadamente 66º ao norte do globo. Ou seja, você precisa viajar até os países nórdicos, ao norte da Rússia, ao Alasca ou ao Canadá.
Daí, entra o segundo fator: a hora certa, que, neste caso, é de setembro a abril, meses nos quais a temperatura está ainda mais baixa (e até negativa em boa parte do período).
A questão é que, assim como tudo na natureza, a imprevisibilidade tem que entrar na conta, principalmente diante de um contexto de aquecimento global.
Mesmo que você compre as passagens para os países certos na época certa, você ainda vai precisar de mais um fator: a sorte.

A Aurora Boreal depende de outras duas condições para ser avistada a olho nu: o céu limpo (ou seja, sem nuvens nem neve) e o máximo de escuridão possível.
“Você tem que sair dos grandes centros das cidades, por conta da poluição luminosa, e realmente ir para um lugar completamente escuro para que os seus olhos ou a lente da câmera consigam captar adequadamente”, explicam os sócios da Borealis Expedições, Thiago e Pedro Coelho.
“É um fenômeno que depende da explosão solar de partículas e de um céu aberto para você poder ver, então ele não é garantido todos os dias”, complementa Roberta Perez, da Nordic Ways.
O ano de 2025 é um período propício para quem quer fazer a “caçada”. Isso porque o sol atingiu um ciclo de pico de frequência e intensidade das tempestades solares (auroras). Na prática, isso significa que os viajantes têm mais chances de avistar o fenômeno, até mesmo em lugares mais fora do comum, como na Escócia e no norte dos Estados Unidos.
Ainda assim, a sorte continua sendo praticamente determinante para a experiência. A dica dos especialistas, portanto, é reservar mais de uma noite para a caçada.
“Você tem que estar disposto a viajar a longas distâncias, porque nem todo dia as explosões são significativas para ter uma bela aurora boreal no céu”, explica Perez.
Nesse sentido, não é incomum ficar até oito horas em um tour, em busca do fenômeno. Por isso, o turista pode ter que abrir mão das atividades diurnas para se dedicar à programação noturna da caçada.
A recomendação da Borealis é ficar, no mínimo, cinco noites no destino para maximizar as chances. Nos últimos meses, por causa da máxima solar, o índice de aproveitamento tem sido bem positivo.
| Curiosidade: câmeras fotográficas profissionais são capazes de captar a tempestade solar melhor do que o olho humano. Com isso, você pode até ter uma foto com as luzes coloridas ao fundo, mesmo que não consiga enxergá-las a olho nu. Porém, o objetivo final da experiência é poder avistar com os próprios olhos, reforça Pedro Coelho. |

A escolha do vestuário adequado também é uma etapa essencial na preparação da viagem, já que os viajantes passam um bom tempo ao ar livre durante os passeios. Por tratar-se de algumas das regiões mais frias do planeta, o conforto térmico é indispensável até mesmo por questão de saúde.
Para os que querem mais tranquilidade, sem precisar sair ao ar livre em busca do fenômeno, a recomendação de Sergio Palamarczuk, da Slavian Tours, é se hospedar em um hotel-iglu com teto de vidro — um tipo de hospedagem bem buscado na Lapônia finlandesa.
Como dica final, os agentes de viagem indicam planejar a viagem com o máximo de antecedência possível, sobretudo para quem deseja viajar na alta temporada. No caso dos países nórdicos, o Natal é muito desejado, devido à mitologia do Papai Noel e às paisagens cobertas de neves.
Para o final de 2025, as reservas já estão em estado crítico e alguns hotéis não têm mais disponibilidade, afirmam os diretores da Borealis.
Novamente, não é exagero chamar essa viagem de “caçada”.
* Com informações da Condé Nast Traveller.
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