Em audiência na CAE do Senado, Paulo Guedes fala em “ruptura do sistema de alianças”
Ministro pregou pelo entendimento de que o principal problema do Brasil é o descontrole do gasto público.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, reafirmou sua crença que vivemos em uma democracia virtuosa e que depois uma hegemonia da centro-esquerda, agora temos uma aliança de centro-direita.
“Não há muita consciência disso, há dificuldade de comunicação. Há uma ruptura no sistema de alianças”, disse em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, onde foi recepcionado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre, que acompanha a sessão. Agora os senadores fazem perguntas.
Respondendo se deixa o ministério se a reforma da Previdência não passar, Guedes disse que acredita em uma dinâmica virtuosa da democracia, “cada um vai fazer seu papel” e que se o presidente apoiar as coisas que podem servir para o Brasil “eu estarei aqui”.
“Agora se o presidente ou a Câmara não quiserem, eu vou voltar para onde sempre estive”, disse.
Guedes disse não vai brigar “para ficar aqui”, que não tem apego ao cargo, mas também não tem a irresponsabilidade de sair na primeira guerra.
Questionado sobre idade mínima para mulheres e rural, Guedes disse que essa é uma questão para o Congresso. Se mulher quer aposentar antes, pede para o rural e para o militar, por exemplo.
Leia Também
Final da Libertadores 2025: Por que uma vitória do Palmeiras vai render mais dinheiro do que se o Flamengo levar a taça
O ministro voltou a pedir seu R$ 1 trilhão de economia para fazer a transição para o regime de capitalização. “É responsabilidade nossa com futuras gerações”, disse, depois de voltar a falar que o sistema atual é um avião que vai cai, onde os filhos carregam os paraquedas dos pais.
Sobre o BCP, bastante criticado, Guedes disse que a ideia é pagar antes, aos 60 anos. Mas paga menos para quem contribui não se desestimular de seguir contribuindo. Se o Congresso está insatisfeito, disse Guedes, é o Congresso que tem capacidade de mudar isso.
Apresentação ao senadores
Guedes começou sua apresentação falando que enquanto não entendermos que o principal problema do Brasil é o descontrole do gasto público, o país vai ficar prisioneiro cognitivo de um diagnóstico errado.
“Se o governo tem poder demais e gasta 45% do PIB ele cria sintomas perversos em todos os demais agentes”, disse, depois de citar os exemplos de Estados grandes que ruíram como a União Soviética e Venezuela.
Esse mesmo roteiro aconteceu aqui, segundo Guedes, mas “somos uma variante tropical, amenizada”, em função da existência e afirmação de poderes independentes.
“Temos Poderes independentes e que vão convergir no interesse público. Tenho fé inabalável nisso”, disse.
Guedes voltou a ressaltar a importância da reforma da Previdência, como primeira ação para atacar o excesso de gastos e que a bola está com o Congresso. Sem reforma, voltou a dizer, estaremos condenando o futuro de filhos e netos.
"Temos que atacar a reforma frontalmente e abrir uma pauta constritiva que é a pauta do pacto federativo". Ainda de acordo com Guedes, ficar um ano atacando a reforma pode atrapalhar as eleições. "Podemos construir uma saída e um país melhor com o Pacto Federativo. Previdência é um problema de sobrevivência deste ano ainda".
O ministro também falou da importância de descentralização de recursos, explicando a importância de rever o Pacto Federativo.
“A ideia é a classe política recuperar o controle sobre os orçamentos, vamos desindexar, desonerar, desvincular. Em qualquer lugar do mundo não se discute emenda impositiva, que é um balãozinho de ar, no mundo se discute o Orçamento todo", disse.
Vale lembrar que o governo sofreu uma dura derrota na Câmara justamente dentro da pauta do Orçamento. Os deputados aprovaram em dois turnos uma PEC que, na prática, torna os gastos orçamentários ainda mais engessados.
Sobre esse tema, Guedes começou dizendo que “só vocês entendem essas coisas mais complexas. Eu estou chegado agora” e fez elogio a Rodrigo Maia, que “está sendo construtivo com relação a minha pessoa”.
Para ele, “são as duas faces da Lua”. Como a medida carimba recursos e o ministro propõe que mais nada seja carimbado “esse lado não gosto”. Por outro lado, Guedes disse não achar nada mais legítimo do que um deputado para gastar o dinheiro, mesmo carimbado. “Agora, vou dizer que está errado o deputado levar um dinheirinho para a base dele?”, questionou.
Estados e impostos
O ministrou voltou a falar que desenha um plano de ajuda emergencial aos Estados e algo mais perene que vai passar por “desentupir o problema do petróleo”. Guedes tem falado que quer destinar aos entes federados até 70% da receita obtida com a exploração do pré-sal.
Guedes também voltou a falar em unificar impostos e contribuições federais em, com isso, distribuir melhor receitas que hoje ficam concentradas na União.
“Governadores e prefeitos foram eleitos para gerir e não para vir para Brasília pedir dinheiro para uma superministro”, disse.
Falha dramática no governo
Novamente questionado sobre a PEC aprovada ontem na Câmara, Guedes disse, por mais de uma vez, “que o que aconteceu ontem foi uma demonstração de poder de uma casa. Não consigo entrar nesse espaço. Mas houve uma exibição de poder político”.
Do ponto de vista econômico, Guedes voltou a dizer que defende verbas descentralizadas e carimbadas.
Ainda de acordo com Guedes, o Congresso parece ter falado que ao invés de levar seis meses para votar a reforma da Previdência, “pode ser um dia só, os dois turnos”.
Para Guedes há uma falha dramática, pois o governo é opositor dele mesmo. “Algo está falhado entre nós”.
Sobre articulação política, Guedes voltou a falar que está acontecendo um choque de acomodação com quem está chegando “e não sabe onde está a cadeira”, com o grupo que “já está aqui dentro e fala que tem que conversar com ele para sentar na janela”.
Ele também falou sobre o não comparecimento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Guedes disse que também tomou um susto, pois foi convocado para um lugar “que não tem relator, todo mundo preparado para te jogar pedra e seu partido também”.
Concurso SEFAZ SP 2025: edital para Auditor Fiscal é publicado — 200 vagas e salário inicial de R$ 21,1 mil
Concurso público Sefaz SP oferece 200 vagas para Auditor Fiscal, com salários iniciais de R$ 21,1 mil e provas marcadas para fevereiro e março de 2026
Quanto vale hoje a mansão abandonada de Silvio Santos? Mais do que você imagina
Antigo refúgio da família Abravanel em Mairiporã, imóvel com deck na Represa da Cantareira, piscina, spa e casa de hóspedes ressurge reformado após anos de abandono
Como funcionava o esquema do Grupo Refit, maior devedor de impostos do país, segundo a Receita Federal
Antiga Refinaria de Manguinhos foi alvo da Operação Poço de Lobato, acusada de um sofisticado esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis
Essa cidade brasileira é a terceira maior do mundo, supera Portugal e Israel e tem mais cabeças de gado do que gente
Maior município do Brasil, Altamira supera o território de mais de 100 países e enfrenta desafios sociais, baixa densidade populacional e alta violência
Grupo Refit é alvo de megaoperação, com mandados contra 190 suspeitos; prejuízo é de R$ 26 bilhões aos cofres públicos
Os alvos da operação são suspeitos de integrarem uma organização criminosa e de praticarem crimes contra a ordem econômica e tributária e lavagem de dinheiro
Até tu, Lotofácil? Loterias da Caixa acumulam no atacado e atenções se voltam para prêmio de R$ 53 milhões na Timemania
É raro, mas até a Lotofácil encalhou na noite de quarta-feira (26); Quina, +Milionária, Lotomania, Dupla Sena e Super Sete também acumularam
Gás do Povo entra em operação: veja onde o botijão gratuito já está sendo liberado
Primeiras recargas do Gás do Povo começaram nesta semana em dez capitais; programa deve alcançar 50 milhões de brasileiros até 2026
É dia de pagamento: Caixa libera Bolsa Família de novembro para NIS final 9
O pagamento do benefício ocorre entre os dias 14 e 28 deste mês e segue ordem definida pelo último número do NIS
Como é o foguete que o Brasil vai lançar em dezembro (se não atrasar de novo)
Primeira operação comercial no país vai levar ao espaço satélites brasileiros e tecnologias inéditas desenvolvidas por universidades e startups
Liquidação do Banco Master não traz risco sistêmico, avalia Comitê de Estabilidade Financeira do BC
A instituição do banqueiro Daniel Vorcaro cresceu emitindo certificados com remunerações muito acima da média do mercado e vinha enfrentando dificuldades nos últimos meses
Imposto de Renda: o que muda a partir de 2026 para quem ganha até R$ 5 mil e para a alta renda, a partir de R$ 50 mil por mês
Além da isenção para as faixas mais baixas, há uma taxa de até 10% para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês
A cidade brasileira que é a capital nacional do arroz, tem a maior figueira do mundo — e é o lar do mais novo milionário da Mega-Sena
Cidade gaúcha une tradição agrícola, patrimônio histórico e curiosidades únicas — e agora entra no mapa das grandes premiações da Mega-Sena
Defesa de Vorcaro diz que venda do Banco Master e viagem a Dubai foram comunicadas ao BC
O banqueiro foi preso na semana anterior devido à Operação Compliance Zero da Polícia Federal, que investiga um esquema de emissão de títulos de crédito falsos
A proposta do FGC para impedir um novo caso ‘Banco Master’ sem precisar aumentar o colchão do fundo
Com maior resgate da história do FGC, o caso Banco Master acelera discussões sobre mudanças nas regras do fundo e transparência na venda de CDBs
Pagamentos do Bolsa Família e Gás do Povo chegam a beneficiários com NIS final 8 nesta quarta (26)
O pagamento do benefício ocorre entre os dias 14 e 28 deste mês e segue ordem definida pelo último número do NIS
Quanto vai ser o salário mínimo de 2026 e o que ainda falta para ele entrar em vigor
O novo piso salarial nacional para 2026 já foi proposto, mas ainda aguarda aprovação; saiba o que ainda falta
Mega-Sena paga prêmio de quase R$ 15 milhões na ‘capital nacional do arroz’; bola dividida deixa Lotofácil em segundo plano
Enquanto a Mega-Sena saiu para uma aposta simples, a Lotofácil premiou um total de 11 apostadores; as demais loterias da Caixa acumularam ontem (25).
2026 sem alívio: projeções do Itaú indicam juros altos, inflação resistente e dólar quase parado
Cenário deve repetir 2025, apesar de R$ 200 bilhões em impulsos fiscais que turbinam o PIB, mas mantêm pressão nos preços
Um problema para o sistema elétrico? Por que a Aneel quer cortar o excedente de energia renovável
Agência aprova plano emergencial para evitar instabilidade elétrica em a excesso de energia solar e eólica
Uma vaca de R$ 54 milhões? Entenda o que faz Donna valer mais que um avião a jato
Entenda como Donna FIV CIAV alcançou R$ 54 milhões e por que matrizes Nelore se tornaram os ativos mais disputados da pecuária de elite
