Mais uma crise à vista? Montadora que já foi a mais valiosa da China sem vender um único carro e tentou rivalizar com a Tesla agora luta para encontrar investidores
Empresa de carros controlada pela incorporadora Evergrande encerrou as negociações para a venda de uma participação após a desistência de um comprador
Ela já foi a montadora mais valiosa da China sem vender um único carro e teve ambições de competir com a Tesla no mercado de veículos elétricos. Hoje, acumula prejuízos e fracassos na tentativa de encontrar compradores interessados em uma fatia na companhia.
Trata-se da Evergrande Auto, a unidade de veículos elétricos do problemático grupo imobiliário Evergrande.
Na sexta-feira (25), a empresa informou que as negociações para a venda de uma participação de 29% na montadora foram encerradas após a desistência de um comprador não identificado. No entanto, a empresa continuará buscando novos interessados.
Com a tentativa frustrada, as ações da Evergrande New Energy Vehicle Auto fecharam em queda de quase 9% nesta segunda-feira (28) na bolsa de valores de Hong Kong.
Evergrande Auto já foi a mais valiosa da China
Sob o guarda-chuva da matriz, a Evergrande Auto foi uma das tentativas do grupo de diversificar os negócios além do ramo imobiliário.
No auge, sem vender um único carro, a empresa chegou a valer US$ 86,6 bilhões (R$ 490 bilhões), tornando-se a companhia mais valiosa listada na China e também valendo duas vezes mais que o Grupo Evergrande.
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Além do desejo de competir com a Tesla — a fabricante de veículos elétricos do bilionário Elon Musk —, o principal objetivo da Evergrande Auto era levantar capital para a controladora, que alegou ter investido 47,4 bilhões de yuans na empresa.
No entanto, analistas acreditam que a maior parte do investimento veio do próprio mercado, com a companhia levantando bilhões em rodadas de investimento. Listada na bolsa, a Evergrande Auto vinha focando em fusões e aquisições, e não na fabricação de carros.
A crise na fabricante chinesa de carros
A Evergrande Auto vinha negociando a venda de uma fatia acionária desde maio deste ano para o pagamento de dívidas com um possível comprador, cuja identidade não foi relevada.
A crise na empresa de veículos elétricos acontece no pior momento para a matriz, a Evergrande, que está no centro da crise imobiliária chinesa desde 2021.
Com passivos totais de mais de US$ 328 bilhões (aproximadamente R$ 1,8 trilhão, na cotação atual) no final do ano passado, a incorporadora é a mais endividada do mundo no setor e foi condenada por um tribunal de Hong Kong a ser liquidada no início deste ano.
Enquanto isso, a fabricante quase triplicou o prejuízo líquido para 20,25 bilhões de yuans no 1º semestre de 2024, equivalente a R$ 16 bilhões, em relação ao ano anterior.
As ações da Evergrande Auto caíram 41% este ano, em comparação com o ganho de 21% do índice de referência Hang Seng. Em julho, os credores da companhia entraram na Justiça para solicitar o início de um processo de falência em Hong Kong.
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*Com informações do Estadão Conteúdo, Folha, CNN e Wall Street Journal
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