Cade determinará as obrigações de big techs com faturamento acima de R$ 5 bilhões no Brasil
Projeto de lei prevê que o órgão fará a designação das plataformas com base em critérios qualitativos e quantitativos

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode passar a ter mais uma responsabilidade: determinar obrigações para as plataformas das big techs com faturamento anual acima de R$ 5 bilhões no Brasil.
O órgão antitruste passará a designar quais plataformas terão relevância sistêmica nos mercados digitais e a impor obrigações especiais a essas empresas, de acordo com projeto de lei enviado, nesta quarta-feira (17), à Câmara dos Deputados.
Elaborado pelo Ministério da Fazenda em conjunto com a Casa Civil, o projeto prevê que o Cade fará a designação das plataformas com base em critérios qualitativos e quantitativos.
- VEJA TAMBÉM: Descubra como os gigantes do mercado estão investindo: o podcast Touros e Ursos traz os bastidores toda semana; acompanhe aqui
Entre os parâmetros, está um piso mínimo de faturamento: acima de R$ 5 bilhões anuais no Brasil e R$ 50 bilhões em nível global.
O governo afirma que a definição será feita caso a caso, por meio de processo administrativo e ficará sujeita à aprovação do tribunal do Cade.
Como será feita a definição do Cade?
O diretor de Programa da Secretaria de Reformas Econômicas da Fazenda, Alexandre Ferreira, estima que sejam designadas de cinco a 10 plataformas que operam no Brasil.
Leia Também
De acordo com ele, uma série de fatores poderá ser usada para a definição, como:
- número de usuários;
- posição estratégica para o desenvolvimento de negócios de terceiros;
- presença em mercados de múltiplos lados;
- integrações verticais (controle de diferentes etapas da cadeia de produção);
- acesso a grande volume de dados;
- poder de mercado associado a efeitos de rede.
Está prevista também a criação da Superintendência de Mercados Digitais (SMD), unidade especializada no Cade para tratar dos novos procedimentos relacionados às plataformas de relevância sistêmica em mercados digitais.
A nova unidade do órgão concorrencial será responsável por monitorar mercados digitais, instruir os processos de designação de agentes econômicos e de determinação de obrigações especiais, submetendo-os ao tribunal do Cade, além de observar o cumprimento das obrigações e investigar possíveis violações.
Necessidade de instrumentos de atuação
Ao Broadcast, o atual presidente do Cade, Gustavo Augusto Lima de Freitas, disse que as rápidas mudanças trazidas pelo avanço da inteligência artificial (IA) e da economia digital têm criado a necessidade de as autoridades de defesa da concorrência reverem seus instrumentos de atuação em todo o mundo.
"O nosso foco será proteger o bem-estar do consumidor e garantir que a competição no mercado digital se dê de uma forma justa e equilibrada", afirmou Gustavo Augusto.
Na avaliação de Joyce Honda, sócia da área concorrencial do Cescon Barrieu, o projeto de lei que pretende conferir novos poderes ao Cade reflete uma tendência internacional de fortalecimento da regulação antitruste envolvendo big techs.
A União Europeia, por exemplo, já implementou o Digital Markets Act (DMA), que impõe obrigações específicas às plataformas consideradas "gatekeepers", enquanto no Reino Unido a Competition and Markets Authority (CMA) recebeu poderes para regular plataformas digitais detentoras de poder de mercado estratégico em determinadas atividades.
"No Brasil, o Cade já tem histórico de atuação sólido no combate a práticas anticompetitivas em diversos setores da economia e deve ganhar ainda mais relevância com a criação de uma unidade especializada em mercados digitais, consolidando uma atuação que combina medidas repressivas e mecanismos preventivos", afirmou a advogada.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Golpe da confirmação de compra: saiba como se proteger e o que fazer caso seja vítima
Criminosos usam falsas centrais de atendimento para aplicar o “golpe da confirmação de compra”; veja como ele funciona, como se proteger e o que fazer se cair na armadilha
Quina e +Milionária acumulam; Mega-Sena pode pagar R$ 33 milhões hoje
Além da Lotofácil, da Quina e da +Milionária, a Caixa sorteou ontem os números da Lotomania, da Dupla Sena e da Super Sete
Lotofácil 3489 faz novo milionário na mesma lotérica que pagou prêmio de 7 dígitos há pouco tempo
Enquanto isso, mesmo sem ter acumulado ontem, a Lotofácil promete um prêmio mais alto que de costume no sorteio programado para hoje à noite
Bolsa Família setembro 2025: pagamento para NIS final 2 acontece nesta quinta-feira (18)
Beneficiários com NIS final 2 recebem hoje o Bolsa Família; programa prevê repasse mínimo de R$ 600 por família, além de benefícios adicionais
Copom mantém Selic em 15% ao ano pela segunda vez e descarta pressa em baixar os juros, mesmo após corte nos EUA
A decisão era amplamente esperada e acende o debate sobre a intensidade dos sinais que a economia deve dar para o BC ver espaço para cortes
Tarifaço de Trump ainda segura popularidade de Lula, e agora maioria dos brasileiros acredita que Bolsonaro participou de trama golpista
Levantamento da Genial/Quaest também mostra que 64% do eleitorado consideram certa a defesa da soberania nacional por Lula
Terremotos no Brasil são menos incomuns do que imaginamos — e os tremores sentidos em BH são prova disso
Dois abalos de baixa magnitude atingiram a Grande Belo Horizonte na noite de terça-feira; especialistas explicam por que pequenos tremores são comuns no Brasil
Oncoclínicas (ONCO3) fará aumento de capital de até R$ 2 bilhões — mas não quer nem saber da proposta de reestruturação da Starboard
O conselho de administração da Oncoclínicas aprovou um aumento de capital privado de até R$ 2 bilhões
Bolsa Família: veja o calendário completo de pagamentos para setembro de 2025, quem tem direito e como sacar
A Caixa começa a pagar nesta quarta-feira (17) o benefício do Bolsa Família de setembro; parte dos beneficiários também recebe o auxílio gás
Aposta simples fatura sozinha prêmio de mais de R$ 11 milhões na Quina 6828
Depois de acumular por sete sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio da noite de terça-feira entre as loterias da Caixa
Horário de verão vai voltar? O que se sabe até agora
Horário de verão volta ao debate: governo avalia se vale adiantar os relógios para aliviar a rede elétrica
Copom não tem pressa para cortar a Selic e não deve antecipar seus próximos passos, diz economista do Itaú
Fernando Gonçalves acredita que o corte só deve vir em 2026 e que atividade e inflação não melhoraram o suficiente
Mega-Sena 2915 acumula e prêmio vai a R$ 33 milhões; Lotofácil 3488 deixa dois ‘quase vizinhos’ mais próximos do primeiro milhão
Ao contrário do que aconteceu na segunda-feira, a Lotofácil não foi a única loteria a ter vencedores na faixa principal ontem
Última chamada para Selic de 15% ao ano? Como corte de juros pelo Fed pode redesenhar a estratégia de investimentos em renda fixa e ações
Juros no Brasil não devem mudar nesta Super Quarta, mas a virada na estratégia de investimentos pode começar muito antes do ajuste pelo Copom
Ações de duas elétricas estão com ‘descontos excessivos’, segundo banco Safra; saiba quais são e se é hora de comprar
Para a instituição financeira, Energisa e Equatorial têm “a faca e o queijo na mão”, mas uma dessas ações é a preferida
Eleições 2026 limitam até onde a Selic pode cair, diz economista-chefe do BNP Paribas
Para Fernanda Guardado, parte da desancoragem das expectativas de inflação se deve à incerteza quanto à responsabilidade fiscal do próximo governo
Fortuna familiar e filantropia: a história por trás da primeira mulher norte-americana a superar US$ 100 bilhões
Herdeira do Walmart, Alice Walton se torna centibilionária e consolida sua posição como a mulher mais rica do mundo
Super Quarta vem aí: corte de juros nos EUA abre espaço para o Copom cortar a Selic?
Luís Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, fala sobre o início do ciclo de afrouxamento monetário nos EUA e o debate sobre os efeitos no Brasil
Por que a Cogna (COGN3) quer fechar o capital da Vasta e tirar as ações da subsidiária de Wall Street
A companhia tem intenção de realizar uma oferta para aquisição de até 100% das ações da controlada Vasta na Nasdaq; entenda
Banco do Brasil já salta 18% desde as mínimas na B3. Com ajuda do governo e do BC, a ação BBAS3 pode reconquistar os R$ 30?
Depois de chegar a ocupar lugar de destaque entre os papéis menos queridos pelos investidores na B3, o Banco do Brasil (BBAS3) pode voltar aos tempos de ouro?