À beira de um calote? Fitch rebaixa rating da Argentina para CCC-, última nota antes de um default se tornar ‘provável’
Agência vê risco tanto para a dívida interna quanto para a externa, com baixas reservas internacionais e títulos com juros altos e vencimentos próximos

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou o rating dos títulos públicos de longo prazo em moeda estrangeira e dos títulos públicos em moeda local da Argentina de CCC para CCC-, nesta quarta-feira (26). A revisão sugere que o país vizinho está ainda mais próximo de dar calote nas suas dívidas externa e interna.
Na classificação de emissores de dívida da Fitch, o nível CCC corresponde a "Risco de crédito substancial", com margem de garantia "muito baixa" e "possibilidade real de calote". Isso significa que a nota CCC- é a última antes de o emissor cair para CC, patamar em que algum tipo de default se torna provável, segundo a Fitch.
O rebaixamento da classificação de risco da dívida externa da Argentina, diz a Fitch, reflete um "profundo desequilíbrio macroeconômico e posição de liquidez externa muito restrita" no país, o que deve minar a capacidade de pagamento dos hermanos à medida que o custo da sua dívida em moeda estrangeira aumentar nos próximos anos.
A agência destaca a pressão sobre as reservas internacionais líquidas da Argentina, que caíram a uma posição de apenas US$ 1,3 bilhão em agosto.
- Leia também: O Copom já encerrou o aperto monetário – e isso deixa os ativos brasileiros em situação única no mundo; entenda
Inflação projetada de 100% ao ano
Para a Fitch, o Mecanismo de Fundo Estendido criado em março pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda não se mostrou uma âncora forte o suficiente para melhorar as políticas de construção de reservas internacionais e as perspectivas de recuperação de acesso ao mercado.
Também não é claro, continua a Fitch, se esses objetivos poderão ser atingidos independentemente dos resultados das eleições de 2023, "elevando os riscos de um evento de crédito".
Leia Também
Já o rebaixamento da classificação de risco da dívida interna argentina reflete a visão da agência de que a capacidade de pagamento em moeda local também está comprometida, uma vez que um volume grande de títulos denominados em peso vence no próximo ano e pode ser difícil rolar essa dívida com a volatilidade nos mercados que tende a marcar os períodos pré-eleitorais na Argentina.
A Fitch projeta uma inflação de 100% para a Argentina em 2022, maior nível para o indicador em décadas, ante 51% em 2021. A taxa básica de juros foi elevada pelo banco central argentino a 107% ao ano, após anos de estabilidade, mas ainda assim a entidade ainda não conseguiu atingir os juros reais positivos exigidos pelo instrumento do FMI.
Selic chega a 14,75% após Copom elevar os juros em 0,5 ponto percentual — mas comitê não crava continuidade do ciclo de alta
Magnitude do aumento já era esperada pelo mercado e coloca a taxa básica no seu maior nível em quase duas décadas
Bitcoin (BTC) sobrevive ao Fed e se mantém em US$ 96 mil mesmo sem sinal de corte de juros no horizonte
Outra notícia, que também veio lá de fora, ajudou os ativos digitais nas últimas 24 horas: a chance de entendimento entre EUA e China sobre as tarifas
Não vai meter a colher onde não é chamado: Fed mantém taxa de juros inalterada e desafia Trump
Como era amplamente esperado, o banco central norte-americano seguiu com os juros na faixa entre 4,25% e 4,50%, mas o que importa nesta quarta-feira (7) é a declaração de Powell após a decisão
Endividada e frágil: Azul (AZUL4) tem nota de crédito nacional e internacional rebaixada pela Fitch; entenda
O motivo é simples: nota reflete baixa flexibilidade financeira da Azul, que continua enfrentando dificuldades para acessar crédito enquanto negocia com credores
Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços
Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed
Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC, explica por que o Copom não vai antecipar seus próximos passos na reunião de hoje
O executivo, que hoje é chairman da JiveMauá, acredita em um aumento de meio ponto percentual nesta reunião do Copom, sem nenhuma sinalização no comunicado
Agibank quer expandir crédito e refinanciar consignado a beneficiários do INSS com novo aporte de R$ 440 milhões em títulos sociais
A fintech recebeu um novo aporte de R$ 440,6 milhões na primeira emissão de títulos sociais com a International Finance Corporation (IFC)
CDI+5% é realista? Gestores discutem o retorno das debêntures no Brasil e destacam um motivo para o investidor se preocupar com esse mercado
Durante evento, gestores da JiveMauá, da TAG e da Polígono Capital destacam a solidez das empresas brasileiras enquanto emissoras de dívida, mas veem riscos no horizonte
Copom deve encerrar alta da Selic na próxima reunião, diz Marcel Andrade, da SulAmérica. Saiba o que vem depois e onde investir agora
No episódio 221 do podcast Touros e Ursos, Andrade fala da decisão de juros desta quarta-feira (7) tanto aqui como nos EUA e também dá dicas de onde investir no cenário atual
Selic em alta atrai investidor estrangeiro para a renda fixa do Brasil, apesar do risco fiscal
Analistas também veem espaço para algum ganho — ou perdas limitadas — em dólar para o investidor estrangeiro que aportar no Brasil
Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta
Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA
Banqueiros centrais se reúnem para mais uma Super Quarta enquanto o mundo tenta escapar de guerra comercial permanente
Bastou Donald Trump sair brevemente dos holofotes para que os mercados financeiros reencontrassem alguma ordem às vésperas da Super Quarta dos bancos centrais
Felipe Miranda: Ela é uma vaca, eu sou um touro
Diante da valorização recente, a pergunta verdadeiramente relevante é se apenas antecipamos o rali esperado para o segundo semestre, já tendo esgotado o espaço para a alta, ou se, somada à apreciação do começo de 2025, teremos uma nova pernada até o fim do ano?
Dividendos e JCP: Tim (TIMS3) anuncia R$ 300 milhões em proventos após salto de 53,6% no lucro para nível recorde no 1T25
O resultado do 1º trimestre deste ano da Tim mostra um lucro líquido de R$ 798 milhões, uma nova máxima para o começo do ano
Hora de colocar fundos imobiliários de shoppings na carteira? Itaú BBA vê resiliência no segmento e indica os FIIs favoritos
Os FIIs do setor mostram resiliência apesar da alta dos juros, mas seguem descontados na bolsa
Um recado para Galípolo: Analistas reduzem projeções para a Selic e a inflação no fim de 2025 na semana do Copom
Estimativa para a taxa de juros no fim de 2025 estava em 15,00% desde o início do ano; agora, às vésperas do Copom de maio, ela aparece em 14,75%
Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços
Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques
Pódio triplo: Itaú (ITUB4) volta como ação mais recomendada para maio ao lado de duas outras empresas; veja as queridinhas dos analistas
Dessa vez, a ação favorita veio acompanhada: além do Itaú, duas empresas também conquistaram o primeiro lugar no ranking dos papéis mais recomendados para maio.
Trump descarta demissão de Powell, mas pressiona por corte de juros — e manda recado aos consumidores dos EUA
Em entrevista, Trump afirmou que os EUA ficariam “bem” no caso de uma recessão de curto prazo e que Powell não reduziu juros ainda porque “não é fã” do republicano
Um mês da ‘libertação’: guerra comercial de Trump abalou mercados em abril; o que esperar desta sexta
As bolsas ao redor do mundo operam em alta nesta manhã, após a China sinalizar disposição de iniciar negociações tarifárias com os EUA