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Guilherme Castro Sousa

TERRA SEM LEI

Regulação das stablecoins trava no Senado dos EUA e Federal Reserve emite novo alerta sobre riscos

Projeto batizado de GENIUS Act travou no Senado em meio a embate entre democratas e republicanos após controvérsias envolvendo Donald Trump, sua família e o mercado cripto

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Imagem: Edição Canva Pro

Enquanto o mercado de criptomoedas tira uma folga das pressões macroeconômicas, o cenário regulatório nos Estados Unidos voltou a esquentar. A esperada lei das stablecoins — que estabeleceria regras claras para o segmento — travou no Senado norte-americano e não conseguiu avançar na última semana.

Nesta segunda-feira (12), expirou o prazo para apresentação de uma moção de reconsideração, um procedimento que poderia reverter a derrota da proposta. Nenhum senador protocolou o pedido. No entanto, senadores republicanos ainda têm esperança de que um acordo com a oposição possa reverter o cenário.

O projeto, batizado de GENIUS Act, tinha como objetivo estabelecer uma base regulatória para as criptomoedas lastreadas em dólar e criar um arcabouço para fomentar a inovação no setor de ativos digitais. Mas acabou barrado em meio ao crescente envolvimento do presidente Donald Trump e de sua família em empreendimentos lucrativos ligados ao universo cripto.

Um dos episódios mais recentes que provocou escândalo entre os democratas ocorreu no fim de abril, quando Eric Trump, filho do presidente dos EUA, anunciou que a stablecoin USD1 — criada pela World Liberty Financial, empresa ligada à família Trump — será utilizada em um investimento de US$ 2 bilhões do fundo estatal MGX, de Abu Dhabi, na corretora de criptomoedas Binance.

E, como se não bastasse o impasse legislativo, o Federal Reserve (Fed) entrou em cena com um novo alerta. O banco central norte-americano apontou os riscos associados às stablecoins emitidas por instituições não bancárias e sugeriu a necessidade de medidas regulatórias.

Mesmo diante do ambiente político conturbado, o mercado cripto segura boa parte dos ganhos acumulados nos últimos dias. Por volta das 14h, segundo dados do CoinMarketCap, o bitcoin (BTC) mantinha a cotação em US$ 103 mil, enquanto outros ativos digitais relevantes exibiam ganhos de dois dígitos nos últimos sete dias — com destaque para o ethereum (ETH), que saltou 42,87%.

Confira o desempenho das dez maiores criptomoedas do mundo hoje:

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#Nome (Símbolo)Preço (USD)24h %7d %YTD %Market Cap (USD)
1Bitcoin (BTC)US$ 103.379,900,36%6,71%10,69%US$ 2,05 tri
2Ethereum (ETH)US$ 2.590,110,40%42,87%22,25%US$ 312,70 bi
3Tether (USDT)US$ 1,000,00%0,01%0,22%US$ 150,37 bi
4XRP (XRP)US$ 2,550,30%20,70%9,97%US$ 149,54 bi
5BNB (BNB)US$ 651,881,40%8,84%7,73%US$ 91,84 bi
6Solana (SOL)US$ 176,520,55%21,54%8,95%US$ 91,72 bi
7USDC (USDC)US$ 1,000,01%0,02%0,00%US$ 60,68 bi
8Dogecoin (DOGE)US$ 0,233,00%36,40%28,53%US$ 34,60 bi
9Cardano (ADA)US$ 0,811,87%21,69%12,20%US$ 28,45 bi
10TRON (TRX)US$ 0,282,30%11,78%7,88%US$ 26,22 bi
Fonte: CoinMarketCap

Trump, criptoativos e o racha político

O avanço de Trump no universo das criptomoedas elevou a temperatura em Washington. A frente bipartidária que vinha sustentando o projeto  GENIUS Act rachou com força, especialmente entre os democratas. A senadora Elizabeth Warren, principal voz democrata no Comitê Bancário do Senado, passou a liderar uma nova linha de oposição ao projeto.

Warren defende o uso da proposta como instrumento para proibir que um presidente em exercício lucre com ativos digitais, uma reação direta às movimentações milionárias de Trump e sua família no setor.

“A rejeição da proposta representa um revés significativo, que agora enfrenta um futuro mais incerto”, afirmou Caio Barbosa, CEO da Lumx, empresa brasileira especializada em infraestrutura para stablecoins, em publicação no LinkedIn.

Segundo Barbosa, disputas internas — especialmente em torno de segurança nacional e combate à lavagem de dinheiro — minaram a aliança bipartidária. Parte dessas tensões, diz ele, pode estar relacionada ao tarifaço promovido por Trump, que redesenhou as alianças políticas nos bastidores do Congresso.

“Sem um quadro regulatório claro, o mercado de stablecoins permanece vulnerável a regulamentações fragmentadas e insegurança jurídica”, acrescentou o executivo.

Apesar do revés, o projeto ainda pode ser retomado — embora em condições mais difíceis. Integrantes do Partido Republicano acreditam que ainda existem brechas processuais que poderiam permitir a volta do debate, caso se construa uma nova ponte de diálogo com os democratas.

Fed liga o alerta para stablecoins não bancárias

Enquanto isso, o Comitê Consultivo de Instituições de Depósito Comunitárias (CDIAC), vinculado ao Fed, emitiu um alerta sobre os riscos sistêmicos das stablecoins fora do alcance da regulação tradicional.

O comitê ressaltou que ativos digitais emitidos por entidades não bancárias, se deixados sem supervisão, podem levar a cenários de corrida bancária, com impacto potencial tanto para o sistema financeiro tradicional quanto para exchanges e plataformas do ecossistema cripto.

A recomendação do CDIAC é a integração dessas moedas aos marcos regulatórios existentes, como forma de neutralizar riscos e garantir estabilidade ao sistema.

“As stablecoins têm um apelo significativo, mas devemos priorizar a regulamentação adequada para garantir a estabilidade de nossos sistemas financeiros”, afirmou Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, em declaração anterior.

Além disso, o relatório do comitê destacou que a expansão desenfreada dessas moedas pode reduzir a capacidade de empréstimos dos bancos, sobretudo os voltados a operações locais e de menor escala. Sem exigências semelhantes de liquidez, as stablecoins poderiam prejudicar a oferta de crédito no sistema bancário tradicional.

*Com informações do Money Times

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