Aviação executiva começa a dar sinais de recuperação após a crise
Executivos de empresas que chegaram a vender menos de cinco aeronaves nos piores anos de recessão afirmam que os seis primeiros meses de 2019 já foram melhores do que todo 2018
Depois de três anos mergulhada em crise, a aviação executiva brasileira começa a respirar - ainda que com dificuldade. Executivos de empresas que chegaram a vender menos de cinco aeronaves nos piores anos de recessão afirmam que os seis primeiros meses de 2019 já foram melhores do que todo 2018. Fazem uma ressalva, porém: a base de comparação é baixa, pois o ano passado ainda foi fraco.
A fabricante Helibras, por exemplo, vendia de 25 a 30 helicópteros por ano antes de 2015. Em 2016, auge da recessão, foram apenas dois. Segundo o presidente da subsidiária da Airbus, Jean-Luc Alfonsi, no primeiro semestre deste ano, a empresa vendeu quase o total de 2018, quando fechou contrato para dez helicópteros. "Começamos a ver sinais de recuperação. O mercado civil tem sido mais reativo", diz Alfonsi.
Nos últimos anos, com a crise fiscal do País e o Orçamento engessado, o comércio de aeronaves para as forças armadas despencou, diz Alfonsi. No segmento civil, clientes desapareceram com o aumento dos juros de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"A taxa de juros do BNDES já foi de 3,5%, hoje está entre 10% e 12%", diz. Ele afirma que, na França, há financiamentos que custam um quarto dos oferecidos pelo banco de fomento.
Empregos
Com o recuo nas vendas, a Helibras precisou readequar seu tamanho. O número de funcionários, que chegou a 850, hoje é de 500.
Uma das principais empresas do País de fretamento e comércio de aeronaves executivas, a Líder também mexeu em seu quadro de funcionários nos últimos anos, mas de forma ainda mais radical. Ao todo, 1,2 mil trabalhadores foram desligados; restaram 1 mil.
"Mas agora estamos confiantes (com a melhora do cenário), o que também não significa que o crescimento será rápido", diz Júnia Hermon Corrêa, diretora-superintendente.
Leia Também
Dez anos atrás, a empresa tinha uma média de 55 aeronaves vendidas por ano. Em 2019, a meta é fechar contrato para dez, o dobro de 2018.
O principal segmento de atuação da Líder - o de aluguel de helicópteros para atender plataformas de petróleo -, no entanto, ainda sofre. A companhia tinha uma frota de 60 helicópteros para esse serviço. Após a crise da Petrobrás, reduziu para 39. "Acreditamos que não vamos ter de cortar a frota ainda mais e há possibilidade de novas empresas (petroleiras) entrarem no setor em 2020 e 2021", afirma.
Também com forte atuação em fretamento, a Icon Aviation, de Michael Klein, vai no sentido oposto da Líder e prevê queda no faturamento com o serviço. No primeiro semestre do ano passado, transportou 2,6 mil pessoas. Neste ano, foram 1,9 mil. A empresa, entretanto, conseguirá faturamento maior em 2019, porque já vendeu uma aeronave, o que puxa a receita para cima. Em 2018, não havia conseguido fechar nenhum contrato de venda.
Substituição
Fabricante brasileira de jatos executivos, a Embraer divulgou na semana passada que vendeu 36 aviões nesse segmento no primeiro semestre de 2019. No mesmo período do ano passado, haviam sido 31. Os dados, entretanto, são globais. A companhia não divulga informações por país, mas Gustavo Teixeira, diretor de vendas de aviação executiva para a América Latina, afirma que entre janeiro e junho foram vendidos no Brasil quase o dobro do mesmo período de 2018.
Na Tam Aviação Executiva, também há um movimento de procura por modelos novos, segundo o presidente, Leonardo Fiuza. Puxadas pelos setores do agronegócio, da indústria farmacêutica e do varejo, as vendas da companhia chegaram a 40 aeronaves no ano passado - ante 60 antes da crise. O primeiro semestre de 2019 já foi melhor que o mesmo período de 2018. "Este ano está bem melhor. Não diria que é 'o' ano da recuperação, mas é um respiro", diz Fiuza.
Para o diretor executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), Flavio Pires, o "pior da crise já passou". Os pousos e decolagens de aviões executivos cresceram 2,74% no ano passado, mas a frota permanece estável desde 2014 - com 11,8 mil aeronaves. "Há pessoas voando mais e outras trocando seus aviões."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
Entre dividendos e JCP: Suzano (SUZB3), Isa (ISAE4), Porto Seguro (PSSA3) e Marcopolo (POMO4) anunciam pacote bilionário aos acionistas
Dividendos, JCP e bonificações movimentam quase R$ 4 bilhões em operações aprovadas na última sexta-feira antes do Natal
‘Socorro’ de R$ 10 bilhões à Raízen (RAIZ4) está na mesa da Cosan (CSAN3) e da Shell, segundo agência
Estresse no mercado de crédito pressiona a Raízen, que avalia aporte bilionário, desinvestimentos e uma reestruturação financeira com apoio dos controladores
WEG (WEGE3) abre o cofre e paga R$ 5,2 bilhões em dividendos
Os proventos autorizados nesta sexta-feira (19) serão divididos em três parcelas anuais de R$ 1,732 bilhão cada; confira os detalhes
Embraer (EMBJ3) testa protótipo de “carro voador” elétrico e inicia fase de certificação; ações chegam a subir 3%
Aeronave eVTOL da Eve Air Mobility inicia campanha de certificação com quase 3 mil encomendas; ações da Embraer avançam após voo inaugural
Raízen (RAIZ4) acelera desinvestimentos e vende carteira de comercialização de energia para Tria Energia, da Patria Investimentos
O negócio envolve o portfólio de contratos de trading de energia mantido pela Raízen no mercado livre; entenda
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio