Ser sócio de Warren Buffett ainda vale a pena mesmo com as ações nas alturas — e pode ir ainda melhor se os EUA entrarem em crise
O banco elevou o preço-alvo para as ações da Berkshire Hathaway (BRK.b), a holding do bilionário, para US$ 435 — o que equivale a um potencial de valorização de 15%
Considerado um dos investidores mais bem sucedidos da história e detentor da sétima maior fortuna do planeta, Warren Buffett conseguiu levar sua empresa de investimentos Berkshire Hathaway às alturas neste ano.
As ações classe B da holding do Oráculo de Omaha fecharam o pregão da última quarta-feira (24) a US$ 376,59, no maior patamar na história da companhia — equivalente a uma valorização total de 1.531% desde 1996 e de 88% nos últimos cinco anos.
Ou seja: considerando o recorde de valorização, ainda vale a pena ser sócio do conglomerado de Warren Buffett?
Na visão do UBS, apesar do nível elevado dos papéis na bolsa de valores de Nova York (NYSE), ainda há espaço para investidores lucrarem com as ações — e é hora de colocar os papéis na carteira.
Lembrando que você também pode ser sócio do bilionário comprando recibos de ações da Berkshire na B3, com o código BERK34.
O potencial da empresa de Warren Buffett
Para os analistas do UBS, a Berkshire Hathaway possui fundamentos sólidos em todas as empresas do conglomerado de Warren Buffett, incluindo os negócios de seguros e não seguros em 2024.
Leia Também
Como pagar menos no iPhone novo? As varejistas querem que você use esta estratégia
Nas contas do banco suíço, ainda que as ações tenham disparado nos últimos anos, ainda existe espaço para novos ganhos em Wall Street.
Na realidade, segundo o UBS, a perspectiva é que as ações estejam sendo negociadas com um desconto de 14% em relação ao seu valor intrínseco e de 18% em comparação com a média dos últimos oito anos.
O banco elevou o preço-alvo para as ações classe B da Berkshire Hathaway (BRK.b) de US$ 410 para US$ 435 para os próximos 12 meses — o que equivale a um potencial de valorização de 15% em relação ao último fechamento.
Como a Berkshire pode surfar uma crise econômica?
Na análise do UBS, caso uma recessão econômica venha a acontecer no próximo ano, o conglomerado de Warren Buffett pode ser uma das poucas empresas a se beneficiar da desaceleração.
“Esperamos que a Berkshire Hathaway tenha um desempenho superior, apoiado pelo seu mix diversificado de negócios e pela sua posição de capital muito forte”, afirmam os analistas, em relatório.
“Durante as últimas crises econômicas, as ações da Berkshire Hathaway registaram um desempenho superior ao do mercado e de outros setores financeiros.”
Para o banco, as operações de seguros e resseguros da empresa deveriam ser relativamente menos sensíveis a uma desaceleração da economia.
Além da maior estabilidade dos negócios de seguros, a Berkshire ainda possui uma estratégia para se beneficiar da recessão: historicamente, a empresa aproveitou a desaceleração econômica para adquirir ou investir em empresas de qualidade a preços atrativos.
“A BRK também tem ampla capacidade de recomprar ações, o que acreditamos ser um uso atraente de dinheiro.”
Segundo o UBS, a empresa de Warren Buffett provou ser uma “administradora eficaz de seu capital no longo prazo e possui um saldo de caixa substancial”. No final do terceiro trimestre de 2023, a companhia contava com US$ 152 bilhões em caixa e equivalentes em seu balanço.
Os analistas ainda enxergam que novas aquisições ou recompras de ações superiores ao esperado podem ser potenciais catalisadores adicionais.
Atualmente, o UBS prevê US$ 9,1 bilhões em recompras de ações durante 2024. Porém, esse número poderá ser revisado para cima se o conglomerado não anunciar aquisições significativas ao longo deste ano.
- Leia também: O que Warren Buffett poderia comprar na B3 com os bilhões de dólares que a Berkshire Hathaway possui no caixa
Os negócios da Berkshire Hathaway
No caso do negócio de seguros da empresa de Warren Buffett, o banco projeta uma melhoria da margem da companhia de seguros automotivos GEICO em 2024, à medida que as taxas aumentam e se transformam em resultados.
Por sua vez, os analistas esperam que o Berkshire Hathaway Reinsurance Group (BHRG) registre um forte crescimento nos prêmios e uma maior rentabilidade. Isso porque o negócio se beneficia do mercado "pesado" de resseguros de acidentes de propriedade.
Do lado dos trens, o UBS prevê um melhor crescimento das receitas e das margens da BNSF Railway, uma das maiores redes ferroviárias de carga da América do Norte, à medida que os transportes intermodais crescerem e os preços permanecerem estáveis.
Na visão do UBS, o segmento MSR — varejo, indústria e serviços — também deverá registrar um melhor crescimento e rentabilidade ao longo deste ano, impulsionado pela recuperação nos negócios de Construção e Produtos de Consumo da BRK.
O banco aumentou as projeções para o múltiplo preço sobre lucro (P/L) do o segmento MSR de 18 vezes para 19 vezes, devido à alta nos múltiplos dos pares do setor. Já para o BNSF, a estimativa subiu de 17 vezes para 18 vezes.
Azul (AZUL4) sobe 22,5% com notícia de que empresa deve ‘pagar’ US$ 600 milhões em dívidas com suas ações
Aérea negocia com credores e tenta evitar pedido de recuperação judicial; ações veem queda de 70% no ano, sendo mais de 40% desde que rumores de RJ começaram
Grupo Mateus (GMAT3) ganha cobertura de grande banco estrangeiro, que vê potencial de alta de 18% para as ações
Ainda que enxerguem uma chance de valorização, os analistas do JP Morgan recomendaram manter uma posição neutra em relação aos papéis da varejista
Vulcabras (VULC3): Santander corta preço-alvo da ação, mas expectativa de aumento nos dividendos mantém o interesse pela dona da Mizuno e Olympikus
Os analistas do banco destacam a busca por novos lançamentos e a falta de oportunidades para acelerar o crescimento por meio de aquisições
Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3) ou Brava (BRAV3)? BTG Pactual elege principal escolha no setor de petróleo da bolsa
BTG Pactual avalia que apenas duas empresas do setor continuariam a se destacar em um cenário de petróleo depreciado – e escolheu a preferida entre elas
Sem acordo: funcionários da Boeing fazem primeira greve em 16 anos, e ações caem mais de 4% hoje
O acordo com o sindicato, que representa mais de 32 mil trabalhadores no noroeste dos Estados Unidos, foi desaprovado por 94,6% dos participantes
O tamanho que importa: Ibovespa acompanha prévia do PIB do Brasil, enquanto mercados internacionais elevam expectativas para corte de juros nos EUA
O IBC-Br será divulgado às 9h e pode surpreender investidores locais; lá fora, o CME Group registrou aumento nas chances de um alívio maior nas taxas de juros norte-americanas
A estratégia curiosa adotada por esta construtora proporcionou bons dividendos aos acionistas — e ainda tem muito mais por vir
Normalmente os dividendos estão relacionados aos lucros obtidos pela atividade principal de uma companhia, mas não foi isso que aconteceu nesse caso
O Ibovespa vai voltar a bater recordes em 2024? Na contramão, gestora com R$ 7 bi em ativos vê escalada da bolsa a 145 mil pontos e dólar a R$ 5,30
Ao Seu Dinheiro, os gestores Matheus Tarzia e Mario Schalch revelaram as perspectivas para a bolsa, juros e dólar — e os principais riscos para a economia brasileira
BofA eleva recomendação para Cogna (COGN3), mas indica outra ação para comprar no setor de educação
Analistas veem potencial de queda limitado para Cogna após queda de quase 60% no ano
Banco eleva preço-alvo para o Nubank — mas explica por que você não deveria se animar (tanto) com as ações
Apesar do aumento do target de US$ 12,80 para US$ 15, a nova cifra implica um potencial de valorização de apenas 5% em relação ao último fechamento
Mercado Livre: BofA acredita que as ações devem subir ainda mais neste ano e eleva aposta de ganhos com MELI
Em relatório publicado mais cedo, o banco estabeleceu um novo preço-alvo de US$ 2.500 para os papéis MELI negociados em NY
Quem é Leo Kryss, o fundador da TecToy que entrou em uma briga com o bilionário da Amazon por uma mansão na Flórida
Considerado uma “lenda viva” por investidores, brasileiro processa corretor por ocultar compra de mansão por Jeff Bezos, reduzindo preço em US$ 6 milhões
Petróleo em queda pressiona Petrobras (PETR4) na B3, mas este banco segue animado com as ações — e com os dividendos extraordinários
Goldman Sachs mantém recomendação de compra para as ações e ADRs da Petrobras, mas corta preço-alvo diante de perspectivas mais fracas para o petróleo
Vale (VALE3) está em negociações avançadas em proposta de compensação por tragédia em Mariana — em acordo que pode chegar a R$ 167 bilhões
Nenhum valor foi informado pela Vale. Porém, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, revelou os termos da negociação em entrevista
Disclaimer nas bolsas: Wall Street ganha uma ajudinha da inteligência artificial, enquanto mercado aguarda corte de juros na Europa
Durante o pregão regular de ontem (11), a Nvidia, joia da coroa do setor, chegou a saltar mais de 8% e animou os índices internacionais nesta quinta-feira
CVM abre consulta pública para regras que facilitam o acesso de empresas de menor porte à bolsa e ao mercado de emissão de dívida
Por meio do FÁCIL – Facilitação do Acesso a Capital e de Incentivo a Listagens – autarquia quer aumentar o acesso de empresas com faturamento até R$ 500 milhões ao mercado de capitais
B3 (B3SA3) na berlinda? Banco corta o preço-alvo das ações da dona da bolsa — e diz o que fazer com os papéis
O Bank of America também reduziu as projeções de lucro líquido recorrente e volume médio diário negociado (ADTV) de ações até 2026
CEO da Raízen (RAIZ4): Brasil tem condição única para vencer transição energética — mas união entre agro e setor elétrico é essencial
Na avaliação de Mussa, o etanol será fundamental para a transição — e o Brasil é o “lugar certo” para um hub de produção de combustível sustentável de aviação (SAF)
Esta construtora vai pagar milhões em dividendos após lucrar em operações com ações
A empresa em questão fará um distribuição de R$ 79,6 milhões, ou R$ 0,46 por papel, para quem estiver em sua base acionária na próxima semana
Raízen (RAIZ4): CEO diz por que empresa está há mais de três anos sem fazer grandes aquisições — e deve continuar assim
Em evento, Ricardo Mussa avaliou que atualmente não há “nenhum grande benefício” para ir a mercado em busca de novas aquisições