Goldman eleva Ultrapar (UGPA3), mas Vibra (VBBR3) é rebaixada e tem a maior queda do Ibovespa. O que esperar do 4T24 no setor de combustíveis?
Além do Goldman Sachs, analistas do Santander também cortaram os preços-alvos para os papéis das duas companhias e divulgaram perspectivas para o balanço
Com a temporada de balanços do 4T24 se aproximando, Goldman Sachs e Santander divulgaram nesta sexta-feira (31) novos relatórios sobre as expectativas para os resultados das distribuidoras de combustíveis. Ultrapar (UGPA3) e Vibra (VBBR3) tiveram os preços-alvos ajustados — com a Vibra sendo rebaixada pelo Goldman.
Como consequência, a Vibra lidera as perdas do Ibovespa desde a abertura dos negócios e figura como o papel mais negociado da B3. Por volta de 15h50, VBBR3 caía 4,11%, a R$ 17,03. Na mínima do dia, o recuo foi de 5,01%.
O Goldman rebaixou a recomendação das ações de compra para neutro e cortou o preço-alvo de R$ 27,40 para R$ 19,50 — o que representa um potencial de valorização de 9,8% sobre o preço de fechamento da véspera (30).
Já os papéis da Ultrapar foram elevados para a compra, com preço-alvo de R$19,70 para 2025, o que indica um potencial de valorização de 19% sobre o fechamento anterior.
VEJA MAIS: Banco de investimentos pode ajudar brasileiros a receber o pagamento de precatórios em até 5 dias úteis; veja como
Por que Vibra foi rebaixada pelo Goldman Sachs?
Na visão dos analistas Bruno Amorim, Guilherme Costa Martins e Guilherme Bosso, a Vibra deve sofrer com revisões das estimativas de 2025 para baixo.
Leia Também
Segundo eles, o consenso do mercado ainda não incorpora totalmente o efeito da alta nas taxas de juros, a Selic, e o impacto negativo nos lucros da consolidação da recente aquisição da Comerc Energia, em janeiro deste ano.
O banco ainda considera o nível de alavancagem “relativamente” alto da companhia, que é superior a 2 vezes a dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), maior do que o 1,2 vez da Ultrapar — que é a preferida do banco.
Para os analistas, o nível de endividamento limita o espaço para remuneração de acionistas e alocação de capital no curto e médio prazo.
O que esperar do 4T24 da Vibra?
O Goldman espera que o negócio de distribuição de combustíveis reporte um Ebitda ajustado de R$ 1,3 bilhão no quarto trimestre de 2024, o que representa uma queda de 44% na comparação com o mesmo período do ano passado.
O banco também considera que os resultados do 4T24 ainda não refletirão a consolidação dos resultados da Comerc.
VEJA MAIS: O que esperar dos resultados do 4º trimestre de 2024? Acesse o guia gratuito dos balanços com análises exclusivas do BTG
Para o Santander, Vibra também é neutra
Em relatório também divulgado nesta sexta-feira, o Santander manteve a recomendação neutra para as ações da Vibra, mas cortou o preço-alvo de R$ 24 para R$ 20,50.
Para Rodrigo Almeida, Eduardo Muniz e Guilherme Palhares, as margens para a Vibra devem ficar cerca de 15% abaixo do consenso e das próprias estimativas anteriores.
Considerando ambiente competitivo mais fraco do que o esperado no início do trimestre, o banco projeta um Ebitda de R$ 1,14 bilhão para a Vibra, 18% abaixo do consenso.
Apesar da expectativa de um aumento no fluxo de caixa livre (FCF) impulsionado pelo capital de giro, o valuation da Vibra não é considerado suficientemente atraente por conta da alavancagem e dos pagamentos de dividendos que devem ser menores em 2025.
“Embora acreditemos que as operações de distribuição de combustíveis da Vibra e da Comerc continuem sendo negócios sólidos, acreditamos que a recente consolidação da Comerc deve alavancar para cerca de 2,8x dívida líquida/Ebitda e, dadas as taxas de juros mais altas, esperamos que a geração de FCF seja pressionada”, afirmam os analistas.
O banco estima um dividend yield (retorno de dividendos) de cerca de 4% para a Vibra, o que é considerado baixo.
Ultrapar é compra para o Goldman e neutra para o Santander
Mesmo em um cenário macroeconômico desafiador, especialmente por conta do ciclo de alta nos juros, a Ultrapar ainda teria um melhor posicionamento, na visão do Goldman. Vale lembrar que o banco recomenda a compra dos papéis da companhia.
Isso “pode se traduzir em M&As [fusões e aquisições] de valor agregado (historicamente, um ambiente macro difícil geralmente oferece boas oportunidades para M&A) ou dividendos mais altos”.
O Santander também tem uma visão mais positiva para a Ultrapar na comparação com a Vibra. Mas, ainda assim, manteve recomendação neutra para UGPA3 e cortou o preço-alvo de R$ 22 para R$ 19,40, equivalente a um potencial de alta de 13% sobre o fechamento anterior.
Para os analistas, a companhia deve registrar margens robustas em todos os níveis, com destaque para melhoria da margem trimestral da Ultragaz e margens sólidas na Ipiranga, além de resultados operacionais positivos. O Ebtida estimado é de R$ 1,3 bilhão.
Os resultados do 4T24 são esperados com uma performance mais sólida, mas a perspectiva para o primeiro semestre de 2025 ainda é incerta devido à alta nos estoques e à fraca demanda de diesel.
A empresa é vista como tendo uma melhor gestão e estratégia, o que a torna uma opção relativamente mais interessante do que a Vibra neste momento.
*Com informações do Money Times
Azul (AZUL4) dá sinal verde para aporte de American e United, enquanto balanço do 3T25 mostra prejuízo mais de 1100% maior
Em meio ao que equivale a uma recuperação judicial nos EUA, a Azul dá sinal verde para acordo com as norte-americanas, enquanto balanço do terceiro trimestre mostra prejuízo ajustado de R$ 1,5 bilhão
BHP é considerada culpada por desastre em Mariana (MG); entenda por que a Vale (VALE3) precisará pagar parte dessa conta
A mineradora brasileira estima uma provisão adicional de aproximadamente US$ 500 milhões em suas demonstrações financeiras deste ano
11.11: Mercado Livre, Shopee, Amazon e KaBuM! reportam salto nas vendas
Plataformas tem pico de vendas e mostram que o 11.11 já faz parte do calendário promocional brasileiro
Na maratona dos bancos, só o Itaú chegou inteiro ao fim da temporada do 3T25 — veja quem ficou pelo caminho
A temporada de balanços mostrou uma disputa desigual entre os grandes bancos — com um campeão absoluto, dois competidores intermediários e um corredor em apuros
Log (LOGG3) avalia freio nos dividendos e pode reduzir percentual distribuído de 50% para 25%; ajuste estratégico ou erro de cálculo?
Desenvolvedora de galpões logísticos aderiu à “moda” de elevar payout de proventos, mas teve que voltar atrás apenas um ano depois; em entrevista ao SD, o CFO, Rafael Saliba, explica o porquê
Natura (NATU3) só deve se recuperar em 2026, e ainda assim com preço-alvo menor, diz BB-BI
A combinação de crédito caro, consumo enfraquecido e sinergias atrasadas mantém a empresa de cosméticos em compasso de espera na bolsa
Hapvida (HAPV3) atinge o menor valor de mercado da história e amplia programa de recompra de ações
O desempenho da companhia no terceiro trimestre decepcionou o mercado e levou a uma onda de reclassificação os papéis pelos grandes bancos
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido quase 40% maior no 3T25, enquanto rentabilidade atinge recorde de 31%
O Nubank (ROXO34) encerrou o terceiro trimestre de 2025 com um lucro líquido de US$ 782,7 milhões; veja os destaques
Quem tem medo da IA? Sete em cada 10 pequenos e médios empreendedores desconfiam da tecnologia e não a usam no negócio
Pesquisa do PayPal revela que 99% das PMEs já estão digitalizadas, mas medo de errar e experiências ruins com sistemas travam avanço tecnológico
Com ‘caixa cheio’ e trimestre robusto, Direcional (DIRR3) vai antecipar dividendos para fugir da taxação? Saiba o que diz o CEO
A Direcional divulgou mais um trimestre de resultados sólidos e novos recordes em algumas linhas. O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo para entender o que impulsionou os resultados, o que esperar e principalmente: vem dividendo aí?
Banco do Brasil (BBAS3) não saiu do “olho do furacão” do agronegócio: provisões ainda podem aumentar no 4T25, diz diretor
Após tombo do lucro e rentabilidade, o BB ainda enfrenta ventos contrários do agronegócio; executivos admitem que novas pressões podem aparecer no balanço do 4º trimestre
Allos (ALOS3) entrega balanço morno, mas promete triplicar dividendos e ações sobem forte. Dá tempo de surfar essa onda?
Até então, a empresa vinha distribuindo proventos de R$ 50 milhões, ou R$ 0,10 por ação. Com a publicação dos resultados, a companhia anunciou pagamentos mensais de R$ 0,28 a R$ 0,30
Na contramão da Black Friday, Apple lança ‘bolsinha’ a preço de celular novo; veja alternativas bem mais em conta que o iPhone Pocket
Apple lança bolsinha para iPhone em parceria com a Issey Miyake com preços acima de R$ 1,2 mil
Todo mundo odeia o presencial? Nubank enfrenta dores de cabeça após anunciar fim do home office, e 14 pessoas são demitidas
Em um comunicado interno, o CTO do banco digital afirmou que foram tomadas ações rápidas para evitar que a trama fosse concluída
Família Diniz vende fatia no Carrefour da França após parceria de 10 anos; veja quem são os magnatas que viraram os principais acionistas da rede
No lugar da família Diniz no Carrefour, entrou a família Saadé, que passa a ser a nova acionista principal da companhia. Família franco-libanesa é dona de líder global de logística marítima
Itaú vs. Mercado Pago: quem entrega mais vantagens na Black Friday 2025?
Com descontos de até 60%, cashback e parcelamento ampliado, Itaú e Mercado Pago intensificam a disputa pelo consumidor na Black Friday 2025
Casas Bahia (BHIA3) amplia prejuízo para R$ 496 milhões no terceiro trimestre, mas vendas sobem 8,5%
O e-commerce cresceu 12,7% entre julho e setembro deste ano, consolidando o quarto trimestre consecutivo de alta
O pior ainda não passou para a Americanas (AMER3)? Lucro cai 96,4% e vendas digitais desabam 75% no 3T25
A administração da varejista destacou que o terceiro trimestre marca o início de uma nova fase, com o processo de reestruturação ficando para trás
Acionistas do Banco do Brasil (BBAS3) não passarão fome de proventos: banco vai pagar JCP mesmo com lucro 60% menor no 3T25
Apesar do lucro menor no trimestre, o BB anunciou mais uma distribuição de proventos; veja o valor que cairá na conta dos acionistas
Lucro do Banco do Brasil (BBAS3) tomba 60% e rentabilidade chega a 8% no 3T25; veja os destaques
O BB registrou um lucro líquido recorrente de R$ 3,78 bilhões entre julho e setembro; veja os destaques do balanço
