Preço do aluguel em São Paulo finalmente estaciona e não sobe pela primeira vez em 4 anos; veja os bairros mais valorizados
Valores de locação permaneceram praticamente estáveis em junho e mostram acomodação, mostra indicador do QuintoAndar; margem de negociação continua reduzida
O preço do aluguel na cidade de São Paulo parece finalmente estar se acomodando em um novo patamar. Em junho, os valores de locação de imóveis não subiram pela primeira vez em quatro anos, tendo permanecido praticamente estáveis, com um leve recuo de 0,02% em relação a maio.
Com isso, o valor médio do aluguel do metro quadrado na capital paulista fechou o mês em R$ 68,90.
Segundo o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, a última vez em que o indicador havia registrado uma variação mensal negativa foi em julho de 2021.
Ainda de acordo com o indicador, o dado de junho confirma a tendência de arrefecimento dos preços na cidade. A alta acumulada no primeiro semestre foi de 4,98%, o resultado mais brando para o período desde 2021. Em 12 meses, a valorização foi de 8,29%.
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"O mercado de aluguel em São Paulo vinha de um ciclo de altas expressivas, impulsionado pela forte demanda. Essa leve queda, a primeira em quase quatro anos, somada a um resultado semestral mais contido, é um sinal claro de que os preços estão atingindo um novo patamar de equilíbrio. Não se trata de uma tendência de baixa, mas de uma acomodação natural após um período de forte aquecimento", analisa, em nota, Thiago Reis, gerente de Dados do Grupo QuintoAndar.
Os imóveis e bairros mais valorizados para aluguel em São Paulo
Os imóveis de três dormitórios foram os que tiveram a maior valorização nos últimos 12 meses, com alta de 9,56% no preço do metro quadrado, a R$ 59,65.
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Os imóveis com o metro quadrado mais caro, entretanto, continuam a ser os de um dormitório, que custam em média R$ 84,40, alta de 8,07% em 12 meses.
Entre os bairros, o que mais se valorizou para aluguel no último ano foi o Sumaré, com alta de 35,6%. No lado da desvalorização, o líder também foi um bairro de alto padrão, a região do Alto de Pinheiros, onde os preços médios de locação do metro quadrado recuaram 13,3%.
Bairros onde a locação mais subiu em 12 meses
| Bairro | Variação do aluguel médio do metro quadrado em 12 meses |
|---|---|
| Sumaré | 35,6% |
| Centro | 27,9% |
| Vila Mascote | 25,2% |
| Vila Mazzei | 23,1% |
| Vila Campestre | 22,9% |
| Perdizes | 22,4% |
| Aclimação | 21,3% |
| Vila Gustavo | 20,2% |
| Vila Maria | 20,0% |
| Planalto Paulista | 18,9% |
Bairros onde a locação mais caiu em 12 meses
| Bairro | Variação do aluguel médio do metro quadrado em 12 meses |
|---|---|
| Alto de Pinheiros | -13,3% |
| Vila Sônia | -7,4% |
| Vila do Castelo | -2,4% |
| Vila Madalena | -2,3% |
| Brás | -2,1% |
| Itaim Bibi | -1,8% |
| Itaquera | -1,7% |
| Vila Ema | -1,4% |
| Tucuruvi | -0,6% |
O bairro mais caro da cidade para alugar é a Vila Olímpia, onde a locação do metro quadrado fechou o semestre em R$ 103,40. Em seguida, aparecem Brooklin (R$ 99,70) e Vila Nova Conceição (R$ 95,20).
Os bairros com o aluguel mais caro de São Paulo
| Bairro | Valor médio da locação do metro quadrado |
|---|---|
| Vila Olímpia | R$ 103,40 |
| Brooklin | R$ 99,70 |
| Vila Nova Conceição | R$ 95,20 |
| Pinheiros | R$ 93,10 |
| Jardim América | R$ 92,90 |
| Chácara Santo Antônio | R$ 85,70 |
| Itaim Bibi | R$ 84,60 |
| Moema | R$ 84,50 |
| Jardim Europa | R$ 83,50 |
| Campo Belo | R$ 81,50 |
Pouca margem para negociar
Ainda de acordo com o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, apesar da acomodação dos preços, o mercado de locação em São Paulo continua "extremamente aquecido" e com pouca margem de negociação nos preços dos aluguéis.
Em junho, o desconto médio obtido pelos locatários que fecharam contrato na cidade foi de apenas 2,6%, uma variação de -0,1 ponto percentual em relação a maio. Trata-se do percentual mais baixo de toda a série histórica.
O índice de desconto é calculado com base na diferença entre o preço anunciado e o valor efetivamente pago nos imóveis negociados no mês de referência.
Essa métrica reflete a temperatura do mercado, considerando as negociações entre proprietários e inquilinos, com base nos contratos fechados ao longo do período.
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