BTG decide retomar cobertura das ações de Méliuz (CASH3); veja qual a recomendação do banco para o papel
Estratégia da plataforma de cashback de criar uma reserva de bitcoins tem despertado a atenção dos investidores — e também dos analistas

O Méliuz (CASH3) tornou pública, em março, sua estratégia de investir pesado em bitcoins, e isso tem chamado a atenção dos investidores. Só neste ano, os papéis CASH3 já acumulam valorização de 162%. Passaram, então, a chamar a atenção também dos analistas.
Em um longo relatório divulgado nesta terça-feira (24), nomeado “Comprando Bitcoin, vendendo volatilidade”, o BTG Pactual informa que decidiu retomar a cobertura das ações de Méliuz dada essa nova abordagem da plataforma de cashback.
- LEIA TAMBÉM: Quer se atualizar do que está rolando no mercado? O Seu Dinheiro liberou como cortesia uma curadoria das notícias mais quentes; veja aqui
O documento começa ‘chutando o balde’: “Como muitas histórias de small caps no Brasil — especialmente entre a leva de IPOs de 2020–21 —, as ações do Méliuz foram amplamente esquecidas à medida que o ambiente macroeconômico se deteriorava, os juros subiam e a perspectiva fiscal do país piorava”.
Mas aí veio o ponto de virada da companhia fundada por Israel Salmen: a decisão de copiar a norte-americana MicroStrategy (agora Strategy) e acumular o máximo possível de bitcoin — incluindo a possibilidade de “emitir instrumentos financeiros para comprar ainda mais, a um custo de capital mais baixo”, destaca o relatório assinado por Ricardo Buchpiguel, Eduardo Rosman e Thiago Paura.
Eles destacam que a Strategy foi pioneira no modelo, anunciado em 2020, e inspirou mais de 70 réplicas globais — como o Méliuz, no mercado brasileiro.
- LEIA MAIS: Hora de ajustar a rota – evento “Onde investir no 2º semestre” vai reunir gigantes do mercado financeiro para revelar oportunidades de investimento
“Tendo nos afastado da história, nossa reação inicial ao anúncio foi de surpresa e ceticismo”, admitem os analistas do BTG. “No entanto, com a ação subindo 114% desde a divulgação da estratégia, ficou claro que estávamos deixando passar algo.”
Leia Também
“Essa mudança de estratégia tem se mostrado, até agora, uma forma bem-sucedida do Méliuz reinventar sua tese de investimento em ações. Com este relatório, retomamos a cobertura de Méliuz, agora posicionada como uma Bitcoin Treasury Company (Empresa com Tesouraria em Bitcoin).”
E quer saber a recomendação do BTG? Compra de CASH3, com preço-alvo de R$ 10 para o fim do ano e potencial de alta de 43%.
Seguindo o modelo da Strategy
“Diferente das empresas tradicionais, as Bitcoin Treasury Companies geram valor não a partir das operações principais, mas sim aumentando o número de Bitcoins por ação (BTC/ação) por meio da emissão de instrumentos financeiros — como ações, conversíveis, ações preferenciais e opções de compra”, explica o relatório.
“Como alguns investidores buscam exposição ao Bitcoin com proteção, estão dispostos a comprar essas conversíveis — mesmo que isso signifique abrir mão de parte do ganho.”
- LEIA TAMBÉM: Onde investir no 2º semestre de 2025? Evento gratuito do Seu Dinheiro reúne as melhores recomendações de ações, FIIs, BDRs, criptomoedas e renda fixa
O relatório avalia o avanço da Strategy e de seus “copy-cats” frente ao desempenho do próprio bitcoin: “Nos últimos cinco anos, as ações da Strategy dispararam 26x (vs. +15x para o Bitcoin), enquanto MetaPlanet (Japão) e BlockChain Group (França), que adotaram o modelo de Tesouraria em Bitcoin no início de 2024, viram suas ações subirem 120x e 50x, respectivamente, desde janeiro de 2024 (vs. +2.4x para o Bitcoin).”
Tese apoiada em quatro pilares, segundo BTG
A tese de investimento do Méliuz repousa sobre quatro pilares, segundo os analistas do BTG:
(i) a avaliação de seu negócio legado de cashback;
(ii) a alta volatilidade de suas ações;
(iii) a capacidade da empresa de emitir dívida ou instrumentos híbridos ligados ao Bitcoin (como debêntures conversíveis ou ações preferenciais); e
(iv) mais importante, o desempenho do próprio Bitcoin.
E os analistas destacam: “A tese pode ruir caso qualquer um desses pilares enfraqueça e não seja compensado por força nos demais”, escrevem eles.
- VEJA MAIS: Você pode receber um 'cardápio' semanal de títulos que podem render acima da Selic em 15%, disponibilizado como cortesia pelo Seu Dinheiro
Dentre os quatro pilares, o destaque fica com o último: “A valorização contínua do Bitcoin pode ser o pilar mais importante — não apenas porque impulsiona diretamente os Ganhos BTC em R$ ao longo do tempo, mas também porque um ambiente de valorização do Bitcoin tende a reforçar os outros pilares, aumentando a volatilidade das ações, reduzindo o mNAV (e, portanto, a volatilidade implícita nas emissões) e elevando o interesse dos investidores por emissões atreladas ao BTC.”
Grande risco e perspectiva otimista
Então, o grande risco para esta estratégia é o bitcoin cair. “Se o Bitcoin tiver um desempenho ruim nos próximos anos, o investidor não apenas estará exposto a um ativo depreciando, como a empresa pode não conseguir levantar novos instrumentos.”
Mas os analistas apostam que este não deve ser o cenário dos próximos anos. “Acreditamos que o Bitcoin está se tornando cada vez mais um ativo mainstream, o que deve sustentar um desempenho forte nos próximos anos.”
- VEJA TAMBÉM: Saiba quais são as melhores ações, fundos imobiliários, títulos de renda fixa, ativos internacionais e criptomoedas para o 2º semestre de 2025
O BTG deixa claro que se trata de “uma tese altamente complexa, na qual é difícil ter convicção firme”, e por diversos motivos: “Primeiro, o modelo de Bitcoin Treasury ainda é muito novo — globalmente e, mais ainda para nós, já que começamos a estudá-lo há poucas semanas. Não podemos descartar a possibilidade de que a empresa não consiga levantar capital para comprar mais Bitcoin, o que quebraria a lógica central do modelo. E, é claro, é praticamente impossível prever o preço do Bitcoin com certeza”.
E pondera: “Acreditamos que vale dar o benefício da dúvida para a nova direção da empresa e, por isso, retomamos a cobertura com recomendação de COMPRA (BUY).”
A Ambipar (AMBP3) não vai parar de cair? Ações derretem quase 60% enquanto mercado tenta rastrear onde está o caixa da empresa
Enquanto tenta reestruturar as finanças em crise sem recorrer à recuperação judicial, a Ambipar enfrenta uma onda de desconfiança no mercado
Minerva (BEEF3) sob a lupa de BTG, XP e BofA: analistas avaliam “janela de oportunidade” descrita pelo CEO, mas mantêm cautela
Bancos citam expansão em novos mercados e potencial de desalavancagem, mas alertam para riscos para o fluxo de caixa livre
Alívio para o BRB (BSLI4): com polêmica compra do Master fora do jogo, Moody’s retira alerta de rebaixamento
Com o sinal vermelho do BC para a aquisição de ativos do Master pelo BRB, a Moody’s confirmou as notas de crédito e estabeleceu uma perspectiva estável para o Banco de Brasília
SLC Agrícola (SLCE3) divulga novo guidance e projeta forte expansão na produção — mas BTG não vê gatilhos no horizonte de curto prazo
Apesar do guidance não ter animado os analistas, o banco ainda mantém a recomendação de compra para os papéis
Ações da Santos Brasil (STBP3) dão adeus para a bolsa brasileira nesta sexta-feira (3)
A despedida das ações acontece após a conclusão de compra pela francesa CMA Terminals
OpenAI, dona do ChatGPT, atinge valor de US$ 500 bilhões após venda de ações para empresas conhecidas; veja quais
Funcionários antigos e atuais da dona do ChatGPT venderam quase US$ 6,6 bilhões em ações
Mercado Livre (MELI34) é o e-commerce favorito dos brasileiros, segundo UBS BB; Shopee supera Amazon (AMZO34) e fica em segundo lugar
Reputação e segurança, custos de frete, preços, velocidade de entrega e variedade de produtos foram os critérios avaliados pelos entrevistados
‘Novo Ozempic’ chega ao Brasil graças a parceira entre farmacêuticas
Novo Nordisk e Eurofarma se unem para lançar no Brasil o Poviztra e o Extensior, versões injetáveis da semaglutida voltadas ao tratamento da obesidade
Ambipar (AMBP3) volta a desabar e chega a cair mais de 65%; entenda o que está por trás da queda
Desde segunda-feira (29), a ação já perdeu quase 60% no valor. Com isso, o papel, uma das grandes estrelas em 2024, quando disparou mais de 1.000%, voltou ao patamar de um ano atrás
Banco do Brasil alerta para golpes em meio a notícias sobre possível concurso
Comunicado oficial alerta candidatos, mas expectativa por novo concurso cresce — mesmo sem previsão confirmada pelo banco
De São Paulo a Wall Street: Aura Minerals (AURA33) anuncia programa de conversão de BDRs em ações na Nasdaq
Segundo a empresa, o programa faz parte da estratégia de consolidar e aumentar a negociação de suas ações na bolsa de Nova York
Oncoclínicas (ONCO3) traça planos para restaurar caixa e sair da crise financeira. Mercado vai dar novo voto de confiança?
Oncoclínicas divulgou prévias e projeções financeiras para os próximos anos. Veja o que esperar da rede de tratamentos oncológicos
Mais uma derrota para a Oi (OIBR3): Justiça nega encerrar Chapter 15 nos EUA. O que isso significa para a tele?
Para a juíza responsável pelo caso, o encerramento do processo “não maximizará necessariamente o valor nem facilitará o resgate da companhia”; entenda a situação
Oi (OIBR3) falha na tentativa de reverter intervenção na alta gestão, mas Justiça abre ‘brecha’ para transição
A decisão judicial confirma afastamento de diretores da empresa de telecomunicações, mas abre espaço para ajustes estratégico
Retorno da Petrobras (PETR3, PETR4) à distribuição é ‘volta a passado não glorioso’ e melhor saída é a privatização, defende Adriano Pires
Especialista no setor de energia que quase assumiu o comando da petroleira na gestão Bolsonaro critica demora para explorar a Margem Equatorial e as MPs editadas pelo governo para tentar atrair data centers ao país
Diretora revela os planos do Bradesco (BBDC4) para atingir 1 milhão de clientes de alta renda no Principal até 2026
Ao Seu Dinheiro, Daniela de Castro, diretora do Principal, detalhou os pilares da estratégia de crescimento do banco no segmento de alta renda
WEG (WEGE3) vive momento sombrio, com queda de 32% em 2025 e descrença de analistas; é hora de vender?
Valorização do real, tarifas de Trump e baixa demanda levam bancos a cortarem preços-alvos das ações da WEG
A Oi (OIBR3) vai falir? Decisão inédita no Brasil pôs a tele de cara com a falência, mas é bastante polêmica; a empresa recorreu
A decisão que afastou a diretoria da empresa e a colocou prestes a falir é inédita no Brasil e tem como base atualização na Lei das Falências; a Oi já recorreu
Azul (AZUL4) apresenta números mais fracos em agosto, com queda na receita líquida e no resultado operacional; entenda o que aconteceu
A companhia aérea, que enfrenta uma recuperação judicial nos Estados Unidos, encerrou agosto com R$ 1,671 bilhão no caixa
Dasa (DASA3) se desfaz de operações ‘prejudiciais à saúde’ e dispara até 10% na bolsa; o que avaliam os analistas?
Ações da rede ficaram entre as maiores altas da B3 após o anúncio da venda das suas operações na Argentina por mais de R$ 700 milhões