Paulo Guedes sobre Previdência: Me deem R$ 1 trilhão pelo amor de Deus!
Ministro também falou que Bolsonaro queria 60 anos para mulheres, mas que bancou 62 anos pela responsabilidade do cargo e que reforma pode ser aprovada ainda no primeiro semestre

O ministro da economia, Paulo Guedes, demostrou renovado otimismo com a aprovação da reforma da Previdência e também com o Pacto Federativo em evento na FGV. A reforma pode ser aprovada ainda no primeiro semestre e ele disse que ainda não encontrou político contrário à revisão do pacto.
Guedes falou por uma hora em evento na FGV e divertiu a plateia com piadas, ironias e algumas duras verdades sobre o processo de retomada da economia brasileira, que, segundo ele, não será rápida nem fácil, "pois foram muitos anos de mentalidade muito diferente".
Evidentemente, disse ele, a recuperação será mais rápida quanto mais efetivas forem as medidas e as aprovações no Congresso, já que o timing das mudanças será dado pela política.
Citando um painel de votação montado pelo secretário da Previdência, Rogério Marinho, que computa as declarações de políticos sobre o tema, Guedes disse que o secretário tem 160 votos declarados publicamente.
Conta que sobe a 260 votos considerando cerca de 100 votos “velados”, de parlamentares que falam que vão votar, mas não declaram, pois seus partidos têm atritos com alguns pontos da reforma, como a mudança no BPC.
Assim, disse o ministro, faltam de 48 a 50 votos que são uma questão de “opinião pública”. Ainda de acordo com os cálculos políticos da equipe, Guedes disse que a reforma “sai ainda no primeiro semestre”.
Leia Também
Trabalho em ‘home office’ é 'coisa de rico', aponta IBGE
Quina 6853 faz o único milionário da noite nas loterias da Caixa
Bolsonaro queria 60 anos
Guedes também falou sobre a postura do presidente Jair Bolsonaro, dizendo que “todo mundo sabe que o Bolsonaro adoraria que as mulheres pudessem aposentar com 60, 58, 55 anos. Ele é um homem autêntico, transparente, ele fala. Todo mundo sabe que ele fala, mas a responsabilidade de ser presidente da República deu a ele o compromisso de mandar uma proposta onde as mulheres se aposentam com 62 anos”.
Ainda de acordo com Guedes, Bolsonaro não é o tipo de político que mandaria 62 anos para o Congresso empurrar para 60. “Ele acha que é 60 mesmo, mas bancou 62 anos”.
Em 28 de fevereiro, em conversa com jornalistas, Bolsonaro disse que a idade mínima das mulheres era um ponto que poderia ser mudado, além de falar de outras "gorduras" que existiam no texto. A repercussão foi negativa e, desde então, houve uma mudança na comunicação, com o presidente defendendo o texto da reforma e usando suas redes sociais para tratar do tema.
Quero meu trilhão
Guedes voltou a pedir seu R$ 1 trilhão em economia com reforma para que ele possa lançar o segundo estágio, o regime de capitalização que é um “paraíso”, com menos encargos trabalhistas.
“Pelo amor de deu me deem R$ 1 trilhão. Abaixo disso não consigo fazer a transição. Se não temos coragem ou somos ignorantes, nós vamos condenar filhos e netos a caírem na mesma armadilha de um sistema Previdenciário que vai falir”, disse.
Reforçando a argumentação, Guedes disse que nós, os contemporâneos, temos de ter a coragem de arrumar esse trilhão, se não tiraremos esse valor do futuro de nossos filhos e netos.
O ministro voltou a enfatizar que a ideia da reforma é tirar privilégios, fazer com que o político se aposente como qualquer outro cidadão.
“Estou muito esperançoso na aprovação da reforma. Quem está contra são 8,5 milhões de pessoas. Não preciso nem dizer quem é contra”, disse.
Pacto Federativo
Guedes disse que foi aconselhado a não falar tudo o pensa sobre a revisão do Pacto Federativo, pois os Estados podem pedir ainda mais, mas disse que iria falar, pois “sou direto, rasgado e transparente”.
A proposta dele é de divisão de receitas de 70% para Estados e municípios e 30% para o governo federal. Ele sugeriu que essa também seria a divisão para uma receita estimada de US$ 1 trilhão, em 15 anos, que viriam as operações do pré-sal.
“Qual governador que não vai apoiar isso? Qual prefeito que não vai apoiar isso? Qual o deputado que não gostaria de aprovar isso? Esse é o pacto federativo, devolve a capacidade de gestão para a classe política, você manda no seu orçamento”, disse.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADECONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Guedes disse estar tendo dificuldade de encontra quem possa ser contra esse desenho do pacto, que também prevê a total desvinculação orçamentária.
“Estou procurando no Congresso, mas não achei ainda. Não achei quem possa ser contra o Pacto Federativo. Ou eu estou bebendo muito em Brasília, que eu não bebo. E foi a brincadeira que fiz no BC, ou os caras são muito perigosos. Não acho que são não, todo mundo precisando disso aqui [gesto de dinheiro com as mãos] faz o que tem de ser feito”, finalizou.
Na terça-feira, em evento no BC, Guedes falou em tom de brincadeira que iria embora se não tivesse eu R$ 1 trilhão com reforma, pois se os políticos seriam capazes de prejudicar filhos e netos, imagina o que fariam com ele. Ainda assim, a frase repercutiu como se fosse ameaça em alguns veículos de comunicação.
Doido para privatizar
Guedes também falou de outras dimensões do plano econômico. O início pela Previdência decorre da urgência de resolver a questão fiscal, mudar a trajetória de gastos. Depois está a redução da dívida pública, resultado do descasamento entre política monetária e fiscal, via privatizações.
Segundo o ministro, o secretário de Desestatização, Salim Mattar, tem um apetite enorme, “doido para privatizar, passar a faca, privatizar tudo que passa na frente”.
Ainda de acordo com Guedes, o secretário pergunta a Bolsonaro se, no final, também serão privatizados o Banco do Brasil e a Petrobras. “No final vai tudo, ne?”, disse Guedes, relatando fala de Mattar.
Também no evento, mas antes de Guedes, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, pediu que os liberais defendam as privatizações relevantes. Entre elas, a do próprio BB, Petrobras e Caixa.
Segundo Guedes, com a valorização das bolsas de valores, as estatais listadas estão valando cerca de R$ 700 bilhões. Se considerar a Caixa e outras não listadas, o valor sobe a R$ 1,2 trilhão. Colocando todos os imóveis na contabilidade, o valor sobe em outros R$ 700 bilhões a R$ 1 trilhão.
Assim, o valor total de eventuais privatizações passaria dos R$ 2 trilhões, com os quais seria possível reduzir em cerca de 50% a dívida líquida de cerca de R$ 3,7 trilhões.
Cessão onerosa
Segundo o ministro, o pré-sal vem aí e os leilões serão um sucesso. Ele também perguntou à plateia sobre o leilão de aeroportos, que ocorria em São Paulo, e recebeu resposta de que já “tinha saído tudo”.
De acordo com Guedes, o contrato de cessão onera entre a Petrobras e União está sendo fechado. A revisão do acordo aparece com um passo necessário para o governo fazer os leilões das áreas do pré-sal.
Guedes disse que a discussão começou com o então ministério da Fazenda querendo receber R$ 30 bilhões com a revisão do contrato e a Petrobras também se achando credora de R$ 30 bilhões, resultando em uma diferença de R$ 60 bilhões.
“A última informação que tive é que o spread caiu para R$ 2 bilhões”, disse, dando como sugestão que cada um “suba um e baixe um” para que se feche o acordo.
Impostos e gestão do Estado
Segundo Guedes, a ideia é fazer um choque de digitalização na máquina do Estado, reduzindo gastos. Ele lembrou que de 40% a 50% do funcionalismo vai se aposentar nos próximos cinco anos e que a ideia é não contratar esse volume de pessoas que vai se aposentar. Ele também lembrou do corte de 21 mil cargos, formalizado nesta semana, mas disse que isso é pouco.
Sobre regime tributário, Guedes falou que se pensou, junto com o secretário da Receita, Marcos Cintra, na ideia de um imposto único não declaratório, que poderia ser sobre movimentação financeira. Algo que acabaria até com a necessidade de uma Receita Federal, que é um órgão que intimida a população.
Como isso se mostra impossível, a ideia é fazer uma “simplificação brutal” do sistema. Segundo Guedes, se o número de impostos e contribuições cair de 54 para 8 “será um grande passo”. Também tem a ideia de fazer um imposto único federal. Mas o Imposto de Renda continuaria a existir. No entanto, todas essas alterações tributárias não podem ser feitas agora.
Na sequência, o ministro voltou a reforçar que a abertura econômica será gradual, pois será preciso abaixar impostos primeiro.
Transição e bombas
O ministro é um pouco caótico nas suas apresentações, indo e voltando nos temas e trazendo fatos e comparações históricas para reforçar sua avaliação central de que foi o descontrole gastos que corrompeu a política e estagnou a economia e que estamos em uma transição incompleta, iniciada depois da saída dos militares.
Segundo Guedes, fizemos a nossa “Glasnost”, mas não fizemos a nossa “Perestroika”, em referência aos processos de “transparência” e “abertura” da ex-União Soviética.
Para defender a descentralização do Orçamento, Guedes voltou a falar que o presidente é muito poderoso no Brasil, e tirando risos da plateia disse que se o presidente é corintiano, “surge” um estádio para o time de futebol Corinthians (em referência a Lula). Se o presidente gosta de um país, “surge” um porto (em referência à Cuba) e se gosta de um empresário, dá crédito e surge a maior empresa de proteína animal do mundo (referência à JBS).
Guedes também voltou a falar que somos uma democracia vibrante, algo que o ministro tem feito em suas apresentações para rebater a imagem, principalmente existente no exterior, de que Bolsonaro seria uma ameaça à democracia.
Ainda sobre a transição incompleta, Guedes lembrou que “tanto nós quanto a Rússia fomos os dois para a hiperinflação fomos os dois para a moratória e os dois temos presidente fortes. Quando o presidente forte é de esquerda todo mundo faz assim [positivo com os dedos]. Quando é de direita todo mundo diz que a democracia vai acabar. Não vai acabar não”, disse.
Na sequência, Guedes fez referências a ex-presidente Dilma Rousseff e ao presidente Bolsonaro, arrancando aplausos da plateia.
“Se uma moça que fazia as bombas quando tinha 18 anos pode ser [presidente], um menino que batia continência na Aman pode ser também. Está todo mundo anistiado. Houve uma anistia. Acabou. Ninguém tem esse problema, é só olhar para frente.”
CEO da Petrobras (PETR4) manda recado enquanto petróleo amplia a queda no exterior. Vem aí um novo reajuste nos combustíveis?
Enquanto a pressão sobre o petróleo continua no exterior, a presidente da petroleira deu sinais do que pode estar por vir
Seus filhos não foram para a escola hoje — e a ‘culpa’ é (do dia) dos professores
Se seus filhos não foram à escola ou à faculdade hoje, o motivo é o Dia dos Professores, uma data que homenageia a educação no Brasil — mas nem todos os profissionais têm direito à folga
Mega-Sena 2927 acumula e prêmio sobe ainda mais; +Milionária volta à cena hoje com R$ 10 milhões em jogo
A Mega-Sena é o carro-chefe das loterias da Caixa. Ela segue encalhada, embora já tenha saído uma vez em outubro. Com exceção da Lotofácil, todas as outras loterias também acumularam ontem.
Entre a simplicidade e a teimosia, Lotofácil 3512 deixa dois apostadores mais próximos do primeiro milhão
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta quarta-feira (15) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3513
Ouro bate recorde — e garimpo ilegal também; apreensões da PF em terras yanomami já somam 10% do orçamento da Funai
PF apreende volume inédito de ouro, em meio à escalada de preços no mercado global
Seu Dinheiro é finalista do Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2025; veja como votar
Site concorre às categorias de melhores site, podcast e canal de YouTube, além de ter quatro jornalistas no páreo do top 50 mais admirados
Carro voador de R$ 1,5 milhão estreia em Dubai; chinesa Aridge mira super-ricos do Golfo Pérsico
O carro voador de R$ 1,5 milhão da chinesa Aridge, divisão da XPeng, fez seu primeiro voo tripulado em Dubai
Esse país tem um trunfo para se transformar no Vale do Silício da América do Sul — e o Brasil que se cuide
Um novo polo de tecnologia começa a surgir na América do Sul, impulsionado por energia limpa e uma aposta ambiciosa em inovação.
Horário de verão em 2025? Governo Lula toma decisão inapelável
Decisão sobre o horário de verão em 2025 foi anunciada nesta terça-feira pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira
Quina 6851 e outras loterias acumulam; Mega-Sena pode pagar R$ 33 milhões hoje, mas não oferece o maior prêmio
Embora a Quina tenha acabado de sair pela primeira vez em outubro, ela já oferece o terceiro maior prêmio da noite desta terça-feira (14)
Lotofácil 3511 começa semana fazendo um novo milionário na próxima capital do Brasil
Com sorteios diários, a Lotofácil volta à cena na noite desta terça-feira (14) com prêmio estimado em R$ 1,8 milhão na faixa principal do concurso 3512
Brasil x Japão: Onde assistir e horário
Amistoso Brasil x Japão: canais, horário de Brasília e prováveis escalações da Seleção
Grupo SBF (SBFG3) está ‘subavaliado e ignorado’? Bradesco BBI vê potencial de 45% para a ação da dona da Centauro
Os analistas acreditam que os preços atuais não refletem a maior visibilidade do crescimento do lucro da empresa
Não é cidade nem campo: o lugar com maior taxa de ocupação de trabalhadores do Brasil é um paraíso litorâneo
Entre os 5.570 municípios do país, apenas um superou a taxa de ocupação 80% da população no Censo 2022. Veja onde fica esse paraíso.
CNH sem autoescola: Governo divulga o passo a passo para obter a habilitação
Governo detalha o novo passo a passo para tirar a CNH sem autoescola obrigatória: EAD liberado, instrutor credenciado e promessa de custo até 80% menor
Pix Automático: está no ar a funcionalidade que pretende tornar mais simples o pagamento das contas do mês
Nova funcionalidade do Pix, desenvolvido pelo Banco Central, torna o pagamento de contas recorrentes automático entre bancos diferentes
Ele foi internado em clínicas psiquiátricas e recebeu até eletrochoques, mas nada disso o impediu de chegar ao Nobel de Economia
Diagnosticado com esquizofrenia paranoide, o criador do “equilíbrio de Nash” superou o isolamento e voltou à razão para, enfim, receber o Nobel.
Agenda da semana tem reunião do FMI, IBC-Br no Brasil, Livro Bege e temporada de balanços nos EUA; confira os destaques dos próximos dias
Em meio à segunda semana de shutdown nos EUA, a agenda econômica também conta com o relatório mensal da Opep, balança comercial do Reino Unido, da Zona do Euro e da China, enquanto o Japão curte um feriado nacional
Ressaca pós-prêmio: loterias da Caixa voltam à cena hoje — e o maior prêmio da noite não está na Lotofácil nem na Quina
Quase todas as loterias da Caixa tiveram ganhadores em sorteios recentes. Com isso, o maior prêmio em jogo nesta segunda-feira está em uma modalidade que não costuma ganhar os holofotes.
Como as brigas de Trump fizeram o Brasil virar uma superpotência da soja, segundo a Economist
Enquanto os produtores de soja nos Estados Unidos estão “miseráveis”, com a China se recusando a comprar deles devido às tarifas de Trump, os agricultores brasileiros estão eufóricos