‘Nova poupança’ é boa, mas não espetacular para construtoras de média renda, diz gestor que ainda prefere as populares
Em entrevista ao Seu Dinheiro, o head de renda variável do ASA, afirma que a nova política habitacional do governo federal pode até ajudar setor de média renda na construção, mas taxa de juros impede que o impacto positivo seja tão grande
Há alguns dias, o governo federal anunciou uma nova política habitacional voltada à ampliação do crédito para a classe média, para as famílias que não se encaixam nos parâmetros do Minha Casa Minha Vida.
O programa amplia o crédito imobiliário para famílias com renda de até R$ 20 mil, com juros de até 12% ao ano e a possibilidade de financiar imóveis de até R$ 2,25 milhões. Os recursos serão ampliados pela redução gradual dos depósitos compulsórios no Banco Central, atualmente em 20% dos recursos da poupança. Confira detalhes nesta reportagem.
A notícia foi bem recebida pelas construtoras voltadas para a média renda, que passam hoje por um sufoco, com a taxa de juros a 15% ao ano e o esgotamento dos recursos da poupança.
Mas, de acordo com o head de renda variável do ASA, Marcelo Nantes, embora positiva , a medida não não chega a ser transformacional para esses negócios.
- VEJA TAMBÉM: CHINA vs EUA: Começou uma nova GUERRA FRIA? O que está em jogo nessa disputa - assista o novo episódio do Touros e Ursos no Youtube
Não é a ‘bala de prata’ para o setor de média renda
Nantes diz que o juros é justamente o fator que impede a notícia de ser mais animadora, embora tenda a incentivar a compra da parte do cliente.
“É bom para o setor, mas não é espetacular. Imagina para o banco: você prefere emprestar dinheiro para o Marcelo a 12% ou para o governo a 15%? Eu, pessoalmente, preferiria emprestar para o governo a 15%”, argumenta Nantes em uma entrevista ao Seu Dinheiro.
Leia Também
Em outras palavras, ainda que os juros melhorem para os tomadores, o que incentivaria a compra de imóveis, o estímulo para os bancos liberarem o crédito ainda não é tão grande assim.
Para o gestor, as medidas não são transformacionais para o segmento na mesma medida que as mudanças no Minha Casa Minha Vida — com a criação da nova Faixa 4, que abrange renda de até R$ 12 mil mensais, por exemplo — foram para empresas expostas ao programa.
Por isso, ele continua focado em construtoras voltadas para o segmento de baixa renda, como a Direcional (DIRR3). O gestor não acredita que, com o anúncio do governo federal, haverá uma migração significativa de investidores para empresas de médio padrão no setor, mesmo após o recente rali das ações de construtoras populares na bolsa.
“A gente continua gostando do segmento de baixa renda, mas o de média renda não nos atrai, com exceção da Cyrela (CYRE3)”, afirma.
Isso porque a construtora, apesar de se encaixar no segmento de média renda, tem muita exposição às camadas mais populares. Além de controlar a Vivaz, uma marca exposta ao segmento econômico, ela ainda tem participações relevantes na Cury (CURY3) e na Plano&Plano (PLPL3), voltadas para a baixa renda.
Além disso, a Cyrela é uma das únicas (quiçá a única) que pode bancar os projetos.
"Como a taxa de juros está muito alta, as construtoras de médio porte, que atendem à faixa de renda mais alta, estão enfrentando dificuldades para conseguir crédito [para financiar as obras]. Os bancos estão sendo mais restritivos", afirma Nantes.
Ele observa que é assim que a Cyrela teve ganho market share nos últimos anos, por ter acesso a crédito e estar comprando os terrenos que as outras empresas não conseguem desenvolver por falta de financiamento. Ele cita o exemplo do acordo com a Tecnisa (TCSA3) para comprar terrenos da Windsor Investimentos.
Banco Central desiste de criar regras para o Pix Parcelado; entenda como isso afeta quem usa a ferramenta
O Pix parcelado permite que o consumidor parcele um pagamento instantâneo, recebendo o valor integral no ato, enquanto o cliente arca com juros
FII com dividendos de 9%, gigante de shoppings e uma big tech: onde investir em dezembro para fechar o ano com o portfólio turbinado
Para te ajudar a reforçar a carteira, os analistas da Empiricus Research destrincham os melhores investimentos para este mês; confira
Quina faz um novo milionário; Lotofácil e Dia de Sorte também têm ganhadores
Enquanto a Quina, a Lotofácil e a Dia de Sorte fizeram a festa dos apostadores, a Mega-Sena e a Timemania acumularam nos sorteios da noite de quinta-feira (4).
Mercado aposta em corte da Selic em janeiro, mas sinais do Copom indicam outra direção, diz Marilia Fontes, da Nord
Para a sócia da Nord, o BC deve manter a postura cautelosa e dar sinais mais claros antes de fazer qualquer ajuste
Fundos de pensão que investiram em títulos do Banco Master entram na mira da Justiça em meio a irregularidades nos investimentos
Investigações apontam para aplicações financeiras fora dos protocolos adequados nos casos dos fundos Amazonprev, Rioprevidência e Maceió Previdência
Time sensação do Campeonato Brasileiro, Mirassol arrecada o equivalente a um terço do orçamento municipal
Sensação do Brasileirão, o Mirassol arrecadou cerca de um terço do orçamento municipal e levou a pequena cidade paulista ao cenário internacional com a vaga na Libertadores
Joesley Batista viajou para a Venezuela para pedir renúncia de Maduro: qual o interesse da JBS e da J&F no país?
Joesley Batista tem relações com o presidente Donald Trump e pediu pelo fim das tarifas sobre a carne. A JBS também tem negócios nos Estados Unidos
Lotomania e Super Sete aproveitam bola dividida na Lotofácil e pagam os maiores prêmios da noite nas loterias da Caixa
Lotofácil manteve a fama de loteria “menos difícil” da Caixa, mas cedeu os holofotes a outras modalidades sorteadas na noite de quarta-feira (3).
Alerta Selic: o que pode impedir o BC de cortar os juros, segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual
A projeção do banco é que a Selic encerre 2025 em 15% e que os cortes comecem de forma gradual em janeiro, alcançando 12% ao final de 2026
Ibovespa a 300 mil pontos? ASA vê a bolsa brasileira nas alturas, mas há uma âncora à vista
Em um cenário dúbio para 2026, os executivos da instituição financeira avaliam o melhor investimento para surfar um possível rali e ainda conseguir se proteger em um ambiente negativo
Segundo carro elétrico mais vendido do Brasil atinge marca histórica de vendas no mundo
Hatch elétrico chinês atinge marca histórica em apenas quatro anos e reforça a estratégia global da BYD no mercado de veículos eletrificados
Retrospectiva Spotify 2025: Bad Bunny lidera o mundo e dupla sertaneja domina o Brasil (de novo); veja como acessar o seu Wrapped
Plataforma divulga artistas, álbuns e músicas mais ouvidos do ano e libera função Wrapped para todos os usuários
De bailarina a bilionária mais jovem do mundo: a trajetória da brasileira que construiu uma fortuna aos 29 anos sem ser herdeira
A ascensão de Luana Lopes Lara à frente da Kalshi mostra como a ex-bailarina transformou formação técnica e visão de mercado em uma fortuna bilionária
Daniel Vorcaro — da ostentação imobiliária à prisão: o caso da mansão de R$ 460 milhões em Miami
A mansão de R$ 460 milhões comprada por Daniel Vorcaro em Miami virou símbolo da ascensão e queda do dono do Banco Master, hoje investigado por fraudes
Lotofácil 3552 faz os primeiros milionários de dezembro nas loterias da Caixa; Mega-Sena e Timemania encalham
A Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores na faixa principal na noite de terça-feira (2). A Dia de Sorte saiu para um bolão na região Sul do Brasil.
Banco Master: Ministério Público quer Daniel Vorcaro de volta à prisão e TRF-1 marca julgamento do empresário
Uma decisão de sábado soltou Vorcaro e outros quatro presos na investigação do Banco Master
Qual signo manda na B3? Câncer investe mais, Libra investe melhor — e a astrologia invade o pregão
Levantamento da B3 revela que cancerianos são os que mais investem em ações, mas quem domina o valor investido são os librianos
BC Protege+: Como funciona a nova ferramenta do Banco Central que impede a abertura de contas não autorizadas
Nova ferramenta do Banco Central permite bloquear a abertura de contas em nome do usuário e promete reduzir fraudes com identidades falsas no sistema financeiro
CNH sem autoescola: com proposta aprovada, quanto vai custar para tirar a habilitação
Com a proposta da CNH sem autoescola aprovada, o custo para tirar a habilitação pode cair até 80% em todo o país
A palavra do ano no dicionário Oxford que diz muito sobre os dias de hoje
Eleita Palavra do Ano pela Oxford, a expressão “rage bait” revela como a internet passou a usar a raiva como estratégia de engajamento e manipulação emocional
