Tesouro Nacional avalia que isenções do tarifaço são “cenário mais benigno”, enquanto associações setoriais reavaliam os impactos
Mesmo com quase 700 exceções anunciadas pelos EUA, setores brasileiros seguem cautelosos diante do impacto comercial e político da medida

Ninguém esperava a publicação do decreto que oficializa a tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre importações brasileiras — mas ele foi divulgado nesta quarta-feira (30), acompanhado de uma série de exceções às taxas.
Ao todo, pelo menos 694 produtos ficaram isentos do tarifaço. A maior parte pertence a setores estratégicos para os EUA, com forte impacto na inflação ou que o país compra em grande quantidade do Brasil, como suco de laranja, peças de aviação, produtos de mineração e derivados de petróleo.
Diante dessa surpresa, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, avaliou que a nova realidade representa “um cenário mais benigno”, embora isso não signifique que o Brasil escapará dos impactos.
- LEIA TAMBÉM: Quer investir mais e melhor? Faça seu cadastro gratuitamente na newsletter do Seu Dinheiro e receba dicas de onde investir melhor diariamente
"Dentro dos cenários possíveis, é um cenário que não está dentro do pior. Representa um cenário mais benigno", afirmou o secretário.
Ceron afirmou que o governo ainda precisa entender os detalhes da ordem executiva assinada pelo presidente Donald Trump. Mesmo assim, ele acredita que o plano de contingência já estabelecido não precisará de mudanças significativas.
“O desenho macro [do plano] está pronto. Podemos até rever valores, mas não acredito que precisemos refazer o plano”, disse.
Leia Também
Segundo Ceron, o governo buscará minimizar os efeitos do tarifaço sobre os setores e a economia brasileira. Ele evitou detalhar quais medidas estão sendo consideradas e afirmou que ainda não é recomendável comparar o plano atual com iniciativas adotadas em crises anteriores.
Apesar da avaliação corrente de que a tarifa tenha motivação política, Ceron demonstrou confiança de que a relação histórica entre Brasil e Estados Unidos será mantida.
No curto prazo, os impactos mais imediatos sobre a balança comercial e o fluxo de comércio exterior preocupam a equipe econômica, conforme relatou o secretário — que ainda não tinha acesso completo aos detalhes da medida norte-americana.
Associações setoriais avaliam impacto das mudanças no tarifaço
O setor de máquinas e equipamentos está entre os beneficiados pelas isenções anunciadas. Mesmo assim, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) não se considera completamente satisfeita com a medida.
A entidade estava prestes a revisar para cima suas projeções de crescimento para 2025, mas a tarifa de Trump alterou o cenário.
“A gente caminhava para um ano bem melhor do que o passado. Com o tarifaço do Trump, as coisas ficaram nebulosas”, afirmou Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Abimaq.
A preocupação também foi manifestada pela Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), que vê a medida como um enfraquecimento das relações comerciais entre os dois países.
Segundo pesquisa realizada pela entidade, mais da metade das empresas exportadoras no Brasil prevê uma queda acentuada nas vendas para os EUA. Além disso, 86% das empresas alertam que eventuais retaliações do Brasil podem agravar ainda mais o cenário.
Contudo, o levantamento foi realizado antes da divulgação das isenções apresentadas hoje.
A Amcham defende que se busque uma solução por meio do diálogo institucional, com o objetivo de preservar a parceria econômica e evitar prejuízos à competitividade, ao emprego e à imagem do Brasil como destino de investimentos estrangeiros.
*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo.
Banco Central fez o que podia fazer quando subiu a Selic para 15%, diz diretor do Goldman Sachs, que vê autarquia em armadilha fiscal
Alberto Ramos defende que o país vive um ciclo perverso de crescimento fraco, câmbio pressionado e inflação resistente. A solução existe — mas exige um ajuste doloroso a partir de 2027
Lula diz que quer negociar tarifas, mas que não pretende se curvar ao presidente dos EUA
Em entrevista ao New York Times, o presidente brasileiro disse estar tratando do assunto com seriedade, mas negou que isso exija subserviência
Trump vai aliviar (um pouco) a barra do Brasil? EUA cogitam isentar cafés e outros produtos agrícolas
O secretário do Comércio dos EUA afirmou que “recursos naturais” não cultivados no país poderão ter isenção, mas haverá um preço
Com 3 ganhadores, Lotofácil salva a pele da Quina e da Mega-Sena, mas não faz nenhum novo milionário
Enquanto os ganhadores do concurso 3455 da Lotofácil digerem a bola dividida, o prêmio acumulado na Mega-Sena subiu para R$ 76 milhões
Selic pode ir a 18% que não vai resolver a inflação: “É um problema fiscal, não monetário”, diz Alberto Ramos, do Goldman Sachs
A manutenção da Selic em 15% ao ano nesta Super Quarta é consenso. A dúvida é quando os cortes vão começar e se a inflação vai ceder. Ramos vê o Copom entre o remédio e o veneno.
Com o plano de contingência na mesa de Lula, Haddad revela os bastidores das preparações para a tarifa de 1º de agosto
Entre críticas à postura do BC, metas e esperanças de um lugar na mesa de negociações, o ministro da Fazenda deu detalhes à CNN sobre os planos do governo para lidar com a taxação de Donald Trump
Nem todo mundo curtiu: líderes europeus se queixam de acordo fechado com os EUA, e setores pedem tarifa zero; entenda o que incomodou
Setores-chave da economia europeia seguem sendo alvos das tarifas de Trump, e líderes enxergam que a UE saiu enfraquecida
Super Quarta sem emoção? Como investir no meio do fogo cruzado com meta de juros e incerteza global
No Touros e Ursos desta semana, Wilson Barcellos, CEO da Azimut Brasil, analisa os impactos das decisões do Copom e do Fed e traz insights sobre investimentos
Cancela o churrasco! Lotofácil tem 10 ganhadores e ninguém fica milionário — e tem gente que ainda não aprendeu a jogar na Lotomania
Enquanto os ganhadores digerem a bola dividida na Lotofácil, a Quina segue acumulada e a Mega-Sena corre hoje valendo R$ 51 milhões
Brasil vai conseguir escapar das garras de Trump? Saiba qual é a ‘bala de bronze’ do país na guerra comercial, segundo este gestor
O Seu Dinheiro conversou com o head de renda variável do ASA, Marcelo Nantes Souza, que apontou para um possível trunfo do Brasil na negociação com os EUA
Tarifaço de Trump entra em semana decisiva, e perspectiva de acordo com os EUA fica mais distante
Até o momento, não há o menor sinal de que esse movimento poderá ser revertido ou adiado
R$ 90 milhões em jogo: Mega-Sena, Lotofácil, Quina, Lotomania, Dupla-Sena e outros — os sorteios que acontecem entre hoje (28) e amanhã (29)
Nesta segunda-feira (28) serão sorteados mais de R$ 30 milhões em diferentes concursos das Loterias Caixa, com Lotofácil, Quina, Lotomania, Dupla-Sena e Super-Sete; veja os prêmios e até quando jogar
Agenda econômica: Super Quarta, Trump, PIB, balanços e muito mais; calendário da semana promete virar o mercado de ponta-cabeça
Agenda desta semana traz as decisões do Copom e do Fed, balanços de gigantes e o possível impacto das tarifas dos EUA sobre o Brasil
Recalibrando rotas: Brasil mapeia mercados para redirecionar exportações do agro afetadas pelo tarifaço de Trump
No radar brasileiro estão países da Ásia e do Oriente Médio, com destaque para Japão, Coreia do Sul, Turquia, China, Indonésia, Vietnã, Arábia Saudita e México.
Brasil deveria reduzir tarifas para os EUA para negociar taxa de 50%, diz Evandro Bucini, da Rio Bravo
Executivo avalia possibilidade de retaliação do Brasil aos EUA em outras frentes que não a comercial.
Stuhlberger: “ganho político de Lula com tarifas de Trump é voo de galinha” — e é hora de apostar no Brasil
No painel da ExpertXP 2025, Luis Stuhlberger e outros gestores destacaram o impacto das tarifas de Trump ao Brasil, as perspectivas para o mercado diante da volatilidade e as eleições de 2026
“ESG não é caridade, é lucro maior”: o futuro do investimento é sustentável e o Brasil está no epicentro dessa revolução verde, diz Al Gore
O ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ganhador do Prêmio Nobel da Paz afirma que a atual crise climática é uma “oportunidade histórica de transformação” para os investidores
Copom sem emoção, Selic nas alturas e tarifas de Trump: ex-diretor do Banco Central revela onde estão suas apostas em juros
Para Rodrigo Azevedo, ex-diretor do BC e sócio da Ibiuna Investimentos, o investidor deveria estar de olho na curva de juros — e não só no Brasil
Consignado CLT: governo sanciona o ‘crédito do trabalhador’, com inclusão de novas categorias; veja quais
Programa começou a valer em março, como Medida Provisória, e foi aprovado pelo Congresso no começo de julho, ganhando agora peso de lei
A sorte passou longe: Lotofácil, Mega-Sena, Quina e Lotomania acumulam
Nenhuma das principais loterias da Caixa teve ganhador nesta quinta (24); prêmio da Mega-Sena já promete R$ 42 milhões