Pente fino dos impostos chega nas deduções de despesas médicas no Imposto de Renda — Hugo Motta defende criação de teto
O presidente da Câmara dos Deputados participou de evento nesta segunda-feira (9) e falou sobre as pautas do Congresso para os próximos dias

Deu a louca no governo, e o pente fino dos impostos está a todo vapor. O debate sobre a compensação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) respingou para todos os lados e chegou na reforma do imposto de renda que deverá ser analisada pelo Congresso no âmbito da proposta de ampliação da isenção de IR para pessoas que ganham até R$ 5 mil por mês.
Segundo Hugo Motta (Republicanos/PB), presidente da Câmara dos Deputados, há espaço para se considerar mais revisões de privilégios dentro dessa proposta, para conseguir um resultado mais estruturante, e menos paliativo.
No evento “Agenda Brasil”, nesta segunda-feira (9), Motta defendeu a discussão sobre a questão da moléstia grave e a criação de um teto para despesa de saúde.
- VEJA MAIS: Você está preparado para ajustar sua carteira este mês? Confira o novo episódio do “Onde Investir” do Seu Dinheiro
“Não é justo o modelo de dedução integral que temos hoje. Pessoas que se tratam com médicos particulares conseguem deduzir tudo do IR, enquanto o cidadão na ponta não tem nem médico na unidade básica de saúde que ele se trata. É justo o governo financiar [a saúde particular] dessa forma? Me parece que não”, disse no evento.
Motta também criticou a isenção dobrada para pessoas com mais de 65 anos e sugeriu a criação de uma avaliação com base na aposentadoria paga pelo INSS e não um benefício geral, como o atual.
O parlamentar afirma que a reforma do imposto de renda precisa ser estruturante e eficiente do ponto de vista fiscal, para que o governo não entre em um ciclo vicioso de ter que voltar para aprovar pequenas medidas porque as contas não fecham.
Leia Também
Os tópicos levantados, entretanto, são sugestões do parlamentar que ainda devem ser debatidas no Congresso Nacional.
- LEIA TAMBÉM: Ferramenta te mostra uma projeção de quanto é necessário investir mensalmente na previdência privada. Simule aqui
Entretanto, o presidente da Câmara salientou que é urgente que se fale desses temas difíceis, pois o país estaria à beira da ingovernabilidade.
“Qualquer presidente que entrar em 2026 terá que dar um choque nessa situação, porque não é possível administrar o país da forma que está. O que está em jogo é o futuro do país e tem que colocar o dedo nessa ferida. Uma solução mágica não vai acontecer”, afirmou, em referência às contas públicas e aumento dos gastos obrigatórios.
Títulos isentos de imposto na mira
Na noite de ontem (8), o governo federal anunciou que pretende cobrar um imposto de 5% sobre títulos que eram anteriormente isentos, como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), para compensar o recuo nos aumentos de alíquotas para o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Não ficou claro pelas falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se essa nova alíquota seria aplicada apenas nas emissões bancárias de LCIs e LCAs.
Porém, nesta segunda-feira (9), Hugo Motta foi mais claro sobre o assunto: Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs) também devem ser tributados em 5%.
A informação foi confirmada durante o evento, entretanto, debêntures incentivadas e FI-Infra — que investem nas debêntures — não foram mencionados. Ainda assim, apurações de veículos de imprensa junto a fontes do governo confirmaram que estes ativos, hoje isentos, também passariam a ser tributados em 5%.
Segundo o presidente da Câmara, a proposta é de manter o incentivo, porém, por meio de uma alíquota menor do que a de outros títulos.
Motta não se aprofundou no assunto. Em sua fala, disse que o governo ainda irá entregar o texto final da medida provisória e que os deputados e senadores irão debater os tópicos que estão ali.
“Não há, por parte do Congresso, compromisso de aprovar essas medidas que vêm na MP. Vamos analisar cada um dos tópicos”, disse Hugo Motta no evento.
O presidente da Câmara afirmou que essa MP do governo será enviada apenas para cobrir, do ponto de vista contábil, os R$ 20 bilhões de arrecadação que foram calculados para serem obtidos por meio do aumento da alíquota do IOF. Segundo Motta, a intenção é não perder esse valor por meio de mais contingenciamento de gastos.
Não são só as LCIs e LCAs! CRI, CRA e debêntures incentivadas também devem perder isenção; demais investimentos terão alíquota única
Pacote de medidas para substituir o aumento do IOF propõe tributação de 5% em todos os títulos de renda fixa hoje isentos, além de alíquota única de 17,5% nas demais aplicações
Ações da Gol disparam até 15% na bolsa após companhia aérea divulgar boas notícias ao mercado; veja quais foram
A maior novidade foi o fim da saga do Chapter 11, com o anúncio do encerramento da recuperação judicial nos EUA
BDRs da JBS (JBSS32) estreiam em alta na B3 e Citi diz o que fazer com os papéis agora
Na despedida, as ações JBSS3 terminaram o pregão de sexta-feira (6) com alta de 1,93%, negociadas a R$ 39,03
Ainda vale a pena investir em LCI e LCA com o imposto de 5% proposto por Haddad? Fizemos as contas
Taxação mexe com um dos investimentos preferidos do investidor pessoa física; LCI e LCA hoje são isentas de imposto de renda
Tony Awards 2025: veja a lista de premiados no ‘Oscar’ do teatro’
Cerimônia contou com performance original do elenco de ‘Hamilton’ e apresentação da estrela de “Wicked”
Petrobras (PETR4): empresa envolvida na Operação Lava Jato cita petroleira em processo de falência e pede pagamento bilionário; saiba mais
A petroleira está sendo acusada de causar supostos prejuízos à empresa, os quais estão relacionados ao “Projeto Sondas”
Fundo imobiliário TRXF11 adiciona 13 imóveis na carteira por mais de R$ 530 milhões e turbina portfólio com inquilinos de peso
Com a compra, o TRX Real Estate incrementa não apenas a carteira de ativos, mas também de inquilinos
Quina e outras loterias sorteiam mais de R$ 21 milhões hoje — mas os prêmios de encher os olhos vêm depois
Tem Quina com R$ 13,5 milhões em jogo nesta segunda (10), mas loterias como Mega-Sena e Quina de São João roubam a cena
Café é o novo vinho? Um papo com o único brasileiro entre as melhores cafeterias do mundo
Gabriel Penteado, da premiada Cupping Café, explica as semelhanças e as diferenças entre os wine e os coffee lovers
Pacote com alternativas ao IOF deve incluir taxação sobre bets, mas também imposto sobre LCI e LCA
A expectativa é que o pacote seja apresentado novamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira (10) pela manhã
Agenda econômica: PIB no Reino Unido e inflação no Brasil e nos EUA; veja o que movimenta os mercados nesta semana
A agenda dos próximos dias é enxuta, mas os números esperados devem impactar as projeções futuras do mercado
Crescer no contraciclo: a receita do CEO da SLC Agrícola (SLCE3) para colher bons frutos em meio à baixa do agronegócio e ainda pagar dividendos
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Aurélio Pavinato fala da importância da boa gestão de riscos e da diversificação para superar os contratempos do setor e do impacto da guerra comercial de Trump para os negócios
A esperança pela “volta” do Banco do Brasil (BBAS3) e as 5 ações para o segundo semestre são os temas mais lidos da semana
Entre a recuperação do Banco do Brasil (BBAS3) e as apostas da Bradesco Asset para o 2º semestre, veja os destaques mais lidos da semana no Seu Dinheiro
Dobrou, mas ainda está barata: Plano&Plano (PLPL3) é a ação para quem quer embarcar no boom das construtoras populares
Segundo o Itaú BBA, à medida em que as queridinhas Direcional (DIRR3) e Cury (CURY3) alcançam novos patamares de valorização, ainda há espaço para surfar o boom da construção voltada à baixa renda com PLPL3
Haddad se encontra com líderes partidários para discutir alternativas ao aumento do IOF: o que esperar?
O anúncio sobre as medidas deve ser feito na próxima terça-feira
De olho na Shopee, Mercado Livre (MELI34) faz uma jogada ousada: vai custar caro?
A empresa reduziu o valor mínimo de compra para ter acesso ao frete grátis de R$ 79 para apenas R$ 19 — o menor da história da companhia no país
Azul (AZUL4) no vermelho: por que o negócio da aérea não deu samba?
A Azul executou seu plano com excelência. Alcançou 150 destinos no Brasil e opera sozinha em 80% das rotas. Conseguiu entrar em Congonhas. Chegou até a cair nas graças da Faria Lima por um tempo. Mesmo assim, não escapou da crise financeira.
Foguete não tem ré? A ação que dobrou de valor este ano, mas ainda está barata e pode subir mais um bocado, segundo o Itaú BBA
Por que a ação da Moura Dubeux segue descontada depois de uma alta de quase 120% e quais são as perspectivas do Itaú BBA
MRV (MRVE3): O que explica a disparada que fez a empresa ter a maior alta da semana no Ibovespa? Quem mais brilhou?
As ações da MRV terminaram semana com uma forte alta na bolsa de valores. Do outro lado, Vamos (VAMO3) teve a maior queda
Elon Musk que se cuide! No hall da fama da WWE: a saga de Donald Trump nos ringues
O bilionário sul-africano talvez não saiba, mas a briga que ele está puxando é com uma verdadeira lenda certificada dos ringues