Fugindo de Paris: custo da dívida da França chega ao mesmo nível da Grécia pela primeira vez na história. O que isso quer dizer para o investidor?
O spread, que é a diferença dos yields (rendimentos), entre os títulos de dez anos do governo francês e o equivalente grego foi reduzido a zero nesta quinta-feira (28)
Quem quis fugir da enxurrada de notícias sobre o pacote de corte de gastos do governo Lula e deu uma olhada para os gringos, se deparou com a notícia de que o custo dos empréstimos na França atingiram o mesmo nível que os da Grécia pela primeira vez na história.
O spread, que é a diferença dos yields (rendimentos), entre os títulos de dez anos do governo francês e o equivalente grego foi reduzido a zero nesta quinta-feira (28): 3,0010% contra 3,030%.
Isso significa que, para manter a dívida de uma das maiores economias da Europa, os investidores estão exigindo os mesmos juros elevados da dívida de uma economia muito menor, mais fraca e cheia de problemas como é a grega.
Acontece que a França não é a Grécia. A França tem uma economia mais ampla e sólida, mais atratividade, uma situação de emprego melhor e superioridade demográfica. Então o que explica o emparelhamento do custo da dívida de países tão díspares?
A agitação política na França é a resposta.
- Conheça a carteira que já rendeu +200% do Ibovespa e participe da comunidade no Telegram para receber análises e relatórios exclusivos sem custos
O que acontece na França hoje
O que aconteceu no mercado de dívida europeu hoje mostra a extensão das preocupações com a turbulência política na França.
Leia Também
Com dólar recorde, ações da BRF (BRFS3) saltam 14% e lideram altas do Ibovespa na semana, enquanto CVC (CVCB3) despenca 14%
‘Obra do século’: Notre Dame reabre após receber R$ 5,3 bilhões em doações e adota novas regras para visitação
Não só o Brasil que tenta fechar as contas. O governo liderado pelo primeiro-ministro Michel Barnier luta para obter apoio para o orçamento de 2025, que visa cortar gastos e aumentar impostos para conter o déficit fiscal.
Mas a aliança de esquerda Nova Frente Popular ameaça apresentar um voto de desconfiança do governo se Barnier tentar forçar a aprovação do orçamento, que prevê 60 bilhões de euros (US$ 63,3 bilhões) em tributos e contenção de despesas.
Para agravar a situação, o Reunião Nacional (RN), de extrema direita, ameaçou apoiar a esquerda no voto de desconfiança — um movimento que derrubaria o governo e mergulharia a França em mais incerteza política e econômica.
INSEGURANÇA NA BOLSA, DIVIDENDOS E NVIDIA EM QUEDA: As notícias da semana que afetam o seu bolso
Em defesa da França
Autoridades francesas tentaram defender a economia nesta quinta-feira (28), mas reconheceram que ver dívida francesa tão arriscada quanto a da Grécia é um evento preocupante.
O ministro da Economia, Antoine Armand, chegou a dizer mais cedo que a economia francesa não poderia ser comparada à da Grécia.
Mas, ao menos por agora, a situação não deve esfriar. Novas eleições não podem ser realizadas até junho do ano que vem — 12 meses depois das últimas eleições parlamentares.
Essas eleições mostram tanto a extrema esquerda quanto a extrema direita com um bom desempenho no primeiro e segundo turnos da votação, mas ambas não conseguiram obter a maioria das cadeiras no parlamento.
Por isso, após a eleição, o presidente da França, Emmanuel Macron, colocou o conservador Barnier no comando de um governo minoritário.
*Com informações da CNBC
Ações da MRV (MRVE3) disparam 8% e lideram altas do Ibovespa após anúncio de reestruturação que deve encolher as operações da Resia
O principal objetivo da revisão, que inclui venda de projetos e terrenos, é simplificar a estrutura da empresa e acelerar a desalavancagem do grupo MRV
Papai Noel dá as caras na bolsa: Ibovespa busca fôlego em payroll nos EUA, trâmite de pacote fiscal no Congresso e anúncios de dividendos e JCP
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano e velocidade do trâmite do pacote fiscal ditarão os rumos dos juros no Brasil e nos EUA
Após dia de pressão no mercado, ação da Petrobras (PETR4) sobe com maior descoberta de gás natural da Colômbia; troca no conselho vai para escanteio
Depois de a estatal confirmar a possível troca na presidência do conselho, o impacto negativo nos mercados foi amenizado após o anúncio do projeto de exploração em consórcio com a Ecopetrol
Uma bomba explodiu no colo de Macron: a reação dos mercados à queda do governo na França e o que acontece agora
O primeiro-ministro Michel Barnier apresentou sua renúncia na manhã desta quinta-feira (5) e aumentou a pressão sob o presidente francês, que corre contra o relógio para encontrar um substituto; saiba quem são os possíveis candidatos a ocupar o cargo
Até R$ 13 mil por um menu degustação: conheça os restaurantes Michelin mais caros do mundo
Ranking foi feito pela revista especializada Chef’s Pencil; nenhum brasileiro está na lista
Novo CEO da Braskem (BRKM5) reforma diretoria executiva após poucos dias no comando; Felipe Montoro Jens assumirá como diretor financeiro
O presidente indicou Felipe Montoro Jens para substituir Pedro van Langendonck Teixeira de Freitas nas cadeiras de CFO e diretor de relações com investidores
As máximas do mercado: Ibovespa busca recuperação com trâmite urgente de pacote fiscal pela Câmara
Investidores também repercutem rumores sobre troca na Petrobras e turbulência política na França e na Coreia do Sul
França em chamas: o que acontece com a segunda maior economia da zona do euro após a oposição derrubar o governo
Um total de 331 legisladores de esquerda e de extrema direita apoiaram uma moção de desconfiança na câmara baixa do país, que tira Michel Barnier do cargo de primeiro-ministro; mas será que ele sai mesmo? A história não é tão simples assim
Trump vem aí: Powell diz o que pode fazer com os juros nos EUA diante das ameaças do republicano — e isso tem a ver com você
Com o republicano batendo na porta da Casa Branca, presidente do Fed deu novas pistas sobre o que pensa para o ritmo de corte da taxa referencial na maior economia do mundo
Um conto de Natal na bolsa: Ibovespa aguarda dados de produção industrial no Brasil e de emprego nos EUA antes de discurso de Powell
Bolsa busca manter recuperação apesar do dólar na casa dos R$ 6 e dos juros projetados a 15% depois do PIB forte do terceiro trimestre
Uma ação para a ceia de Natal: JBS (JBSS3) é a favorita dos analistas para investir em dezembro e surfar o dólar forte
Há quatro fatores principais que impulsionaram o frigorífico para o topo das recomendações dos analistas para este mês; veja o ranking com indicações de 13 corretoras
Hoje é dia de Vale (VALE3): mineradora apresenta projeções, prepara investimentos bilionários e ações caem na bolsa. Comprar ou vender agora?
A companhia ainda anunciou uma reformulação da gestão, formalizando um indicado direto do presidente Gustavo Pimenta em um dos negócios mais estratégicos
A Faria Lima apostou contra Lula? O desempenho dos principais gestores de fundos após o anúncio de Haddad conta uma história diferente
Análise da Empiricus Research traz retorno de 132 fundos no dia seguinte ao pronunciamento do ministro da Fazenda sobre o pacote fiscal
Hapvida (HAPV3) blindada do caos do Brasil: CEO revela por que está animado com plano ambicioso de R$ 2 bilhões apesar do cenário macro deteriorado
Do investimento total, a companhia arcará com apenas R$ 630 milhões. Já o R$ 1,37 bilhão restante deve ser financiado por parceiros externos
Quando a conta não fecha: Ibovespa repercute envio de pacote fiscal ao Congresso em dia de PIB do terceiro trimestre
Governo enviou PEC do pacote fiscal ao Congresso na noite de segunda-feira enquanto o dólar segue acima dos R$ 6
A dura realidade matemática: ou o Brasil acerta a trajetória fiscal ou a situação explode
Mercado esperava mensagem clara de responsabilidade fiscal e controle das contas públicas, mas o governo falhou em transmitir essa segurança
À beira do abismo: sem apoio no parlamento, governo Macron precisa de um milagre para continuar de pé na França
Governo da França enfrenta moção de censura protagonizado tanto pela esquerda quanto pela extrema direita, em meio a incertezas na economia
Ação da Cosan (CSAN3) recua e Raízen (RAIZ4) surge entre as maiores quedas do Ibovespa na esteira da renúncia de executivo
Saída de Ricardo Mussa da Cosan Investimentos intensifica a pressão sobre o grupo já abalado por prejuízos e desvalorização na bolsa
Selic a 15% ao ano, inflação e fantasma fiscal: por que a Kinea está vendida na bolsa brasileira?
Responsável por mais de R$ 132 bilhões em ativos, a gestora afirma que “existem melhores oportunidades no exterior”; veja onde a Kinea investe hoje
O dólar não vai parar de subir? Moeda americana segue acima de R$ 6 e bancão diz o que esperar para o fim do ano e para 2025
O UBS BB também fez projeções para a taxa de juros no Brasil; Banco Central tem reunião marcada para a próxima semana — a última sob o comando de Roberto Campos Neto