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Cotações por TradingView
Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Passo a passo

10 regras de bolso para quem quer investir sem ter trabalho

Não quer se tornar um ás dos investimentos? Tem preguiça? Não tem tempo para se dedicar? Seus problemas acabaram! Siga essas dicas para investir no modo “easy”

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
17 de janeiro de 2019
12:05 - atualizado às 14:08
Gif sobre como investir dinheiro sem ter trabalho
Automatize ao máximo seus investimentos, para não esquecer nem errar. Imagem: Victor Matheus/Seu Dinheiro

Investir é uma daquelas atividades que todo mundo gostaria de fazer, mas que poucos de fato começam. E nem sempre é por falta de dinheiro. Muitas vezes, as pessoas são tão ocupadas que acabam adiando indefinidamente o primeiro passo. Ou então permanecem, por inércia, em produtos ruins do seu banco. Isso acontece por causa da crença - a meu ver, errônea - de que investir de maneira inteligente é trabalhoso e complicado. Pois bem, desafio aceito: estou aqui para mostrar como investir dinheiro de forma simples e com pouco trabalho.

É verdade que muita gente gosta de investir e procura se debruçar sobre o tema com afinco. Geralmente, são pessoas que buscam retornos altos, estão dispostas a correr algum risco, acompanham de perto o noticiário financeiro, buscam oportunidades em diferentes instituições financeiras e aprendem a analisar vários tipos de ativos.

Mas você não precisa mergulhar tão fundo, se não tiver tempo ou vontade. Não é necessário ser um especialista, fazer operações complexas, nem correr altos riscos, se esta não for a sua praia. Não deixe que o preconceito contra o mundo dos investimentos te afaste do hábito de poupar e das boas oportunidades de ganhar dinheiro que existem por aí.

Como investir dinheiro no modo “easy”: algumas regras de bolso

Para manter as coisas simples, diretas e, ainda assim obter um retorno razoável com risco balanceado, basta conhecer algumas regrinhas simples sobre investimentos. Elas são úteis tanto para os investidores iniciantes quanto para os avançados, e algumas delas deveriam ser empregadas mesmo por aqueles que procuram se aprofundar no tema.

Só vou deixar aqui um disclaimer: colocar essas dicas em prática dá um certo trabalhinho inicial sim, mas depois a coisa passa a fluir sem maiores complicações. Além disso, de tempos em tempos, mesmo o mais sossegado dos investidores deve dar uma revisada na carteira, para verificar se continua no caminho certo.

1. Comece já: antes tarde do que mais tarde

Se você ainda não tem uma poupança, não espere ficar rico para começar a guardar dinheiro. Se a gente sempre fosse esperar as condições perfeitas para fazer as coisas, a gente nunca faria nada.

Nunca é o momento certo de fazer uma pós-graduação (ou mesmo uma segunda graduação, como eu já tentei fazer aos 30 anos), casar, ter um filho, adotar um cachorro… e definitivamente nunca parece ser o momento certo de deixar de consumir para poupar.

Mas quem investe tem o tempo a seu favor. Quanto mais cedo você começar, melhor. Os juros compostos das aplicações financeiras fazem o seu patrimônio crescer exponencialmente, num efeito de bola de neve.

Se você acha que está tarde, não se desespere, apenas comece o quanto antes. A única coisa que você não pode fazer é investir se tiver dívidas caras. Se o retorno das aplicações não supera os juros que você paga, não vale a pena.

2. Mais importante que investir muito é investir sempre

Esqueça a ideia de que investir é só para quem tem muito dinheiro. É verdade que, ao fazer aportes grandes, você tem acesso a bons produtos financeiros. Mas hoje em dia já existem investimentos interessantes para investidores de todos os portes.

Se você quer construir um patrimônio do zero, mais importante que poupar muito é poupar sempre. A consistência no investimento pode compensar a sua falta de bala na agulha. Investir grandes quantias esporadicamente pode não te levar tão longe. E certamente não investir nada esperando o momento ideal não vai te levar a lugar algum.

A lógica disso é que, quando você finalmente puder destinar gordas quantias aos investimentos, o hábito de poupança já estará enraizado. E o esperado é justamente que a sua renda cresça à medida que sua carreira avança.

Por isso, melhor que focar nos investimentos como fonte de enriquecimento, é focar na sua principal fonte de renda e no seu desenvolvimento profissional.

3. Poupe 20% da sua renda

Se não der, poupe 15%. Se não der, poupe 10%. Se não der, poupe o que der, mas não deixe de poupar. Aumente o percentual depois.

4. Abra conta em uma ou mais corretoras de valores

Para investir em produtos acessíveis, simples e rentáveis, você vai precisar abrir conta em uma ou mais corretoras de valores.

Essa parte dá um trabalhinho, porque você vai precisar dar uma pesquisada. A boa notícia é que, hoje em dia, é superfácil abrir conta em corretora, além de ser de graça. Então você pode testar várias antes de escolher as que vai de fato usar.

Todo o processo, até o envio de documentos, pode ser feito online, sem cartórios ou Correios.

Aconselho abrir conta em pelo menos uma corretora que não cobre taxa de administração para o investimento em Tesouro Direto. Atualmente, as maiores corretoras, incluindo as dos grandes bancos, já isentam os clientes dessa taxa. Você só precisa pagar a taxa de custódia obrigatória cobrada pela B3, de 0,25% ao ano. Confira a lista atualizada das corretoras que não cobram taxa para o Tesouro Direto.

Outras duas taxas que você pode driblar são a custódia e a corretagem para operações em bolsa, caso você deseje ter um pouco de renda variável na carteira. Em algumas corretoras, você consegue ficar isento dessas cobranças, devendo pagar apenas os emolumentos da bolsa.

Prefira também corretoras que não cobrem pela transferência de recursos de volta para a sua conta-corrente no banco.

Mas não se trata só de preço. Nesta reportagem, a minha colega Bruna Furlani ensina o que você tem que olhar na hora de fazer a pesquisa e os testes. Ela também conta quais são suas corretoras preferidas e apresenta um levantamento com os custos de cada uma para diversos serviços.

5. Pague-se primeiro

Faça com que a poupança seja a primeira coisa a sair dos seus ganhos todo mês, como se fosse a conta mais importante que você tem para pagar. Não deixe para poupar o que sobra, porque é bem possível que não vá sobrar nada.

Escolha uma data - de preferência aquela em que você recebe a maior parte da sua renda - e programe a sua conta corrente para transferir o valor da poupança para a sua corretora de valores todo mês.

Você pode, ainda, programar a sua caderneta de poupança para debitar a quantia do seu salário. Mas não se esqueça de destinar esse dinheiro para uma aplicação financeira adequada depois. Não o deixe parado na conta da corretora, nem na poupança.

Alguns investimentos permitem aplicação automática. É o caso do Tesouro Direto e de alguns fundos de investimento. Basta que você tenha recursos disponíveis em conta.

Por exemplo, você pode programar uma transferência mensal para a sua corretora e uma aplicação automática no Tesouro Direto na mesma data.

Para que investir não dê muito trabalho, o ideal é automatizar as operações ao máximo. Quanto menos você tiver que tomar a iniciativa de fazer alguma coisa, menores as chances de esquecer ou errar.

6. Descubra a melhor forma de fazer transferências

O ideal é conseguir fazer transferências gratuitas. Caso você invista pela corretora do seu próprio banco ou consiga transferir para outra corretora via depósito identificado, não terá que pagar tarifas.

Mas caso precise fazer DOC ou TED para outra instituição financeira, verifique se você tem direito a uma certa quantidade mensal gratuita desse tipo de transferência.

Se não, veja se seu banco oferece algum tipo de conta gratuita que inclua DOC e TED no pacote, como uma conta digital. Alguns bancos, atualmente, trabalham exclusivamente com esse tipo de conta, que pode contar com transferências gratuitas para outros bancos.

Cheque ainda os limites das transferências e faça o cadastro dos favorecidos. Pode ser que você precise comparecer à sua agência para se informar ou resolver alguma coisa. Essa talvez seja a etapa mais chata.

7. Tenha ao menos dois objetivos: reserva de emergência e aposentadoria

Investir com base em objetivos ajuda você a determinar o perfil da sua carteira. A partir dos seus objetivos financeiros, você consegue, por exemplo, determinar o prazo, o nível de risco e a necessidade de liquidez que os seus investimentos devem ter.

Além disso, as metas te ajudam a persistir, como a cenoura na frente do nariz do cavalo.

Mas se você ainda não parou para pensar nisso, não tem problema. Poupe, pelo menos, para os dois objetivos que todo investidor deveria ter: a reserva de emergência e, quando ela estiver pronta, a aposentadoria.

A reserva de emergência destina-se a cobrir despesas essenciais em caso de eventualidades como desemprego e doença na família.

Também pode ser usada para gastos extraordinários e urgentes, como um imprevisto doméstico, ou como caixa para quando surgirem boas oportunidades de investimento, no caso dos investidores mais ativos.

O recomendado é que a reserva de emergência seja suficiente para cobrir as suas necessidades por um prazo de três meses a um ano, dependendo da sua facilidade de se recolocar no mercado de trabalho em caso de desemprego.

Seus recursos devem ficar aplicados em investimentos de baixíssimo risco e liquidez diária, isto é, que possam ser acessados a qualquer momento.

Já a reserva para a aposentadoria destina-se a complementar os ganhos de Previdência Social de quem não vai receber, ao parar de trabalhar, o mesmo valor do seu salário da ativa.

Esses recursos podem ficar aplicados em investimentos de longo prazo, com menor liquidez e mais risco, dependendo do tempo que você tem até se aposentar.

8. Onde investir a reserva de emergência: renda fixa conservadora e barata

Não, não é para deixar o dinheiro da reserva de emergência na caderneta de poupança. Existem outros investimentos com risco similar e maior rentabilidade, desde que você mantenha os custos baixos: os CDB e os fundos de renda fixa conservadora (fundos de renda fixa simples e os antigos fundos DI).

Os CDB - Certificados de Depósito Bancário - devem pagar, no mínimo, 100% do CDI, com liquidez diária. Normalmente você só encontra títulos com esse perfil em bancos médios, mas várias corretoras distribuem CDB emitidos por diversas instituições financeiras.

CDB contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) para aplicações de até R$ 250 mil por CPF, por instituição financeira emissora, a mesma garantia da caderneta de poupança.

Já os fundos de renda fixa mais conservadores que existem são aqueles que só investem em títulos públicos atrelados à Selic e/ou que fazem operações que reproduzem o desempenho da taxa DI. Eles também têm liquidez diária.

O importante é escolher um fundo capaz de render, consistentemente, acima de 95% da taxa DI, depois de descontada a taxa de administração. Em geral, esses fundos não cobram taxa superior a 0,4% ao ano.

9. Onde investir para a aposentadoria: títulos atrelados à inflação e ETF de bolsa

A forma mais simples de investir para a aposentadoria com pouco risco e baixo custo é aplicando em títulos públicos atrelados à inflação, nos chamados Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal). Eles também são negociados via Tesouro Direto.

Esses títulos podem ter prazos muito longos - atualmente, a NTN-B Principal mais longa vendida no Tesouro Direto vence em 2045 - e pagam uma remuneração prefixada mais a variação do IPCA no período. Isto é, protegem o investimento da inflação no longo prazo.

Mas atenção: esse investimento só pode ser considerado de baixo risco se o investidor ficar com o título até o vencimento. Papéis atrelados à inflação têm alta volatilidade, principalmente os de longo prazo. Seus preços oscilam bastante diariamente.

Em vendas antecipadas é possível ter retornos negativos, em certos cenários econômicos. Por isso, quem não quer pensar muito deve casar o prazo do título com a data da aposentadoria.

Caso você deseje colocar uma pimentinha na carteira e investir parte do seu patrimônio na bolsa para o longo prazo, também é possível fazer isso de forma descomplicada.

Você não precisa ficar horas analisando empresas ou fundos de ações. Pode simplesmente comprar um ETF atrelado ao Ibovespa, principal índice de bolsa, e acompanhar o desempenho médio do mercado.

ETF - sigla para Exchange Traded Funds - são fundos com cotas negociadas em bolsa que replicam o desempenho de índices. Eles têm taxa de administração, como qualquer fundo, mas costumam ser bem mais baratos que os fundos de ações abertos.

Porém, como são negociados em bolsa, os ETF estão sujeitos às mesmas taxas do investimento em ações. Por isso, pode ser interessante investir por meio de um home broker que isente o investidor das taxas de custódia e corretagem, restando apenas os emolumentos pagos à bolsa.

O ETF de Ibovespa mais conhecido é o iShares Ibovespa Fundo de Índice (BOVA11), da BlackRock, que tem taxa de administração de 0,54% ao ano.

Mas melhor mesmo é o menos conhecido It Now Ibovespa (BOVV11), do Itaú, que cobra apenas 0,30% ao ano de taxa de administração, e ainda aluga parte da carteira, obtendo retornos às vezes até melhores que o do próprio Ibovespa.

10. Aprenda a delegar

Todos os passos que eu listei até aqui você pode pôr em prática por conta própria. Mas eu entendo que muita gente se sente insegura para dispensar uma orientação profissional. Principalmente quem tem menos tempo para dedicar aos investimentos.

Nesse sentido, não é uma má ideia recorrer a um consultor de investimentos para te ajudar. Hoje em dia, as corretoras que não são ligadas aos grandes bancos oferecem consultoria digital ou pessoal mesmo para clientes que não se enquadram nos segmentos private dos bancos. Você pode ter uma carteira com boa relação risco-retorno montada especialmente para o seu perfil, sem custo adicional.

Também é possível recorrer a planejadores financeiros pessoais (CFPs) independentes, isto é, sem ligação com alguma instituição financeira específica. Eles têm seus serviços remunerados diretamente pelos clientes.

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