Fundos imobiliários estão mais endividados e apostam em estratégia contra os juros altos; confira os FIIs que se safaram em 2024, segundo BTG Pactual
Os fundos imobiliários de tijolos fecharam o ano com um aumento das dívidas, porém há FIIs que conseguiram fechar o ano reduzindo o endividamento

Os investidores de fundos imobiliários viram as cotas perderem valor na bolsa e sentiram na pele as dificuldades do setor em 2024. No caso dos FIIs de tijolo, além da queda da cotação, eles também tiveram um aumento no índice de endividamento.
É o que mostra novo relatório do BTG Pactual, divulgado nesta sexta-feira (24). O levantamento do banco indica que o índice de endividamento passou de 13,8% em 2023 para 15,9% no ano passado.
Após dois anos sem aumento da alavancagem, os fundos de tijolos também apresentaram alta no índice dívida líquida/FFO, passando de 1,7 vez para 1,8 vez.
- Explicando: O índice dívida líquida/FFO é utilizado para avaliar a capacidade do fundo ou empresa de gerar recursos suficientes para cobrir as dívidas.
Segundo os analistas Daniel Marinelli e Matheus Oliveira, a alta do indicador aconteceu “devido ao crescimento do volume de dívidas, mesmo com as melhorias operacionais consistentes dos fundos e a menor exposição às operações atreladas ao CDI”.
- VEJA MAIS: Ações, FIIs, renda fixa, ativos internacionais e criptomoedas: onde investir em 2025? E-book mostra o veredito de especialistas do Patria Investimentos, BTG Pactual e Empiricus Gestão
A estratégia de fuga dos fundos imobiliários
Em meio ao aumento do endividamento, os FIIs estão apostando em uma estratégia para fugir da alta dos juros: o pré-pagamento de dívidas pós-fixadas.
Como os juros desta categoria são atrelados a índices ou taxa de referência e variam ao longo do tempo, o adiantamento do pagamento das dívidas tende a dar fôlego aos fundos.
Leia Também
De acordo com o relatório do BTG Pactual, essa estratégia fez a participação desse tipo de operação cair de 19% para 11% do estoque total de dívida em 2024.
“Olhando para frente, essa nova composição da dívida deve aliviar as despesas financeiras dos fundos no cenário de alta nas taxas de juros de mercado”, afirmam os analistas.
- VEJA MAIS: Onde investir em fundos imobiliários em 2025? Especialistas do mercado financeiro dizem quais são os ativos promissores neste e-book gratuito do Seu Dinheiro
Separando o joio do trigo
A alta do endividamento não significa que todos os setores de fundos imobiliários viram os encargos subirem — e é preciso separar o joio do trigo.
Enquanto os segmentos de renda urbana, galpões logísticos e lajes corporativas apresentaram crescimento das dívidas, os FIIs híbridos e de shopping centers tiveram uma redução no endividamento.
Além das diferenças entre setores, os grandes fundos, que apresentavam uma maior alavancagem em 2023, reduziram significativamente a participação de dívidas em suas estruturas de capital em 2024, de acordo com os analistas.
Os fundos imobiliários que tiveram destaque na redução das dívidas, segundo o relatório do BTG, foram:
- BlueMacaw Logística (BLMG11)
Com patrimônio líquido de R$ 290 milhões, o fundo imobiliário atua no setor de galpões. Segundo relatório gerencial de novembro, o BLMG11 registrou taxa de 100% de ocupação.
Além disso, o BLMG11 também anunciou que, com o pagamento de dívidas de R$ 21 milhões de um inquilino referente ao imóvel BMLog Jandira, o fundo utilizou os recursos para reduzir o saldo do Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).
- Guardian Real Estate (GARE11)
Com um valor patrimonial de R$ 1,35 bilhão, o GARE11 é FII da categoria híbrido.
Em dezembro, o fundo anunciou a venda de um imóvel em Vitória de Santo Antão, localizado no estado de Pernambuco.
Com a venda, o GARE11 espera reduzir seu passivo em R$ 145 milhões. A diminuição da alavancagem ocorreria por meio da quitação da dívida diretamente atrelada ao BRF Visa.
- BTG Pactual Corporate Office Fund (BRCR11)
O fundo imobiliário possui como objetivo investimentos em escritórios de laje corporativa com geração de renda.
Segundo relatório gerencial de novembro, a dívida do BRCR11 relacionada às obrigações de 2025 tem sido rolada, demonstrando uma maior tranquilidade frente à necessidade de liquidez de curto prazo.
- HSI Malls (HSML11)
Com valor patrimonial de mais de R$ 2,26 bilhões, o fundo imobiliário atua no setor de shoppings centers.
No início do ano, o HSML11 realizou a terceira emissão de cotas do fundo, utilizando o capital para o pré-pagamento dos CRIs utilizados para as aquisições dos Shoppings Paralela e Uberaba no montante de R$ 331,99 milhões.
Já em novembro, o FII anunciou a venda de 25% do Shopping Uberaba. A operação foi avaliada positivamente, com um ganho de capital estimado de aproximadamente R$ 42 milhões.
Governo vai abrir crédito de R$ 3 bilhões para ressarcir vítimas da fraude do INSS; confira como vai funcionar o reembolso
Entre os R$ 3 bilhões em crédito extraordinário, R$ 400 milhões vão servir para ressarcir as vítimas em situação de vulnerabilidade e que não tenham questionado os valores descontados
Trump é a maior fonte de imprevisibilidade geopolítica e econômica da atualidade — e quem diz isso pode surpreender
Gustavo Loyola, ex-presidente do BC, falou com exclusividade ao Seu Dinheiro sobre a imposição, por Donald Trump, da sobretaxa de 50% às exportações brasileiras para os EUA
De Galípolo para Haddad: a carta do presidente do BC ao ministro da Fazenda deixa alerta sobre inflação
Embora Galípolo tenha reforçado o compromisso com a convergência, foi o que ele não disse que chamou atenção
O Brasil pode escapar dos impactos das tarifas de Trump: economista-chefe da ARX revela estratégias — e diz por que a retaliação não é uma delas
Segundo Gabriel Barros, Lula teria uma série de opções estratégicas para mitigar os efeitos negativos dessa medida sobre a economia; confira a visão do especialista
Tarifa de Trump sobre produtos do Brasil acirra guerra política: PT mira Eduardo Bolsonaro, e oposição culpa Lula e STF
Sobretaxa de 50% vira munição em Brasília; governo estuda retaliação e Eduardo, nos EUA, celebra medida como resposta ao ‘autoritarismo do STF’
Trump cortou as asinhas do Brasil? Os efeitos escondidos da tarifa de 50% chegam até as eleições de 2026
A taxação dos EUA não mexe apenas com o volume de exportações brasileiras, mas com o cenário macroeconômico e político do país
Dólar disparou, alerta de inflação acendeu: tarifa de Trump é cavalo de troia que Copom terá que enfrentar
Depois de meses de desvalorização frente ao real, o dólar voltou a subir diante dos novos riscos comerciais para o Brasil e tende a pressionar os preços novamente, revertendo o alívio anterior
Meta de inflação de 3% é plausível para o Brasil? Veja o que dizem economistas sobre os preços que não cedem no país
Com juros nas alturas e IPCA a 5,35%, o Banco Central se prepara para mais uma explicação oficial, sem a meta de 3% no horizonte próximo
Lotofácil, Quina e Dupla Sena dividem os holofotes com 8 novos milionários (e um quase)
Enquanto isso, começa a valer hoje o reajuste dos preços para as apostas na Lotofácil, na Quina, na Mega-Sena e em outras loterias da Caixa
De Lula aos representantes das indústrias: as reações à tarifa de 50% de Trump sobre o Brasil
O presidente brasileiro promete acionar a lei de reciprocidade brasileira para responder à taxa extra dos EUA, que deve entrar em vigor em 1 de agosto
Tarifa de 50% de Trump contra o Brasil vem aí, derruba a bolsa, faz juros dispararem e provoca reação do governo Lula
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5%, enquanto o dólar para agosto renovou máxima a R$ 5,603, subindo mais de 2%
Não adianta criticar os juros e pedir para BC ignorar a meta, diz Galípolo: “inflação ainda incomoda bastante”
O presidente do Banco Central participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e ressaltou que a inflação na meta é objetivo indiscutível
Lotofácil deixa duas pessoas mais próximas do primeiro milhão; Mega-Sena e Quina acumulam
Como hoje só é feriado no Estado de São Paulo, a Lotofácil, a Quina e outras loterias da Caixa terão novos sorteios hoje
Horário de verão pode voltar para evitar apagão; ONS explica o que deve acontecer agora
Déficit estrutural se aprofunda e governo pode decidir em agosto sobre retorno da medida extinta em 2019
Galípolo diz que dorme tranquilo com Selic em 15% e que o importante é perseguir a meta da inflação
Com os maiores juros desde 2026, Galípolo dispensa faixa e flores: “dificilmente vamos ganhar o torneio de Miss Simpatia no ano de 2025”
Investidores sacam R$ 38 bilhões de fundos no ano, e perdem a oportunidade de uma rentabilidade de até 35,8% em uma classe
Dados da Anbima mostram que a sangria dos multimercados continua, mas pelo menos a rentabilidade foi recuperada, superando o CDI com folga
Cury (CURY3): ações sobem na bolsa depois da prévia operacional do segundo trimestre; bancos dizem o que fazer com os papéis
Na visão do Itaú BBA, os resultados vieram neutros com algumas linhas do balanço vindo abaixo das expectativas. O BTG Pactual também não viu nada de muito extraordinário
Bolsa, dólar ou juros? A estratégia para vencer o CDI com os juros a 15% ao ano
No Touros e Ursos desta semana, Paula Moreno, sócia e co-CIO da Armor Capital, fala sobre a estratégia da casa para ter um retorno maior do que o do benchmark
Lotofácil inicia a semana com um novo milionário; Quina acumula e Mega-Sena corre hoje valendo uma fortuna
O ganhador ou a ganhadora do concurso 3436 da Lotofácil efetuou sua aposta em uma casa lotérica nos arredores de São Luís do Maranhão
Cruzar do Atlântico ao Pacífico de trem? Brasil e China dão primeiro passo para criar a ferrovia bioceânica; entenda o projeto
O projeto pretende unir as ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol) e Centro-Oeste (Fico) e a Ferrovia Norte-Sul (FNS) ao recém-inaugurado porto de Chancay, no Peru.