Não é o fim da história: rede de livrarias físicas abre 13 novas lojas no Brasil em 2024 e ‘desafia’ a dominância da Amazon
Em um cenário de preços competitivos no e-commerce e diminuição da leitura entre brasileiros, esta varejista tem conseguido ‘remar contra a maré’

O mercado editorial tem vivido uma história de terror nos últimos anos. As livrarias físicas que o digam.
Entre os principais vilões, estão a ascensão meteórica da Amazon, com preços bem mais em conta, e a falta do hábito de leitura no Brasil. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura 2024, 53% dos brasileiros não leem livros.
Nesse enredo, uma “heroína” protagoniza uma reviravolta inesperada: a Livraria Leitura, que abriu 13 novas lojas em 2024 e fechou o ano se consolidando como a maior rede de livrarias físicas do Brasil.
“Foi um ano bom, nós tivemos um crescimento de dois dígitos e conseguimos abrir um número expressivo de lojas, com um saldo positivo de 11 unidades, passando de 110 para 121 operações”, declara o presidente, Marcos Teles.
Para 2025, os planos seguem ambiciosos. Teles revela que a expansão prevê a entrega de mais dez unidades.
Além disso, o executivo também quer aumentar o número de livros vendidos e fechar o próximo exercício com cerca de 12 milhões de cópias comercializadas no Brasil.
Leia Também
O novo jeito de ir às livrarias
Nos últimos anos, a Leitura assistiu às concorrentes Cultura e Saraiva perecerem em longos processos de recuperação judicial.
O modelo de megalojas precisou se adaptar ao novo comportamento do consumidor, que busca um diferencial a mais nas livrarias, já que o preço não é mais competitivo, quando comparado à Amazon e outros e-commerces.
Paradoxalmente, a própria internet tem sido um propulsor importante para as vendas em redes físicas.
O presidente da Leitura dá destaque para o lançamento de séries e filmes inspirados em livros – como Bridgerton e Ainda Estou Aqui; e as indicações de leitura de influenciadores digitais – o fenômeno do BookTok, em que obras viralizam no TikTok.
Hoje, a varejista é a maior rede no mercado de venda de livros em lojas físicas do País e a segunda no e-commerce nacional.
Mais de 62% do faturamento da empresa em 2024 veio da venda de livros.
A ‘Leitura’ dos Estados Unidos também está vivendo um boom
Nos Estados Unidos, a tradicional rede Barnes & Noble vive uma experiência semelhante à da Livraria Leitura. Em 2024, a empresa inaugurou 58 novas lojas no país – o maior número de aberturas em um único ano desde 2009.
Em 2025, o plano é inaugurar mais 60 unidades, marcando um retorno triunfal da rede, que também viveu a própria crise nos últimos anos.
Em entrevista à PBS, o CEO James Daunt falou sobre a “fórmula” que fez a Barnes & Noble “ressurgir das cinzas”.
Spoiler: tem tudo a ver com a forma como a livraria é organizada, deixando de lado a padronização típica das megalojas.
"A minha principal percepção é que tudo gira em torno da equipe de vendas e de como eles conseguem organizar e exibir essa enorme quantidade de livros de uma maneira que realmente envolva a comunidade local”, explica o executivo.
Na visão dele, é preciso delegar o gerenciamento das lojas às equipes. “A grande maioria delas fará um trabalho excepcional, suas lojas ficarão melhores, mais movimentadas e o negócio prosperará”, finaliza.
A estratégia é corroborada pela gerente de uma das unidades da B&N em Nova York, Victoria Harty. Ela afirma que se vê como uma “curadora” de estantes e que é importante prestar atenção aos consumidores locais e também às redes sociais, em especial o BookTok.
“Um grande número de jovens leitores, quase toda uma geração, estava entrando nas livrarias físicas em busca de livros. Então, comecei a observar esses títulos, quais eram os livros que eles estavam procurando, e como você pode pegar aquele título e criar uma vitrine em torno dele?”, comenta.
* Com informações da PBS News e Fast Company.
Itaú BBA eleva projeção para o Ibovespa até o fim de 2025; saiba até onde o índice pode chegar
Banco destaca cenário favorável para ações brasileiras com ciclo de afrouxamento monetário e menor custo de capital
Falta de OPA na Braskem não é o que preocupa o BTG: o principal catalisador da petroquímica está em outro lugar — e não tem nada a ver com Tanure
Embora as questões de governança e mudança de controle não possam ser ignoradas, o verdadeiro motor (ou detrator) é outro; veja o que dizem os analistas
Enquanto Banco do Brasil (BBAS3) sofre o peso do agronegócio, Bradesco (BBDC4) quer aumentar carteira agrícola em até 15% na safra 2025/26
O Bradesco traçou uma meta ousada: aumentar sua carteira agrícola entre 10% e 15% para a safra 2025/2026; veja os detalhes da estratégia
XP cobra na Justiça a Grizzly Research por danos milionários após acusações de esquema de pirâmide
A corretora acusa a Grizzly Research de difamação e afirma que o relatório causou danos de mais de US$ 100 milhões, tanto em perdas financeiras quanto em danos à sua reputação
Fundador da Hypera (HYPE3) estabelece acordo para formar bloco controlador — e blindar a empresa contra a EMS; entenda
Mesmo com a rejeição da oferta pela Hypera em outubro do ano passado, a EMS segue demonstrando interesse pela aquisição da rival
IPO da pressão: Shein faz pedido de abertura de capital em Hong Kong para “colocar na parede” os reguladores do Reino Unido
A gigante do fast fashion busca acelerar sua estreia internacional e contornar impasse com reguladores britânicos sobre riscos ligados à cadeia de suprimentos na China.
Oi (OIBR3) abre brecha para recuperação judicial nos EUA, depois de pedir para encerrar Chapter 15
A empresa avaliou que, dado o avanço do processo de Recuperação Judicial no Brasil, o Chapter 15 não seria mais necessário. Mas isso não significa que os problemas acabaram
IPO de ouro: Aura Minerals (AURA33) quer brilhar em Wall Street com oferta de ações milionária. O que isso significa para os acionistas?
A partir dessa listagem, as ações ordinárias da Aura Minerals passarão a ser negociadas na Nasdaq, sob o ticker AUGO. Entenda a estratégia da mineradora
Tesla (TSLA34) paga o preço pela língua de Elon Musk e perde mais de US$ 60 bilhões em valor de mercado
O tombo acontece após bilionário afirmar no último sábado (5) que criaria um novo partido sob sua tutela: o America Party
Carrefour (CAFR31): saiba quem é o argentino que assumirá o comando da rede no Brasil
Stéphane Maquaire, atual CEO, deixa o cargo após seis anos à frente das operações e do processo de incorporação da empresa pela matriz francesa
Assaí (ASAI3): segundo trimestre deve ser mais fraco, mas estes são os 5 motivos para ainda acreditar na ação
Em relatório, o Itaú BBA revisou para baixo as estimativas para o Assaí. O banco projeta um segundo trimestre mais fraco, mas ainda acredita nas ações — e um dos motivos é a potencial aprovação da venda de medicamentos nos supermercados
Embraer (EMBR3): CEO confirma negociações sigilosas com até dez países interessados no cargueiro militar KC-390; veja o que se sabe até o momento
A Lituânia foi o comprador mais recente, juntando-se a Portugal, Hungria, Áustria e Coreia do Sul na lista de clientes do modelo
Ações do Banco do Brasil (BBAS3) somam R$ 5 bi em posições vendidas e XP projeta menos lucros e dividendos a partir de agora
Analistas da XP sinalizam problemas persistentes na qualidade de crédito do setor agrícola do banco estatal e mantém cautela para os próximos trimestres
Ataque hacker: como a Polícia conseguiu prender o suspeito de facilitar o ‘roubo do século’ na C&M?
Para descobrir os responsáveis, as autoridades recorreram a imagens registradas pelas câmeras internas da C&M; entenda o que aconteceu
Gafisa (GFSA3) lança follow-on de até R$ 107 milhões para engordar caixa — com direito a “presente” aos acionistas que participarem da oferta
Considerando apenas a distribuição do lote inicial, a companhia pode captar pelo menos R$ 26,9 milhões com a oferta. Veja os detalhes da operação
Eletrobras (ELET3): UBS aumenta preço-alvo e vê dividendos altos no longo prazo
Privatização resolveu disputas políticas e otimizou o balanço da Eletrobras, segundo o banco, tornando os papéis um investimento de risco-retorno mais atrativo
Musk bate o pé e Tesla paga a conta: ação cai forte com intenção do bilionário de criar novo partido político nos EUA
No sábado, o bilionário anunciou que pretende criar o Partido América com foco nas eleições de meio de mandato nos EUA
Nelson Tanure pede aval do Cade para abocanhar o controle da Braskem (BRKM5) — e não quer saber de tag along ou OPA
Tanure formalizou pedido ao Cade para obter a autorização necessária e seguir com a transação junto à NSP Investimentos, holding que detém a participação da Novonor na petroquímica
Após fala de CEO, Magazine Luiza (MGLU3) faz esclarecimento sobre as projeções de faturamento para 2025
Em evento do BNDES, Fred Trajano afirmou que o Magalu tinha projeções de faturar R$ 70 bilhões em 2025
Consignado privado: Banco do Brasil (BBAS3) supera a marca de R$ 4,5 bi em contratações na modalidade de crédito para o trabalhador
O programa tem como público-alvo os trabalhadores com carteira assinada da iniciativa privada, com juros mais baixos