Brasil participa de programa de descarbonização da indústria com investimento de US$ 250 milhões
Outros seis países em desenvolvimento também participarão de programa internacional que pretende investir US$ 1 bilhão em projetos de transição energética e geração de empregos verdes, por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento

O Brasil foi oficialmente convidado pelo Climate Investment Funds para preparar um plano de investimento no valor de até US$ 250 milhões (R$ 1,4 bilhão no câmbio atual) para alavancar a descarbonização da indústria. O CIF é um fundo que atua por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento (MDBs) para apoiar ações climáticas em países em desenvolvimento.
De acordo com o Ministério da Fazenda (MF), o documento apresentado pelo Brasil propõe uma estratégia abrangente para acelerar a transição de setores industriais intensivos em emissões — como cimento, aço, alumínio, químicos e fertilizantes — para tecnologias de baixo carbono, com ênfase na inovação, na promoção da economia circular e na geração de empregos verdes.
A proposta foi preparada com a participação ativa e técnica dos Ministérios de Minas e Energia (MME) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que atuam como pontos focais do programa.
- VEJA MAIS: Saiba como receber o filé mignon do mercado financeiro nos novos episódios do Touros e Ursos, o podcast do Seu Dinheiro que recebe grandes especialistas
Também contribuíram para o desenvolvimento da proposta o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e os bancos multilaterais de desenvolvimento parceiros do CIF, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Mundial e a International Finance Corporation (IFC).
Já a Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda (Sain/MF) desempenhou papel central na coordenação do processo de submissão da proposta, atuando como ponto focal do CIF no Brasil e representando o país nas instâncias deliberativas do fundo.
Nos próximos meses, o Brasil iniciará a elaboração do plano de investimento, que será submetido à aprovação do Comitê do CIF.
Leia Também
O plano detalhará os projetos prioritários, os instrumentos financeiros propostos e as estratégias de mobilização de capital privado para impulsionar a descarbonização da indústria nacional, consolidar cadeias de valor de tecnologias limpas e ampliar o acesso a soluções industriais sustentáveis.
Financiamento para a transição energética de países em desenvolvimento
O Programa de Descarbonização da Indústria do CIF é a primeira iniciativa global de financiamento concessionário — um tipo de financiamento oferecido em condições mais vantajosas do que as praticadas pelo mercado financeiro convencional — dedicada a reduzir as emissões industriais de gases de efeito estufa (GEE) em países em desenvolvimento.
Brasil, Egito, México, Namíbia, África do Sul, Turquia e Uzbequistão foram os países selecionados, entre 26 aplicantes, a participar do programa inaugural que irá investir US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões no câmbio atual) para a descarbonização de suas indústrias.
De acordo com o CIF, a indústria é responsável por um terço das emissões globais de GEE, sendo necessárias reduções de 20% até 2030 e de 93% até 2050 para que as metas climáticas sejam alcançadas.
“A corrida global para descarbonizar a indústria já começou, e os mercados emergentes estão na dianteira. Descarbonizar a indústria vai além de reduzir emissões — trata-se de garantir a prosperidade de longo prazo e os empregos do futuro. E também de produzir os insumos industriais de baixo carbono, que são urgentemente necessários para expandir a capacidade de energia renovável e movimentar a economia global”, escreveu Tariye Gbadegesin, CEO do CIF, em nota publicada pela instituição.
Os sete países selecionados, em colaboração com bancos multilaterais e o setor privado, desenvolverão planos de investimento para acesso a recursos concessionais do CIF. O objetivo é expandir tecnologias limpas e de baixo carbono — como hidrogênio verde, recuperação de calor residual e materiais de baixo carbono como aço, alumínio e cimento —, cruciais para a transição energética global.
A iniciativa permite que até 100% dos recursos sejam direcionados a projetos liderados pela iniciativa privada ou que atraiam participação expressiva de co-fundadores privados, com uma alocação mínima obrigatória de 50%.
Além disso, o programa prioriza a proteção e a requalificação da força de trabalho, garantindo que comunidades vulneráveis sejam apoiadas e que trabalhadores estejam preparados para aproveitar oportunidades de empregos verdes e resilientes no futuro.
O Programa de Descarbonização da Indústria faz parte do Clean Technology Fund (CTF), fundo de US$ 9 bilhões do CIF. O CTF é viabilizado pelo CIF Capital Markets Mechanism (CCMM), um mecanismo pioneiro que mobiliza capital privado para apoiar as prioridades dos países em direção a um desenvolvimento sustentável, inclusivo e resiliente.
O CTF tradicionalmente alcança taxas particularmente altas de cofinanciamento e forte participação do setor privado — em média, cada US$ 1 investido pelo CIF gera US$ 12 adicionais em financiamento, de acordo com o fundo.
A proposta brasileira está inserida no contexto do programa Novo Brasil e articulada à Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP) — plataforma concebida para ampliar os investimentos na transformação ecológica rumo à descarbonização da economia, o uso sustentável dos recursos e a melhora da qualidade de vida da população.
Segundo o MF, a expressão de interesse apresentada pelo Brasil recebeu a pontuação mais alta entre as 26 propostas submetidas por países elegíveis, destacando-se pelo seu grau de ambição, maturidade institucional e alinhamento com políticas públicas nacionais.
Cade aceita participação da Petrobras (PETR4) em negociações de ações da Braskem (BRKM5), diz jornal
De acordo com jornal Valor Econômico, a estatal justificou sua intervenção ao alegar que não foi notificada da intenção de venda
Petrobras (PETR4) joga balde de água fria em parceria com a Raízen (RAIZ4)
Em documento enviado à CVM, a estatal nega interesse em acordo com a controlada da Cosan, como indicou o jornal O Globo no último sábado (16)
David Vélez, CEO do Nubank (ROXO34), vende US$ 435,6 milhões em ações após resultados do 2T25; entenda o que está por trás do movimento
A liquidação das 33 milhões de ações aconteceu na última sexta-feira (15), segundo documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA
Lucro da XP (XPBR31) sobe a R$ 1,3 bilhão no 2T25, mas captação líquida despenca 70% em um ano
A XP teve um lucro líquido de R$ 1,32 bilhão no segundo trimestre de 2025, um crescimento de 18% na base anual; veja os destaques do resultado
Copel (CPLE6) marca assembleia sobre migração para o Novo Mercado; confira a data
Além da deliberação sobre o processo de mudança para o novo segmento da bolsa brasileira, a companhia também debaterá a unificação das ações
Banco Central aciona alerta de segurança contra possível ataque envolvendo criptoativos
Movimentações suspeitas com USDT no domingo gerou preocupações no BC, que orientou empresas de pagamento a reforçarem a segurança
Credores da Zamp (ZAMP3) dão luz verde para a OPA que vai tirar a dona do Burger King da bolsa
A oferta pública de aquisição de ações ainda precisa da adesão de dois terços dos acionistas minoritários
Raízen (RAIZ4) dispara 10% após notícias de possível retorno da Petrobras (PETR4) ao mercado de etanol
Segundo O Globo, entre as possibilidade estão a separação de ativos, acordos específicos de gestão ou a compra de ativos isolados
Com salto de 46% no lucro do segundo trimestre, JHSF (JHSF3) quer expandir aeroporto executivo; ações sobem na B3
A construtora confirmou que o novo projeto foi motivado pelos bons resultados obtidos entre abril e junho deste ano
Prio (PRIO3) anuncia paralisação de plataforma no campo de Peregrino pela ANP; entenda os impactos para a petroleira
A petroleira informou que os trabalhos para os ajustes solicitados levarão de três a seis semanas para serem cumpridos
Hora de dar tchau: GPA (PCAR3) anuncia saída de membros do conselho fiscal em meio a incertezas na liderança
Saídas de membros do conselho e de diretor de negócios levantam questões sobre a direção estratégica do grupo de varejo
Entre flashes e dívidas, Kodak reaparece na moda analógica mas corre o risco de ser cortada do mercado
Empresa que imortalizou o “momento Kodak” enfrenta nova crise de sobrevivência
Presidente do Banco do Brasil (BBAS3) corre risco de demissão após queda de 60% do lucro no 2T25? Lula tem outro culpado em mente
Queda de 60% no resultado do BB gera debate, mas presidente Tarciana Medeiros tem respaldo de Lula e minimiza pressão por seu cargo
Compra do Banco Master pelo BRB vai sair? Site diz que Banco Central deve liberar a operação nos próximos dias
Acordo de R$ 2 bilhões entre bancos avança no BC, mas denúncias de calote e entraves judiciais ameaçam a negociação
Petrobras (PETR4) avalia investimento na Raízen (RAIZ4) e estuda retorno ao mercado de etanol, diz jornal
Estatal avalia compra de ativos ou parceria com a joint venture da Cosan e Shell; decisão final deve sair ainda este ano
Dividendos e JCP: Vulcabras (VULC3) vai distribuir R$ 400 milhões em proventos; confira os prazos
A empresa de calçados vai distribuir proventos aos acionistas na forma de dividendos, com pagamento programado somente para este ano
Gol (GOLL54) segue de olho em fusão com a Azul (AZUL4), mas há condições para conversa entre as aéreas
A sinalização veio após a Gol divulgar resultados do segundo trimestre — o primeiro após o Chapter 11 — em que registrou um prejuízo líquido de R$ 1,532 bilhão
Méliuz (CASH3) estreia nos EUA para reforçar aposta em bitcoin (BTC); veja o que muda para os investidores
A nova listagem estreia no índice OTCQX, sob o ticker MLIZY, com o JP Morgan como banco depositário responsável pelos recibos nos EUA
Cosan (CSAN3): disparada de prejuízos, aumento de dívidas e… valorização das ações? Entenda o que anima o mercado
Apesar do prejuízo líquido de R$ 946 milhões, analistas veem fundamentos sólidos em subsidiárias importantes do grupo
Ainda é melhor que o Itaú? CFO do Banco do Brasil (BBAS3) volta a responder após lucro muito abaixo do concorrente no 2T25
Mesmo após dois balanços fracos, com tombo no lucro e ROE no menor patamar desde 2000, Geovanne Tobias mantém a confiança — e vê oportunidade para investidores