Picanha ou filé mignon? Haddad confia em economia forte até 2026 e fala sobre o que pode acontecer com o Brasil até lá
Em entrevista à GloboNews, o ministro da Fazenda demonstrou confiança e otimismo apesar do cenário econômico brasileiro não ser tão favorável

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está otimista com relação ao cenário econômico brasileiro. Segundo ele, o Brasil está bem posicionado em um ambiente global desafiador, com perspectivas de alcançar uma situação econômica confortável até 2026.
Com a inflação acima da meta e o dólar navegando acima dos R$ 6, Haddad foi questionado sobre a promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de “picanha no prato” dos brasileiros até o final do mandato.
“Eu acredito que podemos chegar bem em 2026. Espero que comendo até filé mignon”, afirmou o ministro em entrevista à Globonews nesta terça-feira (7), reforçando a confiança de que os resultados econômicos irão se traduzir em uma melhora significativa na qualidade de vida da população.
2026 no horizonte para Haddad
Ao falar sobre o planejamento econômico, Haddad previu que a economia brasileira estará “muito mais arrumada” ao final de 2026, desde que o plano seja integralmente implementado.
Ele enfatizou que o governo está evitando práticas pouco transparentes, como a contabilidade criativa e a venda de estatais a preços depreciados para cobrir déficits fiscais.
“Não estamos aqui para maquiar contas ou vender estatais na bacia das almas. Nosso objetivo é ajustar a economia sem prejudicar os trabalhadores de baixa renda e garantindo os direitos previstos na Constituição”, declarou.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
De acordo com o ministro, essa abordagem será determinante não apenas para o sucesso do governo, mas também para a disputa eleitoral de 2026. Ele apontou que o desempenho econômico terá um peso considerável nas decisões dos eleitores.
"A economia faz a diferença em qualquer eleição. É essencial que cuidemos de todos os indicadores, garantindo um equilíbrio que represente os interesses de toda a sociedade brasileira", reforçou ele, destacando o impacto positivo das ações adotadas até agora.
As perspectivas otimistas de Haddad têm como base as conquistas previstas para 2024 e 2025. Ele defendeu o pacote fiscal aprovado pelo Congresso, classificando-o como essencial para enfrentar os desafios econômicos que se intensificaram no segundo semestre de 2023. Segundo o ministro, esse pacote não apenas reflete a preocupação do governo com o controle da inflação e a redução do hiato do produto, como também traz ajustes que conferem maior flexibilidade à gestão de despesas públicas.
“Esse pacote não só é coerente com a realidade econômica como também permitirá uma gestão mais eficiente dos recursos públicos”, explicou.
Haddad projetou que os resultados positivos de 2024 serão replicados em 2025, citando a expectativa de que o mercado continue revisando suas projeções de forma mais favorável para a economia brasileira.
"Assim como aconteceu em 2024, em 2025 teremos um resultado positivo. Estamos obstinados em buscar as metas fiscais", afirmou.
Um problema de comunicação e o futuro do país
Haddad, no entanto, reconheceu que o governo enfrenta um “grave problema de comunicação”, especialmente em meio a uma crise de credibilidade e desafios fiscais.
Para ele, a clareza e a coerência nas mensagens são cruciais para atingir os objetivos econômicos e políticos.
“O governo tem que ser coerente e resoluto na comunicação, sem deixar brechas nos objetivos que queremos atingir”, afirmou o ministro, acrescentando que a desinformação e o extremismo ideológico representam riscos que precisam ser enfrentados.
Ele alertou que, em um mundo de comunicação disruptiva, proteger a integridade das informações e das instituições democráticas é essencial para evitar decisões baseadas em ideologias extremistas que gerem pânico ou instabilidade.
“Nós temos que cuidar da integridade das pessoas e das informações para evitar que ideologias extremistas coloquem em risco a paz e a prosperidade da sociedade brasileira”, pontuou Haddad, defendendo um esforço conjunto para fortalecer a democracia.
O ministro também reforçou o compromisso do governo com uma gestão que promova o equilíbrio econômico, respeitando a justiça social e os direitos fundamentais da população.
“O Estado brasileiro representa toda a sociedade e deve encontrar o caminho para um equilíbrio que contemple todos os indicadores”, declarou Haddad, reconhecendo que a economia será decisiva nas eleições de 2026.
Ao ser questionado sobre sua permanência à frente do Ministério da Fazenda, Haddad reiterou que não pretende deixar o cargo até o final da gestão, mas ponderou que essa decisão cabe ao presidente Lula.
"Eu assumi o desafio em 2022 com essa intenção", disse Haddad, lembrando que apresentou um plano de voo para o comando da Pasta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"A minha relação com o presidente Lula é tão tranquila. (...). Ele tem liberdade comigo, total, para fazer qualquer tipo de colocação. Eu nunca me senti desautorizado pelo presidente Lula", disse.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Desaprovação a Lula cai para 50,1%, mas é o suficiente para vencer Bolsonaro ou Tarcísio? Atlas Intel responde
Os dados de abril são os primeiros da série temporal que mostra uma reversão na tendência de alta na desaprovação e queda na aprovação que vinha sendo registrada desde abril de 2024
Haddad prepara investida para atrair investimentos em data centers no Brasil; confira as propostas
Parte crucial do processamento de dados, data centers são infraestruturas que concentram toda a tecnologia de computação em nuvem e o ministro da Fazenda quer colocar o Brasil no radar das empresas de tecnologias
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Primeiro ETF de XRP do mundo estreia na B3 — marco reforça protagonismo do Brasil no mercado de criptomoedas
Projeto da Hashdex com administração da Genial Investimentos estreia nesta sexta-feira (25) na bolsa de valores brasileira
Fernando Collor torna-se o terceiro ex-presidente brasileiro a ser preso — mas o motivo não tem nada a ver com o que levou ao seu impeachment
Apesar de Collor ter entrado para a história com a sua saída da presidência nos anos 90, a prisão está relacionada a um outro julgamento histórico no Brasil, que também colocou outros dois ex-presidentes atrás das grades
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Guido Mantega vai ficar de fora do conselho da Eletrobras (ELET3) e governo busca novo nome, diz jornal
Há cinco dias da assembleia que elegerá os membros do conselho da empresa, começa a circular a informação de que o governo procura outra opção para indicar para o posto
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Solana (SOL) no Itaú: banco expande sua oferta de criptomoedas e adiciona 3 novos tokens no app
Além do bitcoin (BTC) e do ethereum (ETH), disponíveis desde 2024, Itaú adiciona XRP, solana (SOL) e USDC ao seu catálogo de investimentos
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Agenda econômica: é dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado
Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)
De olho na classe média, faixa 4 do Minha Casa Minha Vida começa a valer em maio; saiba quem pode participar e como aderir
Em meio à perda de popularidade de Lula, governo anunciou a inclusão de famílias com renda de até R$ 12 mil no programa habitacional que prevê financiamentos de imóveis com juros mais baixos
Lula é reprovado por 59% e aprovado por 37% dos paulistas, aponta pesquisa Futura Inteligência
A condição econômica do país é vista como péssima para a maioria dos eleitores de São Paulo (65,1%), com destaque pouco satisfatório para o combate à alta dos preços e a criação de empregos
Eletrobras (ELET3) mantém presidente e diretoria executiva até 2027 em meio a disputa judicial
O processo de renovação do Conselho de Administração da Eletrobras faz parte do acordo que está em andamento com a União, devido a uma disputa judicial que corre desde 2023
Guerra comercial de Trump está prejudicando a economia do Brasil? Metade dos brasileiros acredita que sim, diz pesquisa
A pesquisa também identificou a percepção dos brasileiros sobre a atuação do governo dos Estados Unidos no geral, não apenas em relação às políticas comerciais