🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

O Brasil entre o impulso de confrontar e a necessidade de negociar com Trump

Guerra comercial com os EUA se mistura com cenário pré-eleitoral no Brasil e não deixa espaço para o tédio até a disputa pelo Planalto no ano que vem

5 de agosto de 2025
6:27
Em um fundo de gráfico, Donald Trump está do lado esquerdo, vestido terno azul e camisa branca. Do lado direto, Lula está com o dedo na boca. Ele veste terno azul e camisa branca também.
Os presidentes dos EUA, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. - Imagem: Montagem Seu Dinheiro/ Canva Pro

A última semana foi marcada por uma combinação particularmente densa de fatores — geopolítica, dados econômicos e tensões sobre a condução da política monetária — que mantiveram os mercados em constante estado de alerta. Nos EUA, o relatório de empregos muito abaixo do esperado reacendeu com força as apostas em cortes de juros, com parte do mercado já precificando até três reduções ainda em 2025.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O dado fraco, por si só, já seria suficiente para alterar o humor dos investidores, mas o contexto político adicionou ruído extra: a saída de Adriana Kugler do Federal Reserve abre caminho para mais uma nomeação de Trump ao comitê, enquanto a demissão da comissária do Bureau of Labor Statistics, Erika McEntarfer, logo após a divulgação do payroll, foi lida como interferência direta na tecnocracia econômica — um gesto preocupante que fragiliza a confiança nas instituições (péssimo sinal de credibilidade).

Do lado do Brasil, a principal frente de atenção veio do campo comercial.

Com o tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras prestes a entrar em vigor nesta quarta-feira, Donald Trump indicou abertura para dialogar com Lula, sinalizando uma rara oportunidade de contenção diplomática em meio ao aumento da temperatura bilateral.

Alguns produtos estratégicos — como suco de laranja, aeronaves e fertilizantes — escaparam, o que reduziu o impacto, mas o ambiente entre Brasil e EUA segue instável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mais do que isso, cresce o risco de ruído na comunicação do governo brasileiro.

Leia Também

Justamente quando o bom senso recomendaria discrição e pragmatismo, Lula voltou a adotar um tom provocador em relação aos EUA, durante discurso no encontro nacional do PT, em Brasília.

A retórica inflamada — que pode agradar a militância — soa, neste contexto, como uma escolha mal calibrada, que dificulta a abertura de um canal efetivo de negociação.

Para piorar, a tensão foi agravada com a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, o que adiciona mais um ingrediente de instabilidade política interna ao ambiente já contaminado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Seguir escalando o conflito é tudo que o Brasil não precisa.

Agora, o governo prepara um novo pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão — movimento que, mais uma vez, pode deixar o mercado às voltas com sinais ambíguos e declarações imprecisas.

Seguimos presos em uma ciranda populista, com o lulopetismo à esquerda e o bolsonarismo à direita, ambos empenhados em interditar qualquer debate sério sobre as fragilidades estruturais do país — a começar pela delicada situação fiscal, que permanece como o grande nó da agenda brasileira.

O cenário político se transforma em um teatro de ruído constante, em que os fatos perdem protagonismo e os símbolos ganham peso desproporcional.

Nos bastidores, há expectativa de uma conversa entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, ainda nesta semana.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O governo brasileiro tenta negociar a exclusão de produtos como cacau e manga do tarifaço de Trump — a carne bovina, por ser também produzida nos EUA, tem chances reduzidas de escapar, mas ao menos pode ter a alíquota suavizada.

Enquanto isso, Lula aproveita a oportunidade política.

A figura de um inimigo externo — neste caso, Trump — é o ingrediente perfeito para reacender um discurso nacionalista que vinha perdendo tração no Brasil. E, até aqui, o estratagema funciona.

A popularidade do presidente subiu marginalmente, mesmo que sua taxa de reprovação continue elevada: os 40% de avaliação “ruim/péssimo” permanecem intactos. É difícil de mudar isso.

Como já discutimos por aqui, os ganhos políticos têm sido pontuais, superficiais e sustentados sobre uma base frágil — que pode ceder assim que os impactos econômicos das tarifas começarem a aparecer com mais clareza para o eleitorado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Tarifas comerciais, ainda que revestidas pelo discurso de defesa da soberania nacional, carregam um histórico robusto de efeitos colaterais indesejados.

Ao desorganizar cadeias produtivas, tendem a reduzir o crescimento, corroer a competitividade e, no limite, elevar o desemprego.

O risco de deterioração do chamado “índice de miséria” — que combina inflação e desemprego — é concreto e politicamente corrosivo.

O Brasil na corda-bamba

Além disso, o Palácio do Planalto caminha sobre uma corda-bamba retórica: precisa manter viva a narrativa nacionalista sem escorregar para o populismo eleitoral explícito, justamente enquanto conduz tratativas com os americanos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O apoio circunstancial de setores como o agronegócio e segmentos do empresariado pode evaporar caso o apelo simbólico sobreponha-se à lógica econômica.

O governo do Brasil sabe disso. Persistir na escalada da guerra comercial não seria apenas imprudente — seria um erro estratégico de alto custo, inclusive cambial (o dólar não hesitaria em reagir, elevando a inflação).

No campo político, o momento ainda favorece o governo, em boa parte porque a oposição se encontra fragmentada, sem discurso claro e refém do desgaste crescente da ala mais radical do bolsonarismo.

A figura de Jair Bolsonaro e de seu entorno oferece ao lulismo o antagonista ideal. Mas esse equilíbrio é instável. Agora, com a prisão domiciliar do ex-presidente, o espaço para uma alternativa moderada em 2026 se amplia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O mercado, aliás, já começava a precificar o desconforto com um eventual quarto mandato de Lula, diante da combinação de fragilidade fiscal.

Contudo, a tendência é que, sem um rival radical no páreo, o maniqueísmo do “nós contra eles” de Lula perca potência — e que nomes mais palatáveis voltem a atrair apoio.

Nesse cenário, surgem como alternativas viáveis figuras como Tarcísio de Freitas e Ratinho Jr., ambos capazes de dialogar com a direita e o centro. Mas o caminho será longo. Se há algo certo nesse enredo, é que o roteiro até 2026 não reservará espaço para o tédio.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SEXTOU COM O RUY

Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam

14 de novembro de 2025 - 6:55

Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje

13 de novembro de 2025 - 7:57

Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?

12 de novembro de 2025 - 19:54

Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje

11 de novembro de 2025 - 8:28

Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?

11 de novembro de 2025 - 7:28

No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício

10 de novembro de 2025 - 19:57

Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje

10 de novembro de 2025 - 7:55

Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados

TRILHAS DE CARREIRA

Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas

9 de novembro de 2025 - 8:00

Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje

7 de novembro de 2025 - 8:14

Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde

SEXTOU COM O RUY

Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis

7 de novembro de 2025 - 7:03

Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR

6 de novembro de 2025 - 8:03

BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil

FII DO MÊS

É bicampeão! FII BTLG11 volta ao topo do ranking dos fundos mais recomendados em novembro — e tem dividendos extraordinários no radar

6 de novembro de 2025 - 6:03

Pelo segundo mês consecutivo, o BTLG11 garantiu a vitória ao levar quatro recomendações das dez corretoras, casas de análise e bancos consultados pelo Seu Dinheiro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Economista revela o que espera para a Selic em 2025, e ações ligadas à inteligência artificial sofrem lá fora; veja o que mais mexe com o mercado hoje

5 de novembro de 2025 - 8:04

Ibovespa renovou recorde antes de decisão do Copom, que deve manter a taxa básica de juros em 15% ao ano, e economista da Galapagos acredita que há espaço para cortes em dezembro; investidores acompanham ações de empresas de tecnologia e temporada de balanços

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O segredo do Copom, o reinado do Itaú e o que mais movimenta o seu bolso hoje

4 de novembro de 2025 - 7:50

O mercado acredita que o Banco Central irá manter a taxa Selic em 15% ao ano, mas estará atento à comunicação do banco sobre o início do ciclo de cortes; o Itaú irá divulgar seus resultados depois do fechamento e é uma das ações campeãs para o mês de novembro

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Política monetária não cede, e fiscal não ajuda: o que resta ao Copom é a comunicação

4 de novembro de 2025 - 7:10

Mesmo com a inflação em desaceleração, o mercado segue conservador em relação aos juros. Essa preferência traz um recado claro: o problema deriva da falta de credibilidade fiscal

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Inteligência artificial — Party like it’s 1998

3 de novembro de 2025 - 22:11

Estamos vivendo uma bolha tecnológica. Muitos investimentos serão mais direcionados, mas isso acontece em qualquer revolução tecnológica.

DÉCIMO ANDAR

Manter o carro na pista: a lição do rebalanceamento de carteira, mesmo para os fundos imobiliários

2 de novembro de 2025 - 8:00

Assim como um carro precisa de alinhamento, sua carteira também precisa de ajustes para seguir firme na estrada dos investimentos

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Petrobras (PETR4) pode surpreender com até R$ 10 bilhões em dividendos, Vale divulgou resultados, e o que mais mexe com seu bolso hoje

31 de outubro de 2025 - 7:58

A petroleira divulgou bons números de produção do 3° trimestre, e há espaço para dividendos bilionários; a Vale também divulgou lucro acima do projetado, e mercado ainda digere encontro de Trump e Xi

SEXTOU COM O RUY

Dividendos na casa de R$ 10 bilhões? Mesmo depois de uma ótima prévia, a Petrobras (PETR4) pode surpreender o mercado

31 de outubro de 2025 - 6:07

A visão positiva não vem apenas da prévia do terceiro trimestre — na verdade, o mercado pode estar subestimando o potencial de produção da companhia nos próximos anos, e olha que eu nem estou considerando a Margem Equatorial

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Vale puxa ferro, Trump se reúne com Xi, e bolsa bateu recordes: veja o que esperar do mercado hoje

30 de outubro de 2025 - 7:34

A mineradora divulga seus resultados hoje depois do fechamento do mercado; analistas também digerem encontro entre os presidentes dos EUA e da China, fala do presidente do Fed sobre juros e recordes na bolsa brasileira

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar