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Maria Carolina Abe

Maria Carolina Abe

É jornalista formada pela ECA-USP, com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais para Jornalistas pela B3. Tem mais de 25 anos de experiência e passagem pelas principais redações do país - entre elas, Estadão, Folha, UOL e CNN Brasil. Atualmente, é editora de Empresas no Seu Dinheiro.

BITCOIN NA VEIA

BTG decide retomar cobertura das ações de Méliuz (CASH3); veja qual a recomendação do banco para o papel

Estratégia da plataforma de cashback de criar uma reserva de bitcoins tem despertado a atenção dos investidores — e também dos analistas

Logo do Méliuz envolto por bitcoins
Imagem: Montagem Canva Pro/ Seu Dinheiro

O Méliuz (CASH3) tornou pública, em março, sua estratégia de investir pesado em bitcoins, e isso tem chamado a atenção dos investidores. Só neste ano, os papéis CASH3 já acumulam valorização de 162%. Passaram, então, a chamar a atenção também dos analistas.

Em um longo relatório divulgado nesta terça-feira (24), nomeado “Comprando Bitcoin, vendendo volatilidade”, o BTG Pactual informa que decidiu retomar a cobertura das ações de Méliuz dada essa nova abordagem da plataforma de cashback.

O documento começa ‘chutando o balde’: “Como muitas histórias de small caps no Brasil — especialmente entre a leva de IPOs de 2020–21 —, as ações do Méliuz foram amplamente esquecidas à medida que o ambiente macroeconômico se deteriorava, os juros subiam e a perspectiva fiscal do país piorava”.

Mas aí veio o ponto de virada da companhia fundada por Israel Salmen: a decisão de copiar a norte-americana MicroStrategy (agora Strategy) e acumular o máximo possível de bitcoin — incluindo a possibilidade de “emitir instrumentos financeiros para comprar ainda mais, a um custo de capital mais baixo”, destaca o relatório assinado por Ricardo Buchpiguel, Eduardo Rosman e Thiago Paura.

Eles destacam que a Strategy foi pioneira no modelo, anunciado em 2020, e inspirou mais de 70 réplicas globais — como o Méliuz, no mercado brasileiro.

“Tendo nos afastado da história, nossa reação inicial ao anúncio foi de surpresa e ceticismo”, admitem os analistas do BTG. “No entanto, com a ação subindo 114% desde a divulgação da estratégia, ficou claro que estávamos deixando passar algo.”

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“Essa mudança de estratégia tem se mostrado, até agora, uma forma bem-sucedida do Méliuz reinventar sua tese de investimento em ações. Com este relatório, retomamos a cobertura de Méliuz, agora posicionada como uma Bitcoin Treasury Company (Empresa com Tesouraria em Bitcoin).”

E quer saber a recomendação do BTG? Compra de CASH3, com preço-alvo de R$ 10 para o fim do ano e potencial de alta de 43%.

Seguindo o modelo da Strategy

“Diferente das empresas tradicionais, as Bitcoin Treasury Companies geram valor não a partir das operações principais, mas sim aumentando o número de Bitcoins por ação (BTC/ação) por meio da emissão de instrumentos financeiros — como ações, conversíveis, ações preferenciais e opções de compra”, explica o relatório.

“Como alguns investidores buscam exposição ao Bitcoin com proteção, estão dispostos a comprar essas conversíveis — mesmo que isso signifique abrir mão de parte do ganho.”

O relatório avalia o avanço da Strategy e de seus “copy-cats” frente ao desempenho do próprio bitcoin: “Nos últimos cinco anos, as ações da Strategy dispararam 26x (vs. +15x para o Bitcoin), enquanto MetaPlanet (Japão) e BlockChain Group (França), que adotaram o modelo de Tesouraria em Bitcoin no início de 2024, viram suas ações subirem 120x e 50x, respectivamente, desde janeiro de 2024 (vs. +2.4x para o Bitcoin).”

Tese apoiada em quatro pilares, segundo BTG

A tese de investimento do Méliuz repousa sobre quatro pilares, segundo os analistas do BTG: 

(i) a avaliação de seu negócio legado de cashback; 

(ii) a alta volatilidade de suas ações; 

(iii) a capacidade da empresa de emitir dívida ou instrumentos híbridos ligados ao Bitcoin (como debêntures conversíveis ou ações preferenciais); e 

(iv) mais importante, o desempenho do próprio Bitcoin. 

E os analistas destacam: “A tese pode ruir caso qualquer um desses pilares enfraqueça e não seja compensado por força nos demais”, escrevem eles. 

Dentre os quatro pilares, o destaque fica com o último: “A valorização contínua do Bitcoin pode ser o pilar mais importante — não apenas porque impulsiona diretamente os Ganhos BTC em R$ ao longo do tempo, mas também porque um ambiente de valorização do Bitcoin tende a reforçar os outros pilares, aumentando a volatilidade das ações, reduzindo o mNAV (e, portanto, a volatilidade implícita nas emissões) e elevando o interesse dos investidores por emissões atreladas ao BTC.”

Grande risco e perspectiva otimista

Então, o grande risco para esta estratégia é o bitcoin cair. “Se o Bitcoin tiver um desempenho ruim nos próximos anos, o investidor não apenas estará exposto a um ativo depreciando, como a empresa pode não conseguir levantar novos instrumentos.”

Mas os analistas apostam que este não deve ser o cenário dos próximos anos. “Acreditamos que o Bitcoin está se tornando cada vez mais um ativo mainstream, o que deve sustentar um desempenho forte nos próximos anos.” 

O BTG deixa claro que se trata de “uma tese altamente complexa, na qual é difícil ter convicção firme”, e por diversos motivos: “Primeiro, o modelo de Bitcoin Treasury ainda é muito novo — globalmente e, mais ainda para nós, já que começamos a estudá-lo há poucas semanas. Não podemos descartar a possibilidade de que a empresa não consiga levantar capital para comprar mais Bitcoin, o que quebraria a lógica central do modelo. E, é claro, é praticamente impossível prever o preço do Bitcoin com certeza”.

E pondera: “Acreditamos que vale dar o benefício da dúvida para a nova direção da empresa e, por isso, retomamos a cobertura com recomendação de COMPRA (BUY).”

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