Manja debêntures? Investimento cresce mais entre pessoas físicas do que CDB e já conta com quase 500 mil investidores individuais
Dados da B3 mostram crescimento acelerado da popularidade das debêntures entre os brasileiros, atraídos pela isenção de IR das incentivadas

Com um empurrãozinho da isenção de IR, as debêntures têm se tornado investimentos cada vez mais populares entre os brasileiros.
Nesta terça-feira (05), a B3 divulgou uma comparação entre esses títulos de renda fixa e os CDBs, investimentos mais populares entre as pessoas físicas depois da poupança.
E embora os títulos bancários continuem concentrando o maior volume, o crescimento da demanda do varejo pelos títulos de dívida corporativa vem crescendo em ritmo muito mais acelerado.
Nos últimos três anos, informa a B3, o volume investido em debêntures cresceu uma mediana de 32% ao ano entre as pessoas físicas (48% em 2021, 32% em 2022 e 24% em 2023), contra 16% dos CDBs (16% em 2021, 27% em 2022 e 15% em 2023).
Em dezembro de 2020, o volume investido em CDBs totalizava R$ 422,6 bilhões, contra apenas R$ 49,4 bilhões das debêntures; já em dezembro de 2023, os CDBs acumulavam R$ 712,2 bilhões, contra R$ 119,9 bilhões nas debêntures.
O brasileiro está 'manjando mais de debêntures'
Além da alta de juros, que tornou os retornos oferecidos pelos títulos corporativos ainda mais interessante, mesmo sem a necessidade de correr grandes riscos, o grande atrativo das debêntures foi a isenção de imposto de renda para as pessoas físicas naquelas que são emitidas para financiar projetos de infraestrutura, as chamadas debêntures incentivadas.
Leia Também
O número de investidores pessoas físicas nesse tipo de papel cresceu 28% ao ano, na mediana dos últimos três anos (41% em 2021, 22% em 2022 e 28% em 2023), ante 17% dos CDBs (17% em 2021, 46% em 2022 e 12% em 2023).
Os CDBs ainda contam com uma quantidade muito maior de investidores, totalizando 11,7 milhões em dezembro de 2023, mas as debêntures já chegam a quase 500 mil investidores: mais exatamente 470.528, mais que o dobro de dezembro de 2020.
Pessoa física também pode investir via fundos para mitigar riscos
As debêntures incentivadas surgem como alternativas isentas de IR mais rentáveis que a renda fixa mais conservadora agora que o governo restringiu as regras de emissão de outros títulos incentivados, como LCIs, LCAs, CRIs e CRAs.
Contudo, vale lembrar que, ao contrário de CDBs, LCIs e LCAs, as debêntures não contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), estando expostas ao risco de crédito da empresa emissora do título.
Além disso, avaliar o perfil de crédito de uma empresa não é trivial para a pessoa física e nem sempre os valores mínimos de investimento nesses papéis são acessíveis para um investidor de varejo montar uma carteira suficientemente diversificada de debêntures.
Uma alternativa é investir nesses títulos por meio de fundos, veículos geridos por gestores profissionais e naturalmente diversificados.
Os fundos de crédito investem em debêntures e outros papéis de renda fixa pública e privada, e os fundos de debêntures incentivadas investem apenas nesse tipo de debênture, sendo isentos também de imposto de renda.
Hoje em dia existem até mesmo fundos de debêntures incentivadas fechados e com cotas negociadas em bolsa.
SPX diminui aposta no Banco do Brasil e vê oportunidade rara no crédito soberano da Argentina
Com spreads comprimidos travando o mercado local de títulos de dívida, a SPX afina a estratégia para preservar relação risco-retorno em fundos de crédito
Braskem, Vale, Mercado Livre… onde estão os riscos e oportunidades no crédito para quem investe em debêntures, na visão da Moody’s
Relatório da agência de risco projeta estabilidade na qualidade do crédito até o próximo ano, mas desaceleração da atividade em meio a juros altos e incertezas políticas exigem cautela
Prêmio das debêntures de infraestrutura é o menor em cinco anos — quem está comprando esse risco e por quê?
Diferença nas taxas em relação aos retornos dos títulos públicos está cada vez menor, diante da corrida aos isentos impulsionada por uma possível cobrança de imposto
A nova jogada dos gestores de crédito para debêntures incentivadas em meio à incerteza da isenção do IR
Com spreads cada vez mais apertados e dúvidas sobre a isenção do imposto de renda, gestores recorrem ao risco intermediário e reforçam posições em FIDCs para buscar retorno
Tesouro Direto vai operar 24 horas por dia a partir de 2026
Novidades incluem título para reserva de emergência sem marcação a mercado e plataforma mais acessível para novos investidores
Tesouro Direto IPCA ou Prefixado: Qual a melhor opção de renda fixa para lucrar na virada de ciclo dos juros?
Com juros em queda e inflação sob controle, entenda como escolher a melhor opção de rentabilidade para proteger e potencializar os investimentos
Debêntures da Petrobras (PETR4) e prefixados com taxa de 13% ao ano são destaques. Confira as recomendações para renda fixa em agosto
BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade agora e levar títulos até o vencimento diante das incertezas futuras
Tesouro Educa+ faz aniversário com taxas de IPCA + 7% em todos os vencimentos; dá para garantir faculdade, material e mais
Título público voltado para a educação dos filhos dobrou de tamanho em relação ao primeiro ano e soma quase 160 mil investidores
De debêntures incentivadas a fundos de infraestrutura, investidores raspam as prateleiras para garantir títulos isentos — e aceitam taxas cada vez menores
A Medida Provisória 1.303/25 tem provocado uma corrida por ativos isentos de imposto de renda, levando os spreads dos títulos incentivados a mínimas históricas
De SNCI11 a URPR11: Calote de CRIs é problema e gestores de fundos imobiliários negociam alternativas
Os credores têm aceitado abrir negociações para buscar alternativas e ter chances maiores de receber o pagamento dos títulos
Renda fixa capta bilhões em dólar e em real e consolida ‘novo normal’ no primeiro semestre de 2025, diz Anbima
Debêntures incentivadas ganham cada vez mais destaque, e até mesmo uma “alternativa exótica” cresce como opção
Ficou mais barato investir em títulos do Tesouro dos EUA e renda fixa global: Avenue amplia variedade de bonds e diminui valor mínimo
São mais de 140 novos títulos emitidos por companhias de países como Canadá, França e Reino Unido
Perdeu a emissão primária de debêntures da Petrobras (PETR4)? Títulos já estão no mercado secundário e são oportunidade para o longo prazo
Renda fixa da Petrobras paga menos que os títulos públicos agora, mas analistas veem a possibilidade de retorno ou ganho de capital no futuro
Renda fixa vai ganhar canal digital de negociação no mercado secundário com aval da CVM; entenda como vai funcionar
O lançamento está previsto para acontecer neste mês, já com acesso a debêntures, CRIs, CRAs, CDBs, LCIs, LCAs e LIGs
Gestores não acreditam que tributação de títulos isentos vai passar, mas aumentam posição em debêntures incentivadas
Pesquisa exclusiva da Empiricus revela expectativa de grandes gestores de crédito sobre a aprovação da MP 1.303 e suas possíveis consequências
Isa Energia e CPFL são compra em julho. Confira as recomendações de debêntures, CRI e CRA, LCD e títulos públicos para o mês
BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP recomendam travar boa rentabilidade na renda fixa agora, diante da perspectiva de taxas menores no futuro
CDB ou LCA: títulos mais rentáveis de junho diminuem taxas, mas valores máximos chegam a 105% do CDI com imposto e 13,2% ao ano isento de IR
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado e mostra que os valores diminuíram em relação a maio
“Uma pena o Brasil ter entrado nessa indústria de isento”: por que Reinaldo Le Grazie, ex-BC, vê a taxação de títulos de renda fixa com bons olhos?
MP 1.303 reacende uma discussão positiva para a indústria, segundo o sócio da Panamby, que pode melhorar a alocação de capital no Brasil
Nem toda renda fixa, mas sempre a renda fixa: estas são as escolhas dos especialistas para investir no segundo semestre
Laís Costa, da Empiricus, Mariana Dreux, da Itaú Asset, e Reinaldo Le Grazie, da Panamby, indicam o caminho das pedras para garantir os maiores retornos na renda fixa em evento exclusivo do Seu Dinheiro
Crédito privado conquistou os investidores com promessas de alto retorno e menos volatilidade; saiba o que esperar daqui para frente
Ativos de crédito privado, como FIDCs e debêntures, passaram a ocupar lugar de destaque na carteira dos investidores; especialistas revelam oportunidades e previsões para o setor