Alternativa ao IOF: investimento em ações também pode estar na mira do governo; veja o que se sabe até agora
Por ora, todas as medidas aventadas vão na direção de aumentar as receitas do governo – nada de cortar gastos foi adiante nas negociações entre a equipe econômica e os líderes do Congresso, que se reuniram durante horas na noite neste domingo (08)

Começaram a pipocar nesta segunda-feira (09) notícias e rumores de medidas em estudo pelo governo para substituir a alta do IOF, que gerou tanta polêmica no mercado, bem como no setor produtivo e no meio político.
Mas, por ora, todas as medidas aventadas vão na direção de aumentar as receitas do governo – nada de cortar gastos foi adiante nas negociações entre a equipe econômica e os líderes do Congresso, que se reuniram durante horas na noite neste domingo (08).
Quem ganha dinheiro investindo em ações também pode estar na mira do governo para novas taxas, segundo apuração divulgada pela agência de notícias Bloomberg.
- VEJA MAIS: Você está preparado para ajustar sua carteira este mês? Confira o novo episódio do “Onde Investir” do Seu Dinheiro
Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, planeja aumentar o imposto de renda sobre o ganho com ações dos atuais 15% para 17,5%.
A expectativa é que o pacote completo seja apresentado novamente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira (10) pela manhã, para que ele possa validar cada uma das propostas.
O que já foi confirmado por Haddad
Algumas medidas negociadas pelo governo com os líderes do Congresso já foram confirmadas pelo ministro da Fazenda, que falou com a imprensa ao sair da reunião na noite de domingo.
Leia Também
Uma delas é a taxação em 5% das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), que hoje são isentas de impostos.
"Os títulos deixarão de ser isentos, mas continuarão bastante incentivados. A isenção criava distorções, inclusive na rolagem da dívida pública. A diferença de zero, como é hoje, para 17,5%, de outros títulos, vai ser reduzida. Vai ser 5%. Todos os isentos passarão a ter essa cobrança", afirmou Haddad.
Outras medidas confirmadas foram a taxação das bets (que deve subir de 12% para 18% do rendimento bruto das apostas), além da eliminação da alíquota mínima de 9% de CSLL (Contribuição sobre o Lucro Líquido) cobrada de fintechs.
- VEJA TAMBÉM: Onde estão as maiores oportunidades de investimento da bolsa para o mês? Confira todas as indicações aqui
Outra mudança está relacionada ao risco sacado, uma modalidade de crédito em que bancos antecipam valores para varejistas que venderam a prazo. "O risco sacado vai ser o IOF mais afetado pela MP. A parte fixa do risco sacado desaparece e foi recalibrada a cobrança do diário para manter coerência com todo o sistema de crédito da forma como ele é tributado hoje", disse Haddad.
O ministro afirmou que o governo vai apresentar, em paralelo, medidas para reduzir em 10% os gastos tributários infraconstitucionais, além de propostas para cortar despesas primárias, que serão fruto de uma nova reunião.
Além de LCA e LCI: o que mais pode ser taxado
Segundo fontes do governo ouvidas pelo jornal Valor Econômico e pelo site da Exame, os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e as debêntures incentivadas também devem ser tributadas em 5%.
O governo também estaria pensando em matar a tabela regressiva válida para títulos de renda fixa e fundos de investimento sujeitos ao come-cotas. É o caso de CDBs, títulos públicos, fundos de renda fixa e multimercados.
- LEIA TAMBÉM: Ferramenta te mostra uma projeção de quanto é necessário investir mensalmente na previdência privada. Simule aqui
Segundo apurações da Reuters e do Broadcast, serviço de notícias em tempo real do grupo Estado, a tabela seria substituída por uma alíquota única de 17,5%, válida para todos os prazos de aplicação.
Hoje, a tributação sobre esses investimentos varia de 22,5%, para prazos inferiores a seis meses, a 15%, para prazos superiores a dois anos.
Correção de rota após anúncio desastrado
No dia 22 de maio, o governo havia anunciado o aumento do IOF sobre operações de crédito, câmbio, seguros e investimentos. O objetivo era aumentar a arrecadação federal em R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.
Com a reação negativa do mercado, no mesmo dia o governo recuou e revogou o aumento do IOF sobre investimentos em fundos no exterior, além de ter reduzido a alíquota sobre as remessas para o exterior com fins de investimento.
Porém, o mal-estar e a pressão sobre o governo e a equipe econômica se estenderam por dias. Entidades empresariais manifestaram-se publicamente contra a medida, e parlamentares passaram a buscar a derrubada da decisão do IOF no Congresso.
- VEJA TAMBÉM: O Lifestyle do Seu Dinheiro quer te manter bem-informado sobre as principais tendências de comportamento e consumo em uma newsletter especial
Haddad reuniu-se com os presidentes da Câmara e do Senado negociando potenciais alternativas ao aumento de impostos. Foi dado ao ministro o prazo de 10 dias para anunciar um plano B.
Na segunda-feira passada (2), Haddad passou a falar em consenso entre o Executivo e o Congresso para apresentar propostas de mudanças estruturais, em vez de um aumento de impostos paliativo.
Na terça (3), as propostas foram apresentadas ao presidente Lula. Após este encontro, Haddad anunciou que haveria um encontro com as lideranças partidárias no domingo (8) para debater o plano.
* Com informações de Estadão Conteúdo
Alckmin negocia com o governo dos EUA e indica que pauta de minérios críticos pode avançar; confira os próximos passos
Vice-presidente brasileiro se reuniu no sábado (19) com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick
INSS começa a reembolsar hoje os valores descontados de aposentados e pensionistas; saiba como receber
A condição primordial para ter acesso aos valores é aderir ao acordo proposto pelo governo federal
Apesar do ataque de Trump, Pix estreia em larga escala nos EUA e promete facilitar compras de brasileiros na Flórida e em Nova York
Sistema de pagamentos instantâneo chega às maquininhas da gigante Verifone; turistas brasileiros poderão pagar em real, e o lojista recebe em dólar
Alerta de segurança no Pix: CNJ comunica vazamento de dados de mais de 46 milhões de chaves
Dados do Pix expostos não permitem fazer movimentações ou transferências financeiras nem acessar contas bancárias, garantiu o BC
BB já desembolsou R$ 6,2 bilhões em financiamentos agropecuários via Plano Safra
Plano Safra 2025/2026 foi anunciado em 1º de julho e se estende até 30 de junho do ano que vem.
Lotofácil mantém fama de generosa e entrega bolada milionária a duas apostas vencedoras
Não deu outra: a Lotofácil premiou de novo e manteve viva a tradição de encher as contas bancárias dos brasileiros. No sorteio desta quarta-feira (23), duas apostas feitas em bolões cravaram os 15 números e garantiram juntas a bolada de quase R$ 7 milhões. Os jogos vencedores foram registrados em Guarulhos (SP) e Teresina (PI), […]
Dos roubos de Ozempic aos resultados fracos: o que deu errado para a RD Saúde, antiga Raia Drogasil (RADL3)?
As ações RADL3 registraram a maior queda do Ibovespa no primeiro semestre e já caem 34% no acumulado do ano; analistas explicam como o papel foi parar nessa situação
Brasil deve se tornar emergente mais endividado nos próximos anos, diz Fitch; mas há espaço para recuperar grau de investimento
Agência de risco avalia cenário macroeconômico, projeções de dívida e os desafios políticos que impedem o avanço do país rumo ao grau de investimento
Menos cortes, mais dúvidas: governo reduz bloqueio no Orçamento e aposta em receitas incertas, mas mercado vê riscos nas entrelinhas
A arrecadação esperada com leilão de petróleo em áreas do pré-sal foi o principal motivo para a revisão da arrecadação
Lotofácil: uma aposta fatura sozinha o prêmio milionário — e pode ter sido você; Mega-Sena e Quina acumulam outra vez
Enquanto a Quina e a Mega-Sena emperraram, a Lotofácil registrou um vencedor ontem. Confira os números sorteados nas principais loterias da Caixa Econômica Federal
Paul Krugman vê no Pix o que as criptomoedas prometeram e não entregaram
Ganhador do prêmio Nobel de Economia destaca como o sistema de pagamentos brasileiro se tornou referência global e avalia as barreiras para sua adoção nos EUA
Fed deve manter juros em 2025, e dólar pode cair mais 10%, diz Morgan Stanley
Seth Carpenter, economista-chefe do banco, alerta para efeito inflacionário das tarifas de Trump e vê espaço para mercados emergentes
14 apostas vencem a Lotofácil, mas era tanta gente que ninguém ficou milionário — e até a Lotomania pagou mais aos ganhadores
Ao todo, 14 jogos cravaram as 15 dezenas sorteadas no concurso 3448 da loteria “menos difícil” da Caixa Econômica Federal; veja os números que correram ontem
INSS começa a devolver valores descontados de aposentados e pensionistas nesta quinta-feira (24); veja quem tem direito e como receber
Mais de 600 mil pessoas já aderiram ao acordo com o governo; pagamentos serão feitos com correção pela inflação oficial
Ministro de Minas e Energia ameaça ir à Justiça contra jabutis em MPs do setor elétrico
Alexandre Silveira quer barrar medidas que encarecem a conta de luz, manter a Tarifa Social e pressiona a Petrobras por nova redução nos preços
Sem negociações entre Brasil e EUA? Haddad já alerta para risco do silêncio de Trump sobre tarifas de 50%
O ministro da Fazenda também opinou sobre a justificativa política para a taxa de 50% contra os produtos brasileiros importados pelos EUA
Agenda econômica: começa a temporada de balanços 2T25; inflação, juros e big techs também devem agitar o mercado
Balanços começam a ditar o ritmo do mercado, mas IPCA-15, Fed, decisão de juros na Europa e uma bateria de indicadores completam a agenda dos próximos dias; confira o que esperar desta semana
Banco do Brasil (BBAS3) em dobro, Bitcoin (BTC) e Petrobras (PETR4) como distribuidora: confira as notícias mais lidas da semana
Banco estatal está sob os holofotes e emplacou duas matérias nas mais lidas da semana, ao lado das criptomoedas, que tiveram uma semana importante
Como os fundos de pensão brasileiros estão lidando com a pauta sustentável — e por que isso mexe com o seu bolso
Grandes entidades já incorporam critérios ESG nas decisões de investimento, mas o setor enfrenta desafios de métricas, dados confiáveis e disseminação entre as entidades menores
Alexandre de Moraes barra cobrança retroativa de IOF após suspensão de decreto; entenda a decisão
O governo quis subir as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) por decreto. O Congresso reagiu, o Supremo Tribunal Federal (STF) entrou no meio. E, no fim das contas, a última palavra foi do ministro Alexandre de Moraes. Ele confirmou nesta sexta-feira (18) que o IOF não pode ser cobrado pela Receita Federal durante […]