BC dá início à agenda que permitirá redução estrutural de compulsórios
Diretoria do Banco Central (BC) apresentou as diretrizes para ter novas formas de manter a liquidez no sistema financeiro em momentos de crise

O Banco Central (BC) está estudando novas formas de socorrer os bancos com dinheiro em momentos de crise. O nome formal disso é Assistência Financeira de Liquidez (AFL) e o efeito prático desse processo, que vai se estender até 2021, é permitir uma redução estrutural dos incompreendidos depósitos compulsórios, parcela de recursos que os bancos são obrigados a reter junto ao BC.
De forma simplificada, os depósitos compulsórios podem ser vistos como uma forma de seguro a ser utilizado pelo BC para prover o sistema financeiro de liquidez em momentos no qual a desconfiança é tamanha que ninguém quer emprestar dinheiro para ninguém, não importando quão elevado seja o juro. A ideia dessas atuações é fazer o dinheiro voltar a fluir na economia e não apenas salvar bancos que estejam com a corda no pescoço.
Atualmente, o estoque de compulsórios está na linha dos R$ 400 bilhões. Outra utilização é ou era como uma forma de dosar o volume de crédito na economia. Mas o BC já dispõe de outros instrumentos que cumprem melhor esse papel, como o adicional de capital contracíclico.
Esse patamar de recursos que fica estacionado no BC destoa de pares emergentes e desenvolvidos dada a falta de outros instrumentos que possam ter a mesma finalidade. O problema é que a alta parcela de recursos que precisam ficar retidos no BC acaba tornando o custo do dinheiro mais caro para quem deseja tomar crédito.
A agenda delineada pelo BC busca, justamente, criar outros instrumentos de assistência de liquidez, abrindo espaço para uma revisão no nível de compulsório. Em tese, o sucesso dessa agenda pode colocar boa parte desses R$ 400 bilhões em circulação.
O que será feito?
Em nota, o BC explica que a principal definição é o desenvolvimento de uma linha disponível de forma constante (standing facility), que tenha como garantia títulos e valores mobiliários emitidos por entidades privadas, além dos títulos públicos, que já são aceitos atualmente.
Leia Também
Após reunião com banqueiros, Fazenda diz que vai estudar alternativas ao IOF
A ideia é que as instituições financeiras tenham disponível, de forma contínua, e não apenas em momentos de necessidade de liquidez, um limite financeiro, com base em títulos privados depositados como garantia para o BC.
No voto, o BC lembra que a crise financeira de 2008 e seus desdobramentos evidenciaram a importância de os bancos centrais estarem preparados para exercer uma de suas funções clássicas, a de emprestador de última instância.
Atualmente, o BC pode fazer esse papel de emprestador de última instância por meio das operações de redesconto nos prazos de 15, 90 e até 359 dias úteis. O BC lembra que a preparação para a eventual realização dessas operações mostrou-se, durante a crise de 2008, complexa e, consequentemente, custosa, em função de diversos cuidados necessários para garantir a segurança jurídica das operações, que se baseavam no modelo de compra com compromisso de revenda, para uma gama muito ampla de ativos.
Agora, o que se busca é montar uma cesta de ativos elegíveis para serem utilizados quando a situação demandar. Ainda de acordo com o BC, a ampliação dos ativos a serem aceitos de forma automática aumentará o potencial acesso a liquidez, colaborando para a missão da instituição de assegurar um sistema financeiro mais sólido e eficiente.
Para o BC, a inclusão de títulos de emissão privada tem, ainda, o potencial de aumentar a eficiência do mercado financeiro e desenvolver o mercado de capitais local, reduzindo custos e aumentando competitividade.
Tijolo por tijolo: Ibovespa busca caminho de volta a novos recordes em meio ao morde-assopra de Trump e feriado nos EUA
Depois de ameaçar com antecipação de tarifas mais altas à UE, agora Trump diz que vai negociar até 9 de julho
Inter relança conta premium com novos benefícios para alta renda e estratégia para minimizar impactos do novo IOF; saiba como ter direito ao cartão Prime
Banco digital afirma que novos benefícios devem ajudar os clientes a economizar nas viagens internacionais e minimizar os efeitos da nova alíquota do IOF
Para CEO do Nubank, a palavra da vez para 2025 é eficiência — a começar pelo alto escalão do banco digital
Em entrevista à Bloomberg News, David Vélez afirmou que o objetivo das mudanças no Nu é aumentar a eficiência e reduzir a verticalização extrema do banco
Corrigindo a rota: Governo recua de elevação de IOF sobre remessas a fundos no exterior e tenta tirar pressão da bolsa e do câmbio
Depois de repercussão inicial negativa, governo desistiu de taxar remessas ao exterior para investimento em fundos
Dinheiro na mão é solução: Medidas para cumprimento do arcabouço testam otimismo com o Ibovespa
Apesar da forte queda de ontem, bolsa brasileira segue flertando com novas máximas históricas
Bitcoin Pizza Day: como tudo começou com duas pizzas e chegou aos trilhões
No dia 22 de maio, o mercado de criptomoedas comemora a transação de 10 mil BTC por duas pizzas, que marcou o início do setor que já supera os US$ 3,5 trilhões
Polícia Federal investiga se empresário Nelson Tanure é o controlador de fato do Banco Master
Segundo o MPF, Tanure teria usado uma “complexa rede de empresas e fundos” para adquirir o controle societário da instituição financeira
Renda fixa impulsiona resultado bilionário da XP (XPBR31) no primeiro trimestre de 2025 — banco vê dividendos no horizonte e aumenta preço-alvo
O faturamento de renda variável, por outro lado, recuou e perdeu espaço em relação à renda fixa no período
Impacto do clima nos negócios de bancos e instituições financeiras mais que dobra, aponta pesquisa do BC
Levantamento mostra que os principais canais de transmissão dos riscos climáticos são impactos em ativos, produção e renda, o que afeta crédito e inadimplência
Nubank (ROXO34) anuncia saída de Youssef Lahrech da presidência e David Vélez deve ficar cada vez mais em cima da operação
Lahrech deixa as posições após cerca de cinco anos na diretoria da fintech. Com a saída, quem assumirá essas funções daqui para frente será o fundador e CEO do Nu
Uma questão de contexto: Ibovespa busca novos recordes em dia de agenda fraca depois de corte de juros na China
Investidores repercutem avanço da Petrobras à última etapa prevista no processo de licenciamento da Margem Equatorial
Entre a frustração com o Banco do Brasil (BBAS3) e a surpresa com o Bradesco (BBDC4): quem brilhou e decepcionou nos resultados dos bancos do 1T25?
Depois dos resultados dos grandes bancos, chegou a hora de saber: o que os analistas estão recomendando para a carteira de ações?
Vai piorar antes de melhorar: Banco do Brasil (BBAS3) está numa pior, e BTG rebaixa recomendação das ações e corta preço-alvo
Para os analistas, o banco está próximo do pico de inadimplência na carteira do agronegócio, mas falta de clareza à frente os levou a pausar a tese para as ações
Agenda econômica: IBC-Br e CMN no Brasil, ata do BCE na Europa; veja o que movimenta a semana
Semana não traz novos balanços, mas segue movimentada com decisão de juros na China e indicadores econômicos relevantes ao redor do mundo
Portabilidade de consignado entre bancos começa a valer para quem tem carteira assinada; veja como funciona
Programa fornece crédito com juros mais baixos a trabalhadores com carteira assinada
Sem alívio no Banco do Brasil (BBAS3): CEO prevê “inadimplência resistente” no agronegócio no 2T25 — mas frear crescimento no setor não é opção
A projeção de Tarciana Medeiros é de uma inadimplência ainda persistente no setor rural nos próximos meses, mas situação pode melhorar; entenda as perspectivas da executiva
Ações do Banco do Brasil sentem o peso do balanço fraco e tombam mais de 10% na B3. Vale a pena comprar BBAS3 na baixa?
A avaliação do mercado sobre o resultado foi negativa. Veja o que dizem os analistas
O mapa da mina: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil e fusão entre BRF e Marfrig
Bolsas internacionais amanhecem no azul, mas noticiário local ameaça busca do Ibovespa por novos recordes
Agronegócio não dá trégua: Banco do Brasil (BBAS3) frustra expectativas com lucro 20% menor e ROE de 16,7% no 1T25
Um “fantasma” já conhecido do mercado continuou a fazer peso nas finanças do BB no primeiro trimestre: os calotes no setor de agronegócio. Veja os destaques do balanço
Ressarcimento por perdas na poupança com planos Bresser, Verão e Collor volta ao centro do debate no STF após anos de espera
Ministros retomam julgamento nesta sexta-feira (16) de ação que começou em 2009, com brasileiros pedindo a correção justa de suas aplicações nos anos 1980 e 1990