O Santander Brasil (SANB11) realmente decepcionou no 2T25? Descubra o que os analistas estão dizendo e se vale a pena investir agora
Apesar de bons sinais em eficiência, o balanço do Santander Brasil trouxe surpresas negativas. O que dizem os analistas e é hora de comprar as ações?

O Santander Brasil (SANB11) confirmou os receios do mercado ao divulgar um resultado abaixo das expectativas para o segundo trimestre de 2025.
Em geral, os analistas avaliam que o balanço do banco veio misto.
Por um lado, houve avanços em termos de eficiência e controle de custos. Por outro, o banco ainda enfrentou pressões relevantes devido ao aumento das provisões e margens mais comprimidas.
O JP Morgan, por exemplo, descreve o desempenho do banco no período como "fraco" e inferior ao esperado, o que ajuda a justificar a queda das ações no pregão de hoje.
- E MAIS: Calendário de resultados desta semana inclui Vale (VALE3), Bradesco (BBDC4), Ambev (ABEV3) e outras empresas; acompanhe a cobertura completa de balanços
Pela manhã, os papéis SANB11 chegaram a figurar como a maior queda da bolsa brasileira, com perdas superiores a 3%, mas conseguiram reduzir o tombo ao longo da sessão.
Por volta das 13h35, as ações recuavam 0,46%, cotadas a R$ 26,25. No acumulado do mês, a desvalorização chega a quase 10%.
Leia Também
No entanto, apesar da recente reprecificação, o Santander Brasil ainda acumula uma alta de cerca de 10% na B3 desde o início do ano.
Confira as principais linhas do balanço do Santander Brasil (SANB11) no 2T25:
Indicador | Resultado 2T25 | Projeções | Variação (a/a) | Evolução (t/t) |
---|---|---|---|---|
Lucro líquido | R$ 3,659 bilhões | R$ 3,819 bilhões | +9,8% | -5,2% |
ROAE | 16,4% | 16,3% | +0,8 p.p. | -1,1 p.p. |
Margem financeira | R$ 15,396 bilhões | — | +4,4% | -3,3% |
Carteira de crédito ampliada | R$ 675,5 bilhões | — | +1,5% | -1% |
O que dizem os analistas sobre o 2T25 do Santander Brasil
Para o BTG Pactual, o segundo trimestre do Santander Brasil (SANB11) pode ser classificado como "um fracasso" — e as tendências futuras do banco parecem ter se tornado mais desfavoráveis, apesar do valuation considerado barato.
A combinação de empréstimos mais fracos, queda nos resultados de tesouraria e aumento das provisões para perdas com empréstimos são apontadas como responsáveis pelo resultado abaixo do esperado.
“O controle das despesas operacionais e outras despesas contribuíram, mas não foram suficientes para compensar os fatores negativos”, avaliou o banco.
A expansão mais lenta da carteira de crédito e as crescentes preocupações com a deterioração da qualidade dos ativos no futuro pesam sobre as perspectivas do banco.
Vale lembrar que o crescimento da carteira desacelerou pelo segundo trimestre consecutivo. Segundo o Santander, isso reflete uma "alocação disciplinada de capital focada em negócios estratégicos, diversificação do risco da carteira e rentabilidade", além de um efeito pontual relacionado à redução da carteira de risco sacado, em decorrência das discussões sobre a cobrança do IOF.
Por outro lado, a XP Investimentos ressalta que, mesmo com um cenário difícil, o banco demonstrou disciplina no controle de custos, com cortes nas despesas e melhoria no índice de eficiência, que alcançou seu melhor nível em três anos.
Os analistas também consideram positiva a maior seletividade nas concessões, dada a piora nas expectativas macroeconômicas para 2025.
No entanto, a XP prevê que a pressão sobre a margem de mercado do Santander se prolongue pelos próximos meses. “Como as taxas de juros ainda estão altas e só devem diminuir em 2026, prevemos que essa linha permanecerá negativa por pelo menos mais um trimestre", afirmam os analistas da corretora.
Embora também estejam de olho no foco do banco em ganhos de rentabilidade, o que é positivo para os próximos balanços, os analistas do JP Morgan afirmam que volumes fracos eventualmente podem prejudicar os resultados futuros da margem financeira.
SANB11: é hora de comprar?
Diante das perspectivas menos animadoras, o BTG decidiu manter recomendação neutra para as ações do Santander (SANB11).
Enquanto isso, o JP Morgan continuou com recomendação "overweight", equivalente à compra, apesar das preocupações no horizonte.
A visão otimista é sustentada no “múltiplo atrativo de cerca de 6 vezes os lucros previstos para 2026 para um banco cuja rentabilidade (ROE) deve convergir para 17% a 18% daqui para frente”.
“Seríamos compradores [das ações SANB11] em uma queda [das cotações], pois a ação já está sendo negociada em torno de 1 vez o valor contábil estimado para 2025, o que tendemos a ver como um limite teórico para uma possível deslistagem das ações (já que a empresa-mãe detém cerca de 91% das ações)”, afirmou o JP Morgan.
Banco Master: quais as opções disponíveis após o BC barrar a venda para o BRB?
Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, há quatro cenários possíveis para o Master
Pague Menos (PGMN3) avalia emissão de R$ 250 milhões e suspende projeções financeiras: o que está em jogo?
Com um nível de endividamento alarmante para acionistas, a empresa pretende reforçar o caixa. Entenda o que pode estar por trás da decisão
Ânima Educação (ANIM3) abocanha fatia restante da UniFG e aumenta aposta em medicina; ações sobem na bolsa hoje
A aquisição inclui o pagamento de eventual valor adicional de preço por novas vagas de medicina
Natura (NATU3) vai vender negócios da Avon na América Central por 1 dólar… ou quase isso
A transação envolve as operações da Avon na Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e República Dominicana; entenda a estratégia da Natura
Nas turbulências da Azul (AZUL4) e da Gol (GOLL54): investir nas ações das aéreas é um péssimo negócio ou a ‘pechincha’ é tanta que vale a pena?
No mercado financeiro, é consenso que o setor aéreo não é fácil de navegar. Mas, por mais que tantas variáveis joguem contra as empresas, uma recuperação da Azul e da Gol estaria no horizonte?
Como a Braskem (BRKM5) foi do céu ao inferno astral em apenas alguns anos — e ainda há salvação para a petroquímica?
Com prejuízo, queima de caixa ininterrupta e alavancagem elevada, a Braskem vivencia uma turbulência sem precedentes. Mas o que levou a petroquímica para uma situação tão extrema?
Construtoras sobem até 116% em 2025 — e o BTG ainda enxerga espaço para mais valorização
O banco destaca o impacto das mudanças recentes no programa Minha Casa, Minha Vida, que ampliou o público atendido e aumentou o teto financiados para até R$ 500 mil
Mesmo com acordo bilionário, ações da Embraer (EMBR3) caem na bolsa; entenda o que está por trás do movimento
Segundo a fabricante brasileira de aeronaves, o valor de tabela do pedido firme é de R$ 4,4 bilhões, excluindo os direitos de compra adicionais
Boeing é alvo de multa de US$ 3,1 milhões nos EUA por porta ejetada de 737-Max durante voo
Administração Federal de Aviação dos EUA também apontou que a fabricante apresentou duas aeronaves que não estavam em condições de voo e de qualidade exigido pela agência
Petrobras (PETR4) passa a integrar o consórcio formado pela Shell, Galp e ANP-STP após aquisição do bloco 4 em São Tomé e Príncipe
Desde fevereiro de 2024, a estatal atua no país, quando adquiriu a participação nos blocos 10 e 13 e no bloco 11
Azul (AZUL4) e Gol (GOLL54) lideram as altas da B3 nesta sexta-feira (12), em meio à queda do dólar e curva de juros
As companhias aéreas chegaram a saltar mais de 60% nesta semana, impulsionadas pela forte queda do dólar e da curva de juros
Simplificação do negócio da Raízen é a chave para a valorização das ações RAIZ4, segundo o BB Investimentos
A companhia tem concentrado esforços para reduzir o endividamento, mas a estrutura de capital ficará desequilibrada por um tempo, mesmo com o avanço de outros desinvestimentos, segundo o banco
Nova aposta do Méliuz (CASH3) para turbinar rendimentos com bitcoin (BTC) traz potencial de alta de mais de 90% para as ações, segundo o BTG
Para os analistas do banco, a nova negociação é uma forma de vender a volatilidade da criptomoeda mais valiosa do mundo e gerar rendimento para os acionistas
BTG vê avanço da Brava (BRAV3) na redução da dívida e da alavancagem, mas faz um alerta
Estratégia de hedge e eficiência operacional sustentam otimismo do BTG, mas banco reduz o preço-alvo da ação
Banco do Brasil (BBAS3): está de olho na ação após MP do agronegócio? Veja o que diz a XP sobre o banco
A XP mantém a projeção de que a inadimplência do agro seguirá pressionada, com normalização em níveis piores do que os observados nos últimos anos
Petrobras (PETR4) produz pela primeira vez combustível sustentável de aviação com óleo vegetal
A estatal prevê que a produção comercial do produto deve ter início nos próximos meses
Francesa CMA conclui operação para fechar capital da Santos Brasil (STBP3), por R$ 5,23 bilhões
Com a operação, a companhia deixará o segmento Novo Mercado da B3 e terá o capital fechado
O que a Petrobras (PETR4) vai fazer com os US$ 2 bilhões que captou com venda de títulos no exterior
Com mais demanda que o esperado entre os investidores gringos, a Petrobras levantou bilhões de reais com oferta de títulos no exterior; descubra qual será o destino dos recursos
A conexão da Reag, gigante da Faria Lima investigada na Carbono Oculto, com o clube de futebol mais querido dos paulistanos
Reag fez oferta pela SAF do Juventus junto com a Contea Capital; negócio está em fase de ‘due diligence’
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3) e Copasa vão distribuir mais de R$ 500 milhões em proventos; veja quem tem direito a receber
Ambas as companhias realizarão o pagamento aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio