Este hotel cobra R$ 10 mil por diária em seu ‘laboratório do sono’
Expoente máximo da indústria do turismo do sono, o Equinox hotel, em Nova York, acaba de inaugurar o The Sleep Lab, suite feita sob medida para a viagem dos sonhos (literalmente)

A qualidade do sono raramente é a prioridade dos turistas que viajam a lazer. Deixar o descanso de lado para cumprir agendas apertadas de visitas a museus e restaurantes é um “crime” que quase todo viajante já cometeu. O famoso sentimento de precisar de férias para se recuperar das férias pode até parecer universal, mas ele definitivamente não existe entre os hóspedes do hotel Equinox, em Nova York.
Surfando o crescimento expressivo da indústria do turismo do sono, que diz respeito a viagens com propósito de descanso absoluto, a rede hoteleira inaugurou no início do mês o The Sleep Lab. Trata-se de um conjunto de quatro suítes construídas sob medida. No projeto, diversas ferramentas – científicas e holísticas – que ajudam a rastrear e embalar o sono e os sonhos dos hóspedes.
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As novas sleep suítes do ‘laboratório do sono’ do Equinox são muito diferentes das outras acomodações do hotel. Elas foram desenvolvidas, aliás, em colaboração com o cientista britânico especialista em sono Dr. Matthew Walker, que possui diversos livros best sellers sobre o tema.
Dormir por lá uma única noite custa US$ 1.700. Convertendo, dá quase 10 mil reais a diária – e é preciso reservar no mínimo duas. Mesmo pagando esse preço, o foco aqui não são as luxuosas áreas de lazer do hotel, mas o isolamento nas suítes para simplesmente aprender a dormir melhor.
Por dentro do The Sleep Lab
Olhando por cima, as suítes não parecem diferentes de qualquer outra acomodação cara de um hotel cinco estrelas. No Equinox, as tecnologias que guiam o sono sem mesmo o hóspede se dar conta estão nos detalhes.
O luxo ali está nas cortinas que fecham e abrem automaticamente de acordo com os horários mais apropriados para dormir. Ou nas luzes com colorimetria, por exemplo, para relaxar ao longo do dia, e que vão escurecendo pouco a pouco até o breu total. Ou ainda em uma cama que mede até batimentos cardíacos e ajusta a inclinação para evitar que o hóspede ronque. Tudo exclusividade do The Sleep Lab.
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Após dar check-in, os hóspedes são orientados pelo staff sobre a melhor forma de aproveitar tudo o que a estadia oferece para potencializar ao máximo o relaxamento. Ao lado da cama, por exemplo, fica um tablet onde o visitante determina a hora que irá dormir e acordar.
Duas horas antes do horário de ir para a cama, as luzes começam a se ajustar sutilmente e as cortinas vão se fechando bem devagar para criar um ambiente de conforto e calmaria.
Uma variedade imensa de chás, infusões de ervas e essências que ajudam a dormir ficam disponíveis a rodo. Já o banheiro é um mini Spa, com banho à vapor incluso. Para viver de fato a experiência, o uso de celulares e telas, diga-se, não é proibido, mas altamente desaconselhado.

Dormindo em uma cama de R$ 30 mil
De todas as regalias disponíveis, a que mais chama atenção é a cama super tecnológica da marca de bem-estar Eight Sleep, cujo os modelos mais avançados custam a partir de R$ 6 mil dólares (cerca de R$ 33 mil).
A cama regula automaticamente a temperatura entre 12 °C e 43 °C, rastreia a qualidade do sono (incluindo batimentos cardíacos e fases do sono) e oferece recursos como despertador vibratório e controle de luz e som.

O colchão também tem uma base ajustável com elevação automática para reduzir o ronco de quem está dormindo, permitindo uma melhora substancial da respiração e, consequentemente, da profundidade do sono obtido.
Todos os relatórios gerados durante a noite ficam disponíveis em um aplicativo na manhã seguinte. Tem até uma uma nota, que vai de 0 a 100, para informar ao hóspede o quão bem ele dormiu.
O que é o turismo do sono?
Viajar para dormir é um hábito cada vez mais presente na hotelaria de luxo. Desde a pandemia, o mercado vem crescendo todos os anos, e assim como o Equinox, hotéis mundo afora têm se adaptado e investindo em novas suítes e serviços.
Um relatório da HTF Market Intelligence avaliou o turismo do sono global em US$ 690 bilhões em 2024 e a previsão é que o mercado chegue a US$ 1 trilhão até 2028. O levantamento, que utiliza dados de todos os continentes, também traçou o perfil do público disposto a pagar caro para dormir fora de casa.
A predominância é de um grupo bem específico: executivos e profissionais de alta performance e renda que procuram aliviar o estresse da rotina se isolando para descansar. Em seguida, vem os viajantes que apreciam experiências de bem-estar relacionadas à saúde. Depois, pessoas que tentam escapar de distúrbios do sono presentes no dia a dia.

Das grandes redes até os hotéis mais exclusivos, as camas estão se tornando cada vez mais interessantes a fim de atender a demanda. Referência do luxo, a rede Rosewood Hotels & Resorts tem um retiro chamado Alquimia do Sono disponível em 19 hotéis. Nele, hóspedes dispõem de tratamentos como meditação, yoga, aromaterapia e até mesmo banho de piscina de água salgada.
No Six Senses Ibiza, na Espanha, um médico do sono fica à disposição dos hóspedes em um tratamento que dura sete dias. Já em Londres, o hotel Cadogan, do grupo Belmond, disponibiliza menu de travesseiros e um concierge do sono 24 horas por dia, que ajuda com meditação guiada e o que mais for preciso.
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