Prio (PRIO3) quer gerar ainda mais valor para os acionistas — e isso não tem nada a ver com dividendos
De acordo com a Prio (PRIO3), o objetivo dessa operação é promover uma alocação eficiente de capital e maximizar a geração de retorno aos investidores
O investidor da Prio (PRIO3) pode até ficar sem novas chuvas de dividendos — mas isso não significa que ficará de mãos abanando. Na realidade, a novata do petróleo anunciou nesta terça-feira (12) um outro tipo de negócio para entregar valor a seus acionistas.
A companhia decidiu recomprar até 89,2 milhões de ações PRIO3 — equivalente a 10% do total de ações já emitidas pela empresa e a 10,6% do montante de papéis da petroleira em circulação no mercado.
O programa de recompra de ações teve início em 8 de março e poderá ser estendido pelo prazo máximo de 18 meses, até 8 de setembro de 2025.
De acordo com a Prio, o objetivo dessa operação também é promover uma alocação eficiente de capital — e a recompra é uma das maneiras que uma empresa pode escolher para dar retorno para o seu investidor.
As ações da Prio (PRIO3) acumulam leve queda de 3,6% em 2024. Já em 12 meses, os papéis somam uma valorização em torno de 35%.
- Onde investir neste mês? Veja 10 ações em diferentes setores da economia para buscar lucros. Baixe o relatório gratuito aqui.
Por que a Prio (PRIO3) vai recomprar milhões de ações na B3?
Existem diversos motivos que levam uma empresa como a Prio a aprovar um programa de recompras como esse. Entre eles, estão:
Leia Também
- A empresa acredita que suas ações estão baratas ou mal avaliadas pelo mercado;
- A companhia precisa distribuir ações aos executivos como bônus e não quer emitir novos papéis;
- Ela quer gerar valor ao acionista que continua em sua base, apesar da instabilidade do mercado.
Isso porque a recompra é uma das maneiras que uma empresa pode escolher para dar retorno para o seu investidor — e é justamente a escolha da Prio para entregar valor, já que não pretende depositar o dinheiro que atualmente tem em caixa na conta dos acionistas.
É diferente da distribuição de proventos, por exemplo, que proporciona retorno por meio do pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio — e que já foi barrada pelo CEO da petroleira outras vezes.
Caso a empresa opte por cancelar as ações recompradas, o acionista ganha por ficar com uma participação proporcionalmente maior.
Por outro lado, a recompra de ações faz com que os papéis percam liquidez na bolsa, uma vez que menos ações são negociadas no mercado.
Na visão dos analistas do Itaú BBA, o programa de recompra de ações da Prio é positivo, uma vez que permitirá que a empresa continue a remunerar os acionistas, ao mesmo tempo em que aumenta a flexibilidade para continuar com novos investimentos.
“O ritmo das recompras de ações provavelmente será uma métrica importante daqui para frente, dado o tamanho do programa de recompra e uma vez que a primeira recompra recomprou 35% do total de ações”, escreveu o banco, em relatório.
Para onde vão as ações recompradas?
Quando uma companhia recompra suas ações, os papéis deixam de circular na bolsa de valores e passam a ser mantidos em tesouraria.
A Prio informou que as ações recompradas poderão ser mantidas em tesouraria, canceladas ou vendidas no mercado.
Vale destacar que a efetiva recompra do número total de ações aprovado dependerá de diversos fatores, incluindo a quantidade de ações em tesouraria na companhia e o saldo dos recursos disponíveis.
Atualmente, a Prio possui 54.673.343 ações ordinárias mantidas em tesouraria.
Segundo o fato relevante enviado à CVM, a aquisição das ações PRIO3 será realizada pela própria Prio ou por meio de suas subsidiárias: PRIO OPCO Exploração Petrolífera, PRIO Forte, PRIO Bravo, PRIO Coral Exploração Petrolífera e Petro Rio O&G Exploração e Produção de Petróleo.
A compra dos papéis também poderá ocorrer em uma ou mais operações, cabendo à diretoria da Prio definir os volumes.
Além da Prio (PRIO3)…
A Prio (PRIO3) não foi a única empresa do setor de óleo e gás a anunciar novas operações de recompra de ações no mercado.
A PetroRecôncavo (RECV3) também aprovou a compra de até 1,2 milhão de ações da companhia, no terceiro programa de recompra da companhia.
O programa teve início em 29 de fevereiro deste ano e poderá ser prorrogado por 18 meses, até 29 de agosto de 2025.
Segundo a empresa, a ideia da aquisição de ações é a permanência em tesouraria para outros negócios futuros.
Uma das possibilidades é a venda ou entrega desses papéis a participantes do Programa de Incentivo ou de outros programas de remuneração baseados em ações. A outra é uma potencial venda ou cancelamento das ações, sem redução do capital social da companhia.
Ações da MRV (MRVE3) disparam 8% e lideram altas do Ibovespa após anúncio de reestruturação que deve encolher as operações da Resia
O principal objetivo da revisão, que inclui venda de projetos e terrenos, é simplificar a estrutura da empresa e acelerar a desalavancagem do grupo MRV
Após criação de joint venture, Ybyrá Capital (YBRA4) assina memorando de entendimento sobre potencial fusão com empresa americana
A possível união dos negócios será definida após um processo de due diligence (investigação prévia para avaliar potenciais riscos da transação)
Equatorial (EQTL3) conclui a venda da divisão SPE 7 para a Energia Brasil por R$ 840 milhões
O movimento faz parte da execução da estratégia do grupo Equatorial de reciclagem de capital, que busca a desalavancagem das operações
Papai Noel dá as caras na bolsa: Ibovespa busca fôlego em payroll nos EUA, trâmite de pacote fiscal no Congresso e anúncios de dividendos e JCP
Relatório mensal sobre o mercado de trabalho norte-americano e velocidade do trâmite do pacote fiscal ditarão os rumos dos juros no Brasil e nos EUA
A possibilidade de se tornar uma boa pagadora de dividendos fez essa ação disparar
Não à toa, essa companhia foi eleita por nós uma das 5 melhores ações para dividendos no mês de dezembro
Após dia de pressão no mercado, ação da Petrobras (PETR4) sobe com maior descoberta de gás natural da Colômbia; troca no conselho vai para escanteio
Depois de a estatal confirmar a possível troca na presidência do conselho, o impacto negativo nos mercados foi amenizado após o anúncio do projeto de exploração em consórcio com a Ecopetrol
Acordo entre Eletrobras (ELET3) e AGU abre espaço para pagamento de dividendos de R$ 8 bilhões, diz Itaú BBA; entenda
Para os especialistas que cobrem a Eletrobras, o acordo, até o momento, foi bastante positivo para o mercado
Uma bomba explodiu no colo de Macron: a reação dos mercados à queda do governo na França e o que acontece agora
O primeiro-ministro Michel Barnier apresentou sua renúncia na manhã desta quinta-feira (5) e aumentou a pressão sob o presidente francês, que corre contra o relógio para encontrar um substituto; saiba quem são os possíveis candidatos a ocupar o cargo
Tupy amplia programa de recompra de ações e anuncia R$ 190 milhões em JCP; valor líquido equivale a R$ 1,14 por ação
Programa de recompra, que já tinha sido aprovado em novembro, teve o limite de ações ampliado de 4 milhões para 14 milhões de ações
‘Descartar um rali de fim de ano agora é pedir pra errar’: analista se mantém otimista com a bolsa brasileira e indica as 10 ações mais promissoras de dezembro
Para Larissa Quaresma, da Empiricus, o rali de fim de ano não pode ser completamente descartado e a bolsa brasileira ainda reserva boas oportunidades de investimento
Novo CEO da Braskem (BRKM5) reforma diretoria executiva após poucos dias no comando; Felipe Montoro Jens assumirá como diretor financeiro
O presidente indicou Felipe Montoro Jens para substituir Pedro van Langendonck Teixeira de Freitas nas cadeiras de CFO e diretor de relações com investidores
As máximas do mercado: Ibovespa busca recuperação com trâmite urgente de pacote fiscal pela Câmara
Investidores também repercutem rumores sobre troca na Petrobras e turbulência política na França e na Coreia do Sul
Rodolfo Amstalden: Precisamos sobre viver o “modo sobrevivência”
Não me parece que o modo sobrevivência seja a melhor postura a se adotar agora, já que ela pode assumir contornos excessivamente conservadores
Incertezas na Coreia do Sul: como o possível impeachment ou renúncia de Yoon Suk Yeol está mexendo com a economia
Horas após o fim da Lei Marcial, a oposição sul-coreana avança com proposta de impeachment contra o presidente, enquanto os mercados questionam a confiança no país
Trump vem aí: Powell diz o que pode fazer com os juros nos EUA diante das ameaças do republicano — e isso tem a ver com você
Com o republicano batendo na porta da Casa Branca, presidente do Fed deu novas pistas sobre o que pensa para o ritmo de corte da taxa referencial na maior economia do mundo
Efeito Black Friday impulsiona LWSA (LWSA3) e coloca a ação entre as maiores altas do Ibovespa. O que esperar da antiga Locaweb agora?
A forte alta dos papéis acontece após a divulgação do desempenho da companhia em uma das datas mais importantes para o varejo no ano
Após compra da AES Brasil, chegou a hora do ‘amanhecer de uma nova era’ para a Auren (AURE3)? Ações saltam na bolsa depois de bancão responder a essa pergunta
Na publicação, os analistas do Itaú BBA mantiveram recomendação neutra para as ações da Auren, mas elevaram o preço-alvo do papel
Um conto de Natal na bolsa: Ibovespa aguarda dados de produção industrial no Brasil e de emprego nos EUA antes de discurso de Powell
Bolsa busca manter recuperação apesar do dólar na casa dos R$ 6 e dos juros projetados a 15% depois do PIB forte do terceiro trimestre
Potencial de alta de 29% e dividendos: exportadora pode ‘encher o bolso’ dos investidores com o dólar a R$ 6 – ação é recomendada pelo BTG Pactual
Este papel faz parte de uma carteira de recomendações promissoras para buscar dividendos e disparou à medida que o dólar valorizou neste ano
Uma ação para a ceia de Natal: JBS (JBSS3) é a favorita dos analistas para investir em dezembro e surfar o dólar forte
Há quatro fatores principais que impulsionaram o frigorífico para o topo das recomendações dos analistas para este mês; veja o ranking com indicações de 13 corretoras