Leonardo da Vinci: 8 destinos e museus para ver obras do artista — além da “Mona Lisa” e da “Última Ceia”
O renascentista é praticamente um ‘patrimônio europeu’, com obras restritas a grandes museus (e a algumas coleções pessoas de ricaços)

Leonardo da Vinci é frequentemente considerado um dos maiores gênios da humanidade por sua multiplicidade de talentos e pelas contribuições científicas que fez em diversos campos de estudo; entre eles, a aviação, a anatomia e a arquitetura.
Uma célebre frase da historiadora da arte, Helen Gardner, descreve com maestria o sentimento em relação ao italiano: “sua mente e personalidade nos parecem sobre-humanas”.
É no mundo das artes, no entanto, que da Vinci teve o maior reconhecimento, graças à sua obra-prima: a "Mona Lisa", frequentemente considerada como a obra de arte mais visitada do mundo.
A fama do retrato enigmático é tanta que o Louvre vai passar por uma reforma milionária para criar uma sala separada exclusiva para o quadro. Mais do que isso, os visitantes terão que pagar um ingresso diferenciado para acessar este espaço.
Especialistas estimam que o artista renascentista tenha produzido menos de 20 pinturas a óleo ao longo de sua carreira — um número expressivo, se considerarmos o nível de detalhe de cada obra e as iniciativas do italiano em outras áreas de conhecimento.
O número, no entanto, é polêmico. Ainda existe muita incerteza sobre as atribuições de determinadas obras de da Vinci, que pintou junto aos alunos em seu ateliê. Além disso, a questão das restaurações também coloca em discussão o quanto do trabalho do artista foi preservado no estilo original.
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Seja como for, essas discussões acabam se restringindo a poucos círculos sociais. Não importa o quanto a autoria dos afrescos seja questionada, o prestígio de Leonardo da Vinci já está consolidado no imaginário popular mundial.
No frigir dos ovos, os viajantes querem presenciar a maestria do italiano ao vivo nos museus ao redor do mundo.

"Mona Lisa", o quadro favorito do público… e do próprio da Vinci
A primeira — e mais óbvia — instituição artística que você deve visitar para ver obras do renascentista de perto é o Louvre, em Paris.
Além de ter o quadro mais famoso de todos, a "Mona Lisa", o museu se orgulha em ter a maior coleção de pinturas de Leonardo da Vinci no mundo. Além disso, lá também estão 22 desenhos do italiano.
Há uma sutil ironia em um museu francês ter uma posição tão privilegiada abrigando a obra-prima de um dos italianos mais proeminentes da história.
Mas existe uma explicação para isso. Ao invés de entregar o quadro a Francesco del Giocondo — o comerciante ricaço que comissionou o retrato de sua esposa, Lisa —, da Vinci levou consigo a pintura quando se mudou para a França.
O artista trabalhou na "Mona Lisa" até o final de sua vida, adicionando detalhes frequentemente. Especialistas afirmam que se tratava de sua obra favorita.
Quem herdou o quadro após a morte de da Vinci foi um de seus assistentes, que a vendeu para o rei Francis I por 4 mil moedas de ouro. A partir deste momento, a enigmática senhora italiana passou a ser patrimônio da realeza francesa.
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Polêmica é o que não falta
Se a "Mona Lisa" tem um “concorrente” no portfólio do renascentista, é a obra “Salvator Mundi”, a única que não está exposta em museu algum do mundo e ficou perdida no mundo durante séculos.

Em 2017, o quadro foi vendido em um leilão na Christie’s. O preço, conforme o esperado, foi exorbitante: US$ 450 milhões (R$ 2,5 bilhões), consagrando-se como o leilão de arte mais caro do mudo.
Mas o valor não foi o que causou polêmica, e sim o comprador: o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.
Segundo apuração da publicação especializada The Art Newspaper, a intenção do saudita não é só “ostentar” o título de dono do quadro mais caro do mundo. Na verdade, é fazer o “Salvator Mundi” ser para um museu em Riade o que a "Mona Lisa" é para o Louvre. Em outras palavras, um “best-seller” de público que vai fazer a instituição alcançar prestígio mundialmente.
Tal plano é parte do projeto Visão 2030 da Arábia Saudita, uma iniciativa que visa diminuir a dependência do petróleo para a economia do país.
Até o momento, no entanto, este suposto museu não foi anunciado. O quadro está armazenado em Genebra, na Suíça.
Portanto, a próxima parada para ver obras de da Vinci não é no Oriente Médio e sim na Itália.
Onde ver obras de Leonardo da Vinci na Itália
Roma é uma cidade e tanto para quem quer apreciar arte. Mas a capital não é o melhor lugar para ver da Vincis.
Ao invés disso, siga a viagem até Florença, onde a Galeria Uffizi esbanja uma coleção dos trabalhos mais iniciais do italiano. Embora não possua nenhum quadro tão famoso, a visita vale pelo acervo no geral, que se destaca pela forte presença das obras do Renascimento italiano.
Por lá, “O Nascimento de Vênus”, de Sandro Botticelli, faz as vezes de "Mona Lisa" como a pintura mais visitada pelos turistas.
O roteiro pode — ou não — seguir até Veneza, rumo à Academia de Belas Artes de Veneza. Mas é preciso ter sorte e planejamento.
O museu veneziano abriga o ilustre “O Homem Vitruviano”, mas ver o trabalho com os próprios olhos não é tão simples assim. Por ter sido feito com tinta, em um papel, o desenho é raramente exposto ao público, devido à fragilidade.
Quem está com viagem marcada para Veneza até o dia 27 de julho tirou a sorte grande. Isso porque “O Homem Vitruviano”está em exposição na Academia até esta data, na mostra temporária “Corpi Moderni”. A última vez que ele tinha sido exposto foi em 2019, no aniversário de 500 anos de da Vinci. |

Por fim, o tour italiano não fica completo sem uma passagem na cidade que deu o nome do artista: Vinci.
O Museo Leonardiano foi construído na cidade natal do artista, em uma propriedade que foi gerida por sua família durante 150. O local tem uma pegada bem mais intimista e discreta. Por lá, é possível até fazer uma trilha leve para chegar ao local exato de nascimento do italiano.
Duas agulhas fora do palheiro
Se a Itália e a França são vistos como destinos óbvios para obras de da Vinci (e de outros artistas do mesmo porte), duas outras cidades europeias fogem do circuito tradicional, mas ainda merecem uma parada por abrigarem obras célebres. São elas: Munique e Cracóvia.
A Antiga Pinacoteca (ou Alte Pinakothek, em alemão) é um dos museus mais antigos e importantes da Alemanha e tem uma arquitetura que lembra uma versão mais modesta do Palácio de Versalhes.
A instituição é a única alemã com uma obra de Leonardo da Vinci no acervo fixo. Desde 1889, a Pinacoteca expõe “A Virgem do Cravo”.
Já no Museu Czartoryski, na Cracóvia, cidade na Polônia a 300 quilômetros da capital Varsóvia, está o quadro “Dama com Arminho”, um dos quatro retratos de mulheres pintados por da Vinci em toda a sua carreira.
O quadro foi adquirido pelo filho da fundadora do museu, a princesa Izabela Czartoryski, ainda em 1798.

Nos Estados Unidos, da Vinci está em um único museu — e no cofre de um bilionário
Não seria exagero dizer que Leonardo da Vinci é um patrimônio europeu.
Apenas um museu fora da Europa tem o privilégio de ter uma obra do renascentista em acervo fixo: a National Gallery, em Washington D.C.
O retrato da florentina “Ginevra de’ Benci” foi uma das primeiras experimentações do italiano com a pintura a óleo e tem também uma história curiosa que envolve até um casamento da realeza.

O príncipe Franz Joseph II, da família Liechtenstein (uma das mais ricas do mundo atualmente), empobrecido após a Segunda Guerra Mundial, precisou vender a obra para poder pagar o casamento de seu filho.
Em 1967, o museu americano pagou US$ 5 milhões (R$ 28,4 milhões) pelo quadro, um valor bem expressivo para a época.
“Foi a barganha do século, em vista do fato que o ‘Salvator Mundi’ foi vendido por US$ 450 milhões”, declarou David Alan Brown, curador da National Gallery, à publicação Dawn.
O outro Da Vinci em solo americano é o caderno de desenhos e textos, intitulado “Codex Leicester”, que está sob a posse de Bill Gates.
O bilionário adquiriu o item em 1994, em um leilão na Christie’s. O valor à época? US$ 30,8 milhões (R$ 175 milhões).
Eventualmente, o fundador da Microsoft empresta o “Codex” a instituições artísticas. Na comemoração de 500 anos de da Vinci, por exemplo, o caderno foi exposto na Galeria Uffizi.
Uma obra imóvel
Existe uma obra de Leonardo da Vinci que não está nem em museu, nem em cofre de bilionário.
Ela está no refeitório de um convento italiano, um ambiente propício para o que a obra representa. “A Última Ceia”, uma das obras mais importantes do Renascimento e da história da arte, foi pintada como um mural no convento Santa Maria delle Grazie, em Milão.
O centro religioso acabou transformando-se em um museu, mas a visitação tem regras rígidas, devido às preocupações com a conservação do afresco. São permitidas visitas de apenas 15 minutos para, no máximo, 35 pessoas por vez.
Os ingressos, que custam 15 euros (R$ 96), são disponibilizados a cada três meses no site oficial.
* Com informações da Culture Trip e do Washington Post.
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