Alívio para o BRB (BSLI4): com polêmica compra do Master fora do jogo, Moody’s retira alerta de rebaixamento
Com o sinal vermelho do BC para a aquisição de ativos do Master pelo BRB, a Moody’s confirmou as notas de crédito e estabeleceu uma perspectiva estável para o Banco de Brasília

O perigo de um rebaixamento iminente parece ter se afastado do Banco de Brasília (BRB; BSLI4). A agência de classificação de risco Moody's anunciou a retirada do alerta de revisão negativa que pesava sobre o banco.
A Moody's confirmou os ratings e avaliações de longo prazo atribuídos ao BRB e atribuiu uma perspectiva estável aos ratings de depósitos de longo prazo — que estavam em revisão desde abril, quando o BRB anunciou a intenção de adquirir o Banco Master.
A decisão da agência acontece pouco tempo depois de o Banco Central rejeitar a compra de parte dos ativos do Master.
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“A fusão não ocorrerá mais após a rejeição dos planos propostos pela autoridade reguladora”, disse a Moody’s.
Ainda assim, os analistas deixam claro que nem todas as preocupações desapareceram com o fim do acordo.
BRB e o risco de crescer rápido demais
A Moody's mantém os holofotes sobre a estratégia de alto crescimento adotada pelo BRB desde 2019. De lá para cá, o balanço do banco cresceu a uma taxa anual robusta, de 35,7%.
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Esse ritmo, segundo a agência, levou a um "consumo acelerado de capital", diminuindo a capacidade do banco de absorver riscos futuros, especialmente em um cenário econômico mais desafiador.
O capital do BRB, mesmo após novas injeções dos acionistas em 2024, continua apertado, com seu índice de capital principal (CET1) em 8,1%.
“A capitalização provavelmente permanecerá abaixo da de outros bancos de médio porte no Brasil, refletindo a modesta capacidade de reposição de capital do banco e sua estratégia de crescimento acelerado”, prevê a agência.
As finanças do BRB
O quadro financeiro do BRB é misto. A qualidade do crédito aparenta melhora, com a relação entre empréstimos de estágio 3 e o total de empréstimos caindo de 3,3% em março de 2024 para 2,2% no mesmo período deste ano.
No entanto, a agência ressalta que parte dessa melhora se deve ao crescimento da carteira total de crédito em 55,2% e à venda de empréstimos problemáticos.
O que ajuda a mitigar, ao menos parcialmente, os riscos associados ao forte ritmo de crescimento dos empréstimos é a forte concentração em créditos de menor risco, como o consignado (52,5% do total) e o imobiliário (cerca de 18%).
Por outro lado, a lucratividade continua sendo um ponto de atenção. Com um lucro líquido sobre ativos tangíveis de apenas 0,5% em 2024 — muito abaixo da média de 2% registrada entre 2018 e 2021 —, o banco sofre com margens reduzidas e altos custos operacionais.
“Embora o BRB tenha reportado resultados operacionais melhores nos primeiros seis meses de 2025, ao mesmo tempo em que tem potencial para alavancar sua base de clientes expandida para aumentar a penetração do produto, esperamos que a lucratividade permaneça abaixo dos níveis históricos”, disse a Moody’s.
A agência não espera uma melhora significativa nos próximos 12 a 18 meses, dados os altos custos de captação e a forte concorrência.
A perspectiva estável para o Banco de Brasília
Apesar dos desafios, a perspectiva estável da Moody’s para o BRB se ancora na consolidada operação do banco no Distrito Federal.
É essa forte franquia regional, sustentada por um amplo acesso a depósitos estáveis e de baixo custo de servidores públicos e entidades governamentais, que apoia positivamente o perfil financeiro do banco e justifica a manutenção de sua nota atual, segundo os analistas.
Para o futuro, uma melhora na classificação do BRB dependerá da sua capacidade de provar que a expansão pode, de fato, gerar lucros sustentáveis e fortalecer seu capital.
Em contrapartida, um novo rebaixamento pode voltar à pauta se o crescimento contínuo alterar seu tradicional perfil de baixo risco ou se a lucratividade e o capital continuarem a se deteriorar.
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