Em meio à seca de IPOs na bolsa, renda fixa foi campeã em emissões em ano recorde de captação pelas empresas
Segundo dados divulgados pela Anbima, empresas captaram R$ 783,4 bilhões e 2024, sendo R$ 709 bilhões advindos de instrumentos como debêntures e FIDCs
“Se tivesse que definir 2024 em uma palavra, seria recorde”, foi assim que Guilherme Maranhão, presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) começou a coletiva de imprensa para divulgar os resultados do mercado de capitais em 2024.
A afirmação não é leviana: o ano passado registrou o maior volume de ofertas da série histórica, iniciada em 2012.
O mercado tem a renda fixa a agradecer, pois foi esta classe de ativos que puxou o desempenho para cima.
Em especial, dois instrumentos de crédito se destacaram: as debêntures, já tradicionais e conhecidas no mercado, e os FIDCs, que se tornaram acessíveis ao investidor pessoa física há pouquíssimo tempo.
A performance notável da renda fixa contrasta diretamente com a renda variável, que viveu mais um ano de seca de IPOs (oferta pública inicial) – o terceiro seguido, praticamente – e nove operações de follow-ons (oferta subsequente de ações, depois de a empresa já ter aberto o capital na bolsa).
O ano das debêntures e dos FIDCs
Segundo reportado pela Anbima, a captação total no mercado de capitais foi de R$ 783,4 bilhões, um número 66% maior do que em 2023, quando as turbulências no crédito privado (notadamente, os casos Americanas e Light) repeliram um pouco os investidores.
Leia Também
A renda fixa concentrou a maior parte dessa grana, com captação de R$ 709 bilhões.
De modo geral, essa bonança atingiu a maior parte dos ativos dentro da classe. Com exceção do CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio) e do Fiagro, todos tiveram aumento da captação em 2024.
Dois investimentos despontaram em relação aos pares: as debêntures, que receberam o dobro de aportes em comparação com o ano anterior, e o FIDCs, que cresceram 86,1%.
Enquanto as debêntures são o instrumento mais conhecido e mais usado pelas companhias maiores, os FIDCs funcionam como uma “porta de entrada”, para as pequenas empresas debutarem no mercado de capitais, explica Guilherme Maranhão.
Os dois ativos também se destacaram em outro indicador da Anbima: o número de operações.
Os FIDCs foram responsáveis por 31,3% delas, e as debêntures, por 21,6%. Logo em seguida vieram os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), que representaram 20,2% das operações.
Nesse contexto, vale destacar que são os FIDCs de “menor porte” que têm movimentado fortemente o mercado de capitais. 82% das operações encerradas em 2024 tinham volume de até R$ 100 milhões, reforçando a perspectiva apresentada por Maranhão de que esses são instrumentos majoritariamente usados por pequenas empresas.
Forte investimento em infraestrutura
Os dados de 2024 da Anbima também confirmam uma informação já bem conhecida no mercado brasileiro: o investidor pessoa física gosta de investimentos isentos de Imposto de Renda.
Prova disso é que as debêntures incentivadas – isentas de IR, voltadas para o setor de infraestrutura – tiveram 9,7% da captação vinda de pessoas físicas, contra apenas 0,6% das debêntures corporativas (não isentas).
- Em termos de volume, a cada R$ 4 captados via debêntures, R$ 1 foi para o setor de infraestrutura.
Vale destacar, no entanto, que muitos investidores se posicionam nas debêntures não isentas através de fundos de investimento. Os fundos foram responsáveis por mais da metade dos aportes nesses títulos de crédito.
Na explicação de Maranhão, isso é “justificado pelo cenário macroeconômico e pela captação forte que esses fundos tiveram, com muito dinheiro para alocar ao longo de 2024.”
No mercado secundário, a negociação de debêntures também foi expressiva, com aumento de 59,2% no volume total.
Os setores que lideraram essas captações continuaram sendo os já tradicionais na indústria: energia, transporte e logística, saneamento e financeiro, por serem os “mais maduros” e os que o investidor está mais acostumado.
No entanto, vale destacar que todos os setores conseguiram captar mais, demonstrando que o mercado de capitais está aquecido.
Captação ‘morna’ na renda variável
A ausência de IPOs na bolsa é atribuída ao cenário macroeconômico hostil, com juros mais altos, na visão do presidente do Fórum de Estruturação de Mercado de Capitais da Anbima.
Ele vislumbra uma dinâmica parecida para 2025. “O macro ainda não tem colaborado para esse tipo de emissão”, justifica.
Quanto aos follow-ons de 2024, as emissões totalizaram R$ 25 bilhões, uma queda de 20% em relação a 2023.
O gráfico abaixo mostra bem o “declínio” das captações tanto em follow-ons quanto IPOs desde 2019:

Já as emissões no mercado externo recuperaram um pouco do fôlego, com captação superior a US$ 20 bilhões no ano – um nível bem melhor do que nos últimos dois anos.
Maranhão acredita que 2025 será um ano forte para esse segmento, com mais emissões e novos emissores estreando, já que esse tipo de captação é uma alternativa para as empresas que “suaviza a volatilidade no mercado local”.
Quina faz um novo milionário; Lotofácil e Dia de Sorte também têm ganhadores
Enquanto a Quina, a Lotofácil e a Dia de Sorte fizeram a festa dos apostadores, a Mega-Sena e a Timemania acumularam nos sorteios da noite de quinta-feira (4).
Mercado aposta em corte da Selic em janeiro, mas sinais do Copom indicam outra direção, diz Marilia Fontes, da Nord
Para a sócia da Nord, o BC deve manter a postura cautelosa e dar sinais mais claros antes de fazer qualquer ajuste
Fundos de pensão que investiram em títulos do Banco Master entram na mira da Justiça em meio a irregularidades nos investimentos
Investigações apontam para aplicações financeiras fora dos protocolos adequados nos casos dos fundos Amazonprev, Rioprevidência e Maceió Previdência
Time sensação do Campeonato Brasileiro, Mirassol arrecada o equivalente a um terço do orçamento municipal
Sensação do Brasileirão, o Mirassol arrecadou cerca de um terço do orçamento municipal e levou a pequena cidade paulista ao cenário internacional com a vaga na Libertadores
Joesley Batista viajou para a Venezuela para pedir renúncia de Maduro: qual o interesse da JBS e da J&F no país?
Joesley Batista tem relações com o presidente Donald Trump e pediu pelo fim das tarifas sobre a carne. A JBS também tem negócios nos Estados Unidos
Lotomania e Super Sete aproveitam bola dividida na Lotofácil e pagam os maiores prêmios da noite nas loterias da Caixa
Lotofácil manteve a fama de loteria “menos difícil” da Caixa, mas cedeu os holofotes a outras modalidades sorteadas na noite de quarta-feira (3).
Alerta Selic: o que pode impedir o BC de cortar os juros, segundo Mansueto Almeida, economista-chefe do BTG Pactual
A projeção do banco é que a Selic encerre 2025 em 15% e que os cortes comecem de forma gradual em janeiro, alcançando 12% ao final de 2026
Ibovespa a 300 mil pontos? ASA vê a bolsa brasileira nas alturas, mas há uma âncora à vista
Em um cenário dúbio para 2026, os executivos da instituição financeira avaliam o melhor investimento para surfar um possível rali e ainda conseguir se proteger em um ambiente negativo
Segundo carro elétrico mais vendido do Brasil atinge marca histórica de vendas no mundo
Hatch elétrico chinês atinge marca histórica em apenas quatro anos e reforça a estratégia global da BYD no mercado de veículos eletrificados
Retrospectiva Spotify 2025: Bad Bunny lidera o mundo e dupla sertaneja domina o Brasil (de novo); veja como acessar o seu Wrapped
Plataforma divulga artistas, álbuns e músicas mais ouvidos do ano e libera função Wrapped para todos os usuários
De bailarina a bilionária mais jovem do mundo: a trajetória da brasileira que construiu uma fortuna aos 29 anos sem ser herdeira
A ascensão de Luana Lopes Lara à frente da Kalshi mostra como a ex-bailarina transformou formação técnica e visão de mercado em uma fortuna bilionária
Daniel Vorcaro — da ostentação imobiliária à prisão: o caso da mansão de R$ 460 milhões em Miami
A mansão de R$ 460 milhões comprada por Daniel Vorcaro em Miami virou símbolo da ascensão e queda do dono do Banco Master, hoje investigado por fraudes
Lotofácil 3552 faz os primeiros milionários de dezembro nas loterias da Caixa; Mega-Sena e Timemania encalham
A Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores na faixa principal na noite de terça-feira (2). A Dia de Sorte saiu para um bolão na região Sul do Brasil.
Banco Master: Ministério Público quer Daniel Vorcaro de volta à prisão e TRF-1 marca julgamento do empresário
Uma decisão de sábado soltou Vorcaro e outros quatro presos na investigação do Banco Master
Qual signo manda na B3? Câncer investe mais, Libra investe melhor — e a astrologia invade o pregão
Levantamento da B3 revela que cancerianos são os que mais investem em ações, mas quem domina o valor investido são os librianos
BC Protege+: Como funciona a nova ferramenta do Banco Central que impede a abertura de contas não autorizadas
Nova ferramenta do Banco Central permite bloquear a abertura de contas em nome do usuário e promete reduzir fraudes com identidades falsas no sistema financeiro
CNH sem autoescola: com proposta aprovada, quanto vai custar para tirar a habilitação
Com a proposta da CNH sem autoescola aprovada, o custo para tirar a habilitação pode cair até 80% em todo o país
A palavra do ano no dicionário Oxford que diz muito sobre os dias de hoje
Eleita Palavra do Ano pela Oxford, a expressão “rage bait” revela como a internet passou a usar a raiva como estratégia de engajamento e manipulação emocional
Não tem para ninguém: Lotofácil, Quina e demais loterias da Caixa entram em dezembro sem ganhadores
Depois de acumular no primeiro sorteio do mês, a Lotofácil pode pagar nesta terça-feira (2) o segundo maior prêmio da rodada das loterias da Caixa — ou o maior, se ela sair sem que ninguém acerte a Timemania
Tema de 2026 será corte de juros — e Galapagos vê a Selic a 10,5% no fim do próximo ano
No Boletim Focus desta semana, a mediana de projeções dos economistas aponta para uma Selic de 10,5% apenas no final de 2027
