🔴 ONDE INVESTIR COM A SELIC A 14,75% AO ANO? CONFIRA AS RECOMENDAÇÕES GRATUITAMENTE

Aperte os cintos! Mais uma Super Quarta vem aí, com promessa de mais uma rodada de alta de juros ao redor do globo

Maioria dos bancos centrais com reunião prevista para esta semana deve subir juros; no Brasil, ciclo de aperto monetário pode chegar ao fim

20 de setembro de 2022
6:01 - atualizado às 8:04
Roberto Campos Neto e Jerome Powell, presidentes dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos
Roberto Campos Neto e Jerome Powell, presidentes dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos - Imagem: Divulgação

É evidente que os mercados estejam estressados. Na semana passada, os investidores assistiram a mais de 3,75 trilhões de dólares serem apagados dos mercados globais de ações, tudo depois da divulgação do índice de inflação nos Estados Unidos. Até então, os mercados conseguiam sustentar certa alta, se baseando na expectativa de um Federal Reserve mais comedido. Não parece ser o caso.

Como se não bastasse o discurso duro de Jerome Powell, presidente do Fed, em Jackson Hole, foi necessário que os preços nos EUA voltassem a assustar para que os mercados caíssem na real. Deu no que deu. O mais interessante foi o fato de acontecer na semana que antecede uma grande quantidade de decisões de política monetária ao redor do mundo.

Mas não são apenas os EUA e o Brasil em ação nesta semana. Vários outros bancos centrais devem apresentar aumentos de taxas que somam mais de 500 pontos-base combinados, com potencial para uma contagem maior se as autoridades optarem por uma abordagem mais agressiva. Destaque para a Inglaterra, Japão e China.

Fonte: Bloomberg

Qual banco central age quando

O início do processo será o da Suécia, na terça-feira, com os formuladores de política monetária previstos pelos economistas para acelerar o aperto com um movimento de 75 pontos-base. Na terça, também teremos decisão na China. Em seguida, vem o Fed (EUA) e o Bacen (Brasil) na quarta-feira.

Na quinta-feira, teremos o Japão, as Filipinas, a Indonésia e Taiwan aumentando suas respectivas taxas. Na sequência, no mesmo dia, o foco muda para a Europa, com aumentos de meio ponto ou mais na Suíça, Noruega e Reino Unido.

Em outro continente, a África do Sul continuará com seu movimento hawkish (contracionista) de 75 pontos-base, sendo que o Egito também poderá agir nesta mesma linha mais contracionista.

Leia Também

Aperto monetário em escala global não é a novidade

O aperto monetário em nível global não é nenhuma novidade. Ao todo, cerca de 90 bancos centrais aumentaram as taxas de juros este ano, e metade deles subiu pelo menos 75 pontos-base de uma só vez. Em outras palavras, vivemos o aperto monetário mais amplo da política monetária em 15 anos.

Fonte: Bloomberg

Trata-se de um afastamento decisivo da era do dinheiro barato iniciada pela crise financeira de 2008, em meio aos esforços das autoridades monetárias para enfrentar a tarefa nada invejável de conter a inflação mais alta em décadas sem desencadear recessões severas.

Com isso esclarecido, vamos ao que mais nos interessa: a Super Quarta.

Costumeiramente, os investidores do mercado brasileiros chamam a quarta-feira na qual se finaliza as reuniões de política monetária no Brasil e nos EUA de Super Quarta. As decisões para esta semana já são bem antecipadas pelo mercado, restando a formação de expectativas para os comunicados que acompanham as mudanças.

Nos EUA, desde que o último relatório mostrando a inflação anual ao consumidor em 8,3%, as apostas em Wall Street aumentaram de que o Federal Reserve poderia elevar as taxas de juros em um ponto percentual pela primeira vez em sua história moderna. Contudo, entendo que não seja o mais provável.

Fed deve manter ritmo do aperto

O Fed deverá manter o nível de elevação da última reunião, subindo a taxa de juros em 75 pontos mais elevada, colocando-a entre 3% e 3,25% ao ano. Adicionalmente, será importante acompanharmos a coletiva de Powell, logo na sequência da decisão.

Se o presidente mantiver o tom agressivo e combativo contra a inflação, será possível mais uma alta de 75 pontos-base em novembro.

Os próximos passos de Jerome Powell serão mais difíceis, já que a economia está começando a mostrar o impacto dos aumentos das taxas do banco central para conter a demanda do consumidor e conter a inflação — a manufatura está desacelerando e as vendas no varejo estão diminuindo em meio a altas taxas de inflação, enquanto o mercado de trabalho permanece bastante aquecido.

Powell enfatizou há semanas que o Fed sabe que suas ações devem provocar uma dolorosa consciência sobre a economia real.

Contudo, ele também diz que não controlar a inflação agora só causará mais dor no futuro, e o Fed não será dissuadido de seu objetivo de reduzir a inflação para 2%.

No Brasil, fim do aperto ou alta residual?

Enquanto isso, no Brasil, os membros do Banco Central devem encerrar o ciclo de aperto monetário após uma série sem precedentes de aumentos nos últimos 18 meses, que levou a taxa de juros de 2% para dois dígitos.

No Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira, entendo ser válido encerrar sem novas altas, em 13,75%.

Há ainda a possibilidade de um ajuste adicional marginal de 25 pontos, colocando a Selic em 14% ao ano. Menos provável, pouca coisa mudaria se de fato confirmado.

Roberto Campos Neto deverá manter as coisas como estão e apenas manter o tom cauteloso, o que preservaria os juros elevados até a segunda metade do ano que vem.

Eventuais surpresas devem ter efeito na curva de juros, no câmbio e nos mercados de ações.

Para as empresas americanas, entendo que ainda haja espaço para quedas adicionais, podendo renovar as mínimas nos índices em breve (ainda estamos em um bear market, afinal).

Para o Brasil, por outro lado, considerando o desconto já existente em nossos ativos e a clara predileção dos alocadores por teses tradicionais e descontadas (value), vejo espaço para valorização ainda em 2022.

Dessa forma, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas, gosto de uma combinação de Bolsa brasileira, renda fixa local (o caixa no Brasil paga dois dígitos por meio de um título Tesouro Selic 2027, por exemplo) e dólar (moeda forte).

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NOVO AUMENTO

Retorno da renda fixa chegou ao topo? Quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 14,75%

7 de maio de 2025 - 19:15

Copom aumentou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta (7), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; mas ajuste pode ser o último do ciclo de alta

JUROS NAS ALTURAS

Selic chega a 14,75% após Copom elevar os juros em 0,5 ponto percentual — mas comitê não crava continuidade do ciclo de alta

7 de maio de 2025 - 18:42

Magnitude do aumento já era esperada pelo mercado e coloca a taxa básica no seu maior nível em quase duas décadas

CRIPTO HOJE

Bitcoin (BTC) sobrevive ao Fed e se mantém em US$ 96 mil mesmo sem sinal de corte de juros no horizonte

7 de maio de 2025 - 16:45

Outra notícia, que também veio lá de fora, ajudou os ativos digitais nas últimas 24 horas: a chance de entendimento entre EUA e China sobre as tarifas

FOGO ALTO OU BANHO-MARIA?

Não vai meter a colher onde não é chamado: Fed mantém taxa de juros inalterada e desafia Trump

7 de maio de 2025 - 15:10

Como era amplamente esperado, o banco central norte-americano seguiu com os juros na faixa entre 4,25% e 4,50%, mas o que importa nesta quarta-feira (7) é a declaração de Powell após a decisão

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Bola de cristal monetária: Ibovespa busca um caminho em dia de Super Quarta, negociações EUA-China e mais balanços

7 de maio de 2025 - 8:16

Investidores estão em compasso de espera não só pelas decisões de juros, mas também pelas sinalizações do Copom e do Fed

CAUTELA É A RESPOSTA

Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do BC, explica por que o Copom não vai antecipar seus próximos passos na reunião de hoje

7 de maio de 2025 - 6:05

O executivo, que hoje é chairman da JiveMauá, acredita em um aumento de meio ponto percentual nesta reunião do Copom, sem nenhuma sinalização no comunicado

ELE ESTÁ DE VOLTA

Campos Neto no Nubank: ex-presidente do BC deve assumir como vice chairman a partir de julho

6 de maio de 2025 - 18:21

RCN foi convidado para assumir os cargos de vice chairman, diretor global de políticas públicas e conselheiro da fintech; ele deve assumir funções a partir de 1º de julho, depois de cumprir a quarentena do BC

PARADOXO DO CRÉDITO

CDI+5% é realista? Gestores discutem o retorno das debêntures no Brasil e destacam um motivo para o investidor se preocupar com esse mercado

6 de maio de 2025 - 16:30

Durante evento, gestores da JiveMauá, da TAG e da Polígono Capital destacam a solidez das empresas brasileiras enquanto emissoras de dívida, mas veem riscos no horizonte

PODCAST TOURO E URSOS #221

Copom deve encerrar alta da Selic na próxima reunião, diz Marcel Andrade, da SulAmérica. Saiba o que vem depois e onde investir agora

6 de maio de 2025 - 15:37

No episódio 221 do podcast Touros e Ursos, Andrade fala da decisão de juros desta quarta-feira (7) tanto aqui como nos EUA e também dá dicas de onde investir no cenário atual

OBRIGADO, TRUMP!

Selic em alta atrai investidor estrangeiro para a renda fixa do Brasil, apesar do risco fiscal

6 de maio de 2025 - 12:58

Analistas também veem espaço para algum ganho — ou perdas limitadas — em dólar para o investidor estrangeiro que aportar no Brasil

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Expectativa e realidade na bolsa: Ibovespa fica a reboque de Wall Street às vésperas da Super Quarta

6 de maio de 2025 - 8:22

Investidores acompanham o andamento da temporada de balanços enquanto se preparam para as decisões de juros dos bancos centrais de Brasil e EUA

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Banqueiros centrais se reúnem para mais uma Super Quarta enquanto o mundo tenta escapar de guerra comercial permanente

6 de maio de 2025 - 6:51

Bastou Donald Trump sair brevemente dos holofotes para que os mercados financeiros reencontrassem alguma ordem às vésperas da Super Quarta dos bancos centrais

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Ela é uma vaca, eu sou um touro

5 de maio de 2025 - 20:26

Diante da valorização recente, a pergunta verdadeiramente relevante é se apenas antecipamos o rali esperado para o segundo semestre, já tendo esgotado o espaço para a alta, ou se, somada à apreciação do começo de 2025, teremos uma nova pernada até o fim do ano?

ALÔ, ACIONISTA?

Dividendos e JCP: Tim (TIMS3) anuncia R$ 300 milhões em proventos após salto de 53,6% no lucro para nível recorde no 1T25

5 de maio de 2025 - 20:22

O resultado do 1º trimestre deste ano da Tim mostra um lucro líquido de R$ 798 milhões, uma nova máxima para o começo do ano

RESGATE À CAMINHO

CDBs do Master serão honrados com linha de assistência do FGC, prevista para ser aprovada nesta semana, segundo jornal

5 de maio de 2025 - 19:30

A aprovação do resgate é uma fase antes da análise final pelo Banco Central da operação de compra do Master pelo BRB (Banco de Brasília)

SETOR DE DESTAQUE

Hora de colocar fundos imobiliários de shoppings na carteira? Itaú BBA vê resiliência no segmento e indica os FIIs favoritos

5 de maio de 2025 - 17:39

Os FIIs do setor mostram resiliência apesar da alta dos juros, mas seguem descontados na bolsa

PESQUISA FOCUS

Um recado para Galípolo: Analistas reduzem projeções para a Selic e a inflação no fim de 2025 na semana do Copom

5 de maio de 2025 - 10:45

Estimativa para a taxa de juros no fim de 2025 estava em 15,00% desde o início do ano; agora, às vésperas do Copom de maio, ela aparece em 14,75%

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Espírito olímpico na bolsa: Ibovespa flerta com novos recordes em semana de Super Quarta e balanços, muitos balanços

5 de maio de 2025 - 8:26

Enquanto Fed e Copom decidem juros, temporada de balanços ganha tração com Itaú, Bradesco e Ambev entre os destaques

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: temporada de balanços esquenta em semana de Super Quarta; veja os principais eventos

5 de maio de 2025 - 6:52

Calendário dos próximos dias traz as primeiras decisões de política monetária no Brasil, nos Estados Unidos e no Reino Unido após as tarifas recíprocas de Donald Trump

AÇÃO DO MÊS

Pódio triplo: Itaú (ITUB4) volta como ação mais recomendada para maio ao lado de duas outras empresas; veja as queridinhas dos analistas

5 de maio de 2025 - 6:04

Dessa vez, a ação favorita veio acompanhada: além do Itaú, duas empresas também conquistaram o primeiro lugar no ranking dos papéis mais recomendados para maio.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar