Os bastidores da reunião entre os chanceleres de Brasil e EUA que Eduardo Bolsonaro tentou evitar a todo o custo
Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reúne com Marco Rubio, braço direito de Trump, e defende independência do Judiciário brasileiro

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro até tentou impedir que o Itamaraty tivesse acesso ao alto escalão político dos Estados Unidos, mas sua intenção, admitida publicamente, acabou frustrada.
Apesar das articulações de bastidores para minar a presença diplomática brasileira em Washington, o chanceler Mauro Vieira se reuniu na quarta-feira (30) com seu homólogo norte-americano Marco Rubio.
Rubio é o secretário de Estado dos EUA. Equivalente ao cargo de ministro de Relações Exteriores, a função garante a Rubio uma das posições mais influentes dentro da estrutura do Estado norte-americano.
Segundo interlocutores do governo brasileiro, a reunião foi fruto de dias de articulação discreta e ocorreu fora dos holofotes: não foi anunciada nas agendas públicas, tampouco aconteceu na sede do Departamento de Estado nem na embaixada brasileira. O local exato do encontro não foi revelado.
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Este foi o primeiro encontro formal entre os chefes das diplomacias de Brasil e EUA desde a escalada da guerra comercial de Donald Trump.
Mauro Vieira viajou a Washington após dois dias em Nova York, onde participou de debates sobre o conflito entre Israel e Palestina, e chegou orientado diretamente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o foco de reforçar que o Brasil queria discutir apenas a pauta comercial, sem aceitar pressões políticas.
A reunião com Rubio ocorreu no mesmo dia em que Donald Trump anunciou sanções simbólicas ao ministro Alexandre de Moraes e confirmou o tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras, ampliando a tensão institucional entre os dois países.
Em pronunciamento na embaixada brasileira, o ministro das Relações Exteriores foi direto ao ponto: classificou como “inaceitável e descabida” qualquer tentativa dos EUA de interferir em decisões do Judiciário brasileiro, especialmente no processo em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado.
O chanceler também disse ter destacado ao senador que o governo brasileiro se reserva o direito de responder às medidas de restrição impostas contra Moraes.
Apesar do tom firme, o chanceler sinalizou disposição para o diálogo. De acordo com Vieira, ao fim da reunião, houve um entendimento com Rubio sobre a importância de manter os canais diplomáticos abertos para lidar com os atritos bilaterais.
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Sanção contra Moraes amplia crise
Poucas horas antes da reunião entre os diplomatas, o governo dos EUA também anunciou uma sanção simbólica contra o ministro Alexandre de Moraes, com base na chamada Lei Magnitsky.
Na prática, a medida impede a entrada do magistrado em território americano e prevê o bloqueio de ativos no país.
O gesto é considerado de forte peso político, apesar de não ter efeitos imediatos. O governo brasileiro interpretou a movimentação como mais uma tentativa de pressionar instituições brasileiras em meio ao processo judicial de Bolsonaro.
Reunião de emergência
Já no fim do dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência no Palácio do Planalto com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que tem sido o responsável por liderar as negociações com os Estados Unidos.
Também marcaram presença no encontro os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia Geral da União - AGU).
Recapitulando: o papel de Eduardo Bolsonaro na crise diplomática
Enquanto o governo Lula tentava distensionar a crise com os Estados Unidos por meio do diálogo diplomático, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro atuava em sentido oposto.
Em entrevista concedida ao Poder360 na segunda-feira (28), ele admitiu que estaria trabalhando para impedir que a comitiva de senadores brasileiros em missão oficial em Washington tivesse acesso a representantes da Casa Branca.
Na ocasião, Eduardo afirmou que as tarifas impostas pelos Estados Unidos só deveriam ser retiradas se o governo brasileiro concedesse anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro.
A comitiva, formada por oito senadores e liderada por Nelsinho Trad (PSD-MS), buscava reuniões com congressistas americanos e representantes da administração Trump para tentar reduzir a tensão comercial.
Nos bastidores, porém, aliados afirmam que Eduardo atuou para barrar as conversas, inclusive tentando limitar o acesso da embaixadora brasileira, Maria Luiza Viotti, a interlocutores da Casa Branca.
Apesar das investidas contrárias, a missão diplomática brasileira seguiu adiante, e o “temido” encontro do chanceler brasileiro com o “02” de Trump aconteceu.
Ao fim da reunião, Mauro Vieira afirmou que retornaria ao Brasil ainda ontem (30) para relatar pessoalmente ao presidente Lula os detalhes da conversa com Marco Rubio.
*Com informações da Agência Brasil
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