Seu próximo tênis da Nike vai ser mais caro — e provavelmente, da Adidas e da Puma também; entenda
Impacto da guerra comercial é inegável para o encarecimento das importações, embora a empresa não tenha citado as tarifas como justificativa para as altas de preços

O impacto das tarifas chegou nos sneakerheads dos Estados Unidos. Nesta semana, a Nike anunciou que vai aumentar os preços dos tênis no país.
Embora a empresa tenha justificado os novos valores como um ajuste sazonal, analistas do mercado fazem correlação direta com a guerra comercial empreendida por Donald Trump, já que estes novos impostos vão encarecer a importação dos tênis — que são majoritariamente fabricados no Vietnã e na China.
Seguindo o pontapé inicial da americana, a Adidas e a Puma também devem seguir a mesma toada e anunciar alta dos preços em breve. Ambas as empresas já tinham sinalizado que não seriam as primeiras a mudar a precificação e que aguardariam a movimentação da concorrência.
Nesse sentido, o recado da Nike não poderia ter sido mais claro: quem vai pagar a conta das tarifas são aqueles que querem ter um Air Jordan no guarda-roupa. E, em breve, os usuários de Sambas, Gazelles e Speedcats também devem ter que arcar com os mesmos custos.
Quanto vai custar um tênis Nike, depois de Trump?
Os tênis da Nike que custam na faixa de US$ 100 e US$ 150 devem ter aumento de US$ 5.
Produtos de valor menor que US$ 100, assim como aqueles da linha infantil, não terão alterações nos valores.
Leia Também
O modelo Air Force 1, um dos mais requisitados da marca, custa atualmente US$ 155, e não deve sofrer aumentos, segundo apurado pela CNBC.
Não foram divulgadas mudanças específicas para os preços dos tênis no Brasil. No entanto, é de se esperar que esse aumento dos valores se estenda ao país e impacte as finanças dos sneakerheads brasileiros.

E as outras marcas de tênis?
Ainda não é possível dizer em quanto as outras empresas de calçados vão aumentar os preços. A dimensão dessa alta vai depender do comportamento dos consumidores americanos e da demanda pelos modelos.
Em suma: um tênis “da moda”, que está sendo muito buscado, tem mais espaço para subir de preço, sem sofrer tanta queda nas vendas.
A concorrente On Running, que disputa o pace com a Nike no ramo de tênis para corrida, anunciou que vai aumentar os preços de alguns modelos nos EUA a partir de julho.
Tal como a dona do Jordan, a companhia suíça não mencionou as tarifas na explicação. Ao invés disso, a justificativa foi de que ela quer ser a “marca mais premium de sportswear do mundo”.
- LEIA TAMBÉM: Tênis de corrida ou tênis de musculação? Os melhores modelos para cada modalidade em 2025
Amazon vai voltar a vender tênis Nike
Somado à nova precificação, a empresa comandada por Elliott Hill também anunciou que voltará a ter uma loja oficial na Amazon, depois de seis anos fora do e-commerce.
A estratégia se encaixa num contexto de perda significativa de participação de mercado da Nike. Embora ainda seja a maior player do mercado de artigos esportivos, a fabricante de tênis foi de 15,2% para 14,1%, entre 2023 e 2024, segundo dados da GlobalData.
Na tentativa de surfar o potencial dos segmentos de tênis casuais, competindo diretamente com o hype da Adidas, a Nike apostou em categorizações genéricas dos produtos.
Esse foi um dos erros da empresa, na visão da professora do Hub de moda e beleza e do Hub de Luxo da ESPM, Patrícia Diniz. “A Nike sempre foi uma marca de especialidades. Então, ela tinha produtos específicos para cada esporte e equipes de produto e marketing trabalhando em cada uma dessas categorias”, explica.
Ao generalizar a produção, a empresa reduziu os esforços técnicos e tecnológicos para fazer o melhor tênis para cada esporte e perdeu espaço. Nesse meio tempo, a On Running capturou Roger Federer e Zendaya como garotos-propaganda, e a Hoka deixou de ser uma marca nichada de corrida e ganhou espaço também no segmento casual.
Leia a análise completa sobre os negócios da empresa nesta reportagem.
* Com informações da Reuters.
Café fake: Anvisa proíbe venda e distribuição de três marcas por contaminação e recomenda atenção dos consumidores
Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) encontrou resíduos de toxinas nos produtos, além de falhas na fabricação e rotulagem
Mês de comemoração: junho tem Corpus Christi, festas juninas e pausa na bolsa; confira quando o mercado tira folga
Além das tradicionais festas juninas, brasileiros devem aproveitar o ponto facultativo de 19 de junho para entrar no clima dos festejos
JBS (JBSS3): dupla listagem nos EUA deve desbloquear potencial do frigorífico brasileiro, de acordo com o Citi; saiba o que fazer com as ações
Na última sexta-feira (30), a companhia obteve aprovação da CVM para estrear na bolsa de Nova York e iniciar seu programa de BDRs na B3
Após o rali de quase 50% no ano, ação do Bradesco (BBDC4) ainda tem espaço para subir? UBS BB acredita que sim
Banco mantém recomendação de compra para BBDC4 e eleva preço-alvo para R$ 21. Saiba o que sustenta a visão otimista
URPR11 reduz dividendos com estratégia de retenção dos lucros e cai mais de 7% na bolsa hoje; entenda os planos do FII
A redução nos proventos já estava no radar do mercado desde o fim de março, mas os cotistas lidam com uma queda maior do que era esperado
Haddad fala em ‘sugestão estrutural’ como alternativa ao aumento do IOF após negociações com o Congresso
Alternativas ao aumento do IOF incluem a revisão de benefícios fiscais e a parceria com legislativo para fortalecer a arrecadação
De “venda” à compra: Ecorodovias (ECOR3) recebe duplo upgrade de recomendação pelo BofA. O que está por trás do otimismo?
Com a mudança, os papéis ECOR3 saem de uma recomendação underperform (equivalente à venda) e aceleram para classificação de compra
Financial Times divulga ranking das melhores escolas de educação executiva, e lista inclui três brasileiras
Fundação Dom Cabral, Insper e Fundação Getulio Vargas aparecem nas listas de cursos abertos e customizados
Petrobras reduz em 5,6% preços da gasolina para distribuidoras a partir da terça-feira (3)
O preço de venda da Petrobras para as distribuidoras passará a ser, em média, de R$ 2,85 por litro, uma redução de R$ 0,17 por litro
FII de hotéis lidera alta do Ifix: cotas sobem mais de 4% após anúncio de distribuição de dividendos
A animação dos investidores vem na esteira do anúncio de um aumento de 92% na distribuição de proventos em relação ao mês anterior
Yduqs (YUDQ3) é a favorita do Santander no setor de educação e ganha novo preço-alvo; saiba o que fazer com as ações agora
Apesar de novos desafios regulatórios, o papel da companhia continua atrativo devido à posição em que ela se encontra neste ano, de acordo com o banco
Conta de luz vai ficar mais cara em junho: Aneel aciona a bandeira vermelha e pede uso responsável de energia
Com a mudança, as contas de luz terão adicional de R$ 4,46 a cada 100 kW/h consumidos
Nem só de aço vive a B3: Gerdau brilha, mas alta do petróleo puxa ações de petroleiras no Ibovespa
O petróleo ganhou força no exterior nesta manhã depois que a Opep+ manteve os aumentos de produção em julho no mesmo nível dos dois meses anteriores
Trump pode ter dado o empurrão que faltava para Gerdau (GGBR4) saltar na B3 — e mercado ainda não percebeu o potencial, diz BTG
Para os analistas, a ação da siderúrgica está barata e pode encontrar justamente nesse movimento de Trump e no balanço do 2T25 o “gatilho necessário” para valorizar na B3
Petrobras aprova emissão de R$ 3 bilhões em debêntures simples; confira as regras
A operação contará com até três séries, com vencimentos determinados para 2035, 2040 e 2045
San Francisco ou Los Angeles: qual cidade da Califórnia tem mais a ver com você?
As duas cidades mais proeminentes do estado são responsáveis por encantar os turistas, cada uma à sua maneira
Tem que aumentar mais: o que pensam os economistas que esperam mais uma elevação da Selic pelo Copom, para uma taxa terminal de 15% ao ano?
O comitê deixou o cenário em aberto na última reunião e agora o mercado está dividido entre os que esperam a manutenção dos juros e os que projetam um aumento residual de 0,25 p.p.
O copo meio… cheio: a visão da Bradesco Asset para a bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje
Com feriado na China e fala de Powell nos EUA, mercados reagem a tarifas de Trump (de novo!) e ofensiva russa contra Ucrânia
Caiu na malha fina do imposto de renda? Veja como regularizar a situação
Saiba como regularizar a sua situação junto à Receita Federal caso a sua declaração apresente informações inconsistentes e caia na malha fina do imposto de renda
Agenda econômica: Política monetária na Europa, Powell, Livro Bege e Payroll; confira os indicadores mais importantes da semana
Além dos indicadores de peso nos Estados Unidos e na Europa, investidores brasileiros devem acompanhar de perto o IPC-Fipe, o IGP-DI e a balança comercial