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Renan Sousa
Renan Sousa
É repórter do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP) e já passou pela Editora Globo e SpaceMoney.
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Na “corrida do ouro”, XP recomenda compra da Aura (AURA33) como opção “escassa, defensiva e barata” ao metal precioso

As incertezas envolvendo as tensões geopolíticas globais tendem a aumentar a demanda por ativos mais seguros, como o ouro, o que beneficia a mineradora

Renan Sousa
Renan Sousa
4 de abril de 2024
11:30
Barras de ouro
Imagem: Michael Steinberg/Pexels

Em meio à corrida dos investidores por ativos de proteção e reservas de valor, a XP elevou a recomendação de uma ação que é uma “mina de ouro” — no sentido quase literal. Para os analistas, a Aura (AURA33) é uma boa maneira de lucrar com a alta do metal precioso.

Em um relatório publicado nesta quinta-feira (4), os analistas da casa enxergam que a diversificação da carteira é crucial nesse momento, tendo em vista o aumento das tensões geopolíticas globais.

Além disso, os investidores acompanham os próximos passos da política monetária dos Estados Unidos, em especial levando em conta o fato de que os retornos dos títulos do Tesouro do país (Treasurys) seguem altos, mas a perspectiva de redução dos juros tem potencial de mudar esse cenário. 

Assim, a Aura é vista como uma exposição “escassa, defensiva e barata” ao ouro. A empresa conta com vias diferentes de crescimento e diversas fontes de geração de valor, algumas delas ainda não precificadas no preço das ações, na visão dos analistas. 

Pensando nisso, a XP elevou a recomendação da empresa de “neutro” para “compra”, com preço-alvo em R$ 48,00, o que representa um potencial de alta da ordem de 23%, segundo as cotações de fechamento da última quarta-feira (3). 

No pregão desta quinta-feira, os recibos de ações (BDRs) da Aura (AURA) operavam em queda de0,38% por volta das 11h20, cotados a R$ 39,34.

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Para um futuro incerto, a certeza do ouro

Como já dito, as incertezas envolvendo as tensões geopolíticas globais continuam influenciando os investimentos e optar por ativos mais seguros é uma forma de minimizar eventuais perdas. 

Vale lembrar que, além das escaladas dos conflitos em Israel e na Ucrânia, China e Estados Unidos vivem uma “guerra comercial” velada no mercado de tecnologia, além das tradicionais tensões envolvendo a ilha de Taiwan

Por fim, vale destacar que os bancos centrais mundo afora estão voltando a estocar ouro, segundo dados do World Gold Council. De acordo com o órgão, fevereiro marcou o nono mês de acúmulo consecutivo das autoridades monetárias ao redor do globo.

Aura (AURA33): Com ouro e pouca dívida

Quanto aos números da empresa, a XP destaca que a Aura tem um bom histórico na compensação após o esgotamento das minas de ouro.

Atualmente, a empresa é negociada a 0,6x dívida líquida/Ebitda, de acordo com dados de 2023, mostrando que a capacidade de geração de caixa é maior do que o passivo da companhia. 

Ainda, levando em conta a capacidade de acrescentar novas reservas minerais ao portfólio e aumentar o potencial de valorização atual da base de ativos, a XP destaca que o preço-alvo teria chances de ser elevado de R$ 48,00 para R$ 60,00. 

Mas nem tudo que reluz…

Apesar das projeções positivas, os analistas não descartam a possibilidade de correções no preço do ouro no curto prazo.

Vale dizer que o metal precioso atingiu as máximas históricas em US$ 2.318,49 por onça-troy recentemente e ainda ronda esse patamar de preços. 

Do mesmo modo, o alívio das incertezas geopolíticas, bem como variações da produção e questões regulatórias envolvendo a mineração também devem permanecer no radar do investidor.

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