Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
À medida que nos aproximamos de um novo ciclo doméstico de afrouxo monetário, somos lembrados das experiências análogas dentro do histórico (últimos 25 anos) de adoção do regime de metas de inflação.
O que esperar quando estamos esperando?
Em geral, podemos dizer que o mercado subestima sistematicamente os ciclos de cortes de juros no Brasil.
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Há inclusive um cálculo médio para esse undershooting, da ordem de -200 bps, embora sua variância seja muito sensível ao tamanho total dos ajustes feitos pelo Copom.
No entanto, conforme dizia nosso querido Prof. Paulo Tenani: “tome cuidado quando você encontra uma oportunidade de arbitragem no mercado!”.
Afinal, aquilo que investidores naive veem como arbitragem normalmente é apenas a boa & velha cobrança de um prêmio por risco.
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Este prêmio por risco sugere mais ou menos a seguinte provocação: “ei bonitão, o Copom não fez ainda nem sequer seu primeiro corte, e você já está querendo considerar o ciclo por inteiro?”.
Inclusive, uma coisa pode ser extremamente elástica em relação à outra, já que a data postergada do primeiro corte (e.g. de janeiro para março), diante de um carry fortemente contracionista, promove uma alavancagem brutal sobre o ajuste completo.
Ademais, o prêmio por risco embute em si também uma explicação institucional, associada ao próprio track record do regime conduzido no Brasil “moderno”.
Selic: pisar no acelerador ou dar um cavalo de pau?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
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Poderíamos também argumentar que eventuais equívocos ocorrem para os dois lados, para o bem ou para o mal. Contudo, esse balanço é claramente assimétrico. Pisar no acelerador é mais fácil do que dar o cavalo de pau.
Isso dito, cabe reconhecer que o mercado não é necessariamente ineficiente por subestimar os ciclos de afrouxo no Brasil.
Agora, isso também não significa que a racionalidade cautelosa do mercado neutralize os ganhos possíveis a partir do cenário atual.
Somos remunerados muito mais por tomar riscos na direção que se provou correta do que por explorar raras oportunidades de arbitragem.
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