Embraer (EMBR3) lidera ganhos do Ibovespa após anunciar mais um recorde na carteira de pedidos do 2T24. O que esperar da ação?
A fabricante brasileira de aeronaves entregou 47 jatos entre abril e junho de 2024, um aumento de 88% em relação ao trimestre imediatamente anterior

As ações da Embraer (EMBR3) lideram os ganhos do Ibovespa no pregão desta sexta-feira (19) após anunciar ontem, após o fechamento, um novo recorde na carteira de pedidos do segundo trimestre deste ano.
Por volta das 14h25, os papéis subiam 2,90%, negociados a R$ 42,24 na bolsa brasileira. Com o desempenho, a empresa assegura o posto como ação que mais subiu no Ibovespa em 2024, com variação 89% — ampliando a vantagem que já possuía em relação à segunda colocada, a BRF (BRFS3), que avançou 50% no ano.
A fabricante brasileira de aeronaves entregou 47 jatos entre abril e junho de 2024, um aumento de 88% em relação ao trimestre imediatamente anterior, mas leve recuo de 2% no comparativo com o período de 2023.
O segmento de aviação comercial foi o destaque do período, com a entrega de 19 jatos, equivalente a um aumento de 170% em relação ao primeiro trimestre deste ano e de 11% frente ao mesmo intervalo do ano passado.
Já a aviação executiva registrou 27 entregas no período, correspondente a um avanço de 50% na comparação trimestral, mas queda de 30% na base anual.
Com isso, a fabricante entregou cerca de 30% dos aviões previstos no ponto médio das projeções (guidance) para 2024, de 206 aeronaves.
Leia Também
- Ainda dá pra ganhar dinheiro com a bolsa este ano? Os FIIs vão superar o mal estar econômico? ETF de Ethereum vai sair? Veja o “Onde Investir” deste mês e descubra as respostas
A carteira de pedidos da Embraer (EMBR3)
Já a carteira de pedidos da Embraer (EMBR3) subiu 22% em relação ao mesmo período de 2023, atingindo US$ 21,1 bilhões no segundo trimestre de 2024 — o melhor desempenho da companhia em sete anos.
A aviação comercial foi responsável por US$ 11,3 bilhões na carteira de pedidos firmes (backlog). O segmento foi impulsionado pela encomenda de 20 jatos E2 pela Mexicana de Aviación, a companhia aérea estatal do México.
Enquanto isso, o segmento executivo contribuiu com US$ 4,6 bilhões na carteira. Já a unidade de serviços e suporte somou US$ 3,1 bilhões no segundo trimestre.
Por sua vez, a carteira da unidade de defesa e segurança chegou a US$ 2,1 bilhões.
Vale destacar que a cifra não considera a seleção da aeronave de transporte tático militar do C-390 por alguns países da Europa — o que representa uma fonte significativa de potencial crescimento para os próximos trimestres, segundo a empresa.
O que dizem os analistas?
Na avaliação do Itaú BBA, a estabilidade da carteira de pedidos firmes da Embraer sinaliza que a “tendência operacional sólida permanece”, com demanda saudável em todos os segmentos da aviação.
Entretanto, as divisões comercial e executiva ficaram levemente abaixo das expectativas dos analistas.
Por isso, para atingir o piso do guidance estipulado para 2024, de 197 entregas, as unidades comerciais e executivas devem acelerar as entregas em cerca de 15% e 5% em base anual no segundo semestre deste ano, respectivamente.
O banco manteve recomendação de outperform — equivalente a compra — para as ADRs da Embraer negociadas em Wall Street, com preço-alvo de US$ 36 por papel ERJ, implicando em uma valorização potencial de 22,9% em relação ao último fechamento.
Já segundo o BTG Pactual, a expectativa é de uma melhora gradual nas entregas ao longo do ano, refletindo uma melhor sazonalidade, já que o primeiro semestre costuma ser tradicionalmente o período mais fraco do ano.
“Apesar de perder um pouco nossas estimativas, as entregas registraram uma grande melhora trimestralmente, o que nos leva a reiterar nossa expectativa de resultados positivos no segundo trimestre”, afirmou o banco.
Nas contas dos analistas, a Embraer negocia a um múltiplo de 7,4 vezes a relação valor de firma sobre Ebitda (EV/Ebitda) de 2025, o que implica em um valuation descontado em relação aos pares globais de aviação, que possuem um múltiplo médio de 11 vezes a 12 vezes.
Além disso, a fraqueza do real frente ao dólar também favorece a fabricante aeronáutica brasileira, uma vez que a companhia tem boa parte de suas receitas dolarizadas.
O BTG possui recomendação de compra para as ADRs, com preço-alvo de US$ 32 para os próximos 12 meses, o que corresponde a uma alta potencial de 9% em relação ao último fechamento.
Por sua vez, o Goldman Sachs revisou para cima as perspectivas para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), indicador usado para mensurar a geração de caixa de uma empresa, de 2024 a 2027. Confira as projeções:
- 2024: US$ 659 milhões (contra US$ 646 milhões)
- 2025: US$ 806 milhões (contra US$ 789 milhões)
- 2026: US$ 877 milhões (contra US$ 877 milhões)
- 2027: US$ 952 milhões (contra US$ 995 milhões)
O banco ainda elevou o preço-alvo das ADRs para os próximos 12 meses, de US$ 36 para US$ 37, implicando em um potencial de valorização de 26,3%.
Ataque hacker: Prisão de suspeito confirma o que se imaginava; entenda como foi orquestrado o maior roubo da história do Brasil
Apesar de em muito se assemelhar a uma história de filme, o ataque — potencialmente o maior roubo já visto no país — não teve nada de tão sofisticado ou excepcional
CVM facilita registro e ofertas públicas para PMEs; conheça o novo regime para empresas de menor porte
A iniciativa reduz entraves regulatórios e cria regras proporcionais para registro e ofertas públicas, especialmente para companhias com receita bruta anual de até R$ 500 milhões
Cinco ações empatam entre as mais recomendadas para o mês de julho; confira quais são
Os cinco papéis receberam duas recomendações cada entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro
Abrasca defende revisão das regras do Novo Mercado e rebate críticas sobre retrocesso na governança
Executivos da associação explicam rejeição às propostas da B3 e apontam custos, conjuntura econômica e modelo de decisão como fatores centrais
Ação da Klabin (KLBN11) salta até 4% na bolsa; entenda o que está por trás dessa valorização e o que fazer com o papel
Pela manhã, a empresa chegou a liderar a ponta positiva do principal índice da bolsa brasileira
Megaprojeto da Petrobras (PETR4) prevê aporte de R$ 26 bilhões em refino com participação da Braskem (BRKM5). Mas esse é um bom investimento para a estatal?
Considerando todos os recursos, o investimento no Rio de Janeiro ultrapassa os R$ 33 bilhões; à Braskem caberá R$ 4,3 bilhões para a ampliação da produção de polietileno
Câmara chama Gabriel Galípolo para explicar possível aval do Banco Central à compra do Master pelo BRB
Operação já foi aprovada pela Superintendência-Geral do Cade e agora aguarda autorização da autoridade monetária
Oi (OIBR3) entra com pedido de recuperação judicial para duas subsidiárias
Segundo o fato relevante divulgado ao mercado, o movimento faz parte do processo de reestruturação global do grupo
Roubo do século: Banco Central autoriza C&M a religar os serviços após ataque hacker; investigações continuam
De acordo com o BC, a suspensão cautelar da C&M foi substituída por uma suspensão parcial e as operações do Pix da fintech voltam ao ar nesta quinta-feira
Embraer (EMBR3) ganha ritmo: entregas e ações da fabricante avançam no 2T25; Citi vê resultados promissores
A estimativa para 2025 é de que a fabricante brasileira de aeronaves entregue de 222 a 240 unidades, sem contar eventuais entregas dos modelos militares
Banco do Brasil (BBAS3) decepciona de novo: os bancos que devem se sair melhor no segundo trimestre, segundo o BofA
A análise foi feita com base em dados recentes do Banco Central, que revelam desafios para alguns gigantes financeiros, enquanto outros reforçam a posição de liderança
WEG (WEGE3) deve enfrentar um segundo trimestre complicado? Descubra os sinais que preocupam o Itaú BBA
O banco alerta que não há gatilhos claros de curto prazo para retomada da queridinha dos investidores — com risco de revisões negativas nos lucros
Oi (OIBR3) propõe alteração de plano de recuperação judicial em busca de fôlego financeiro para evitar colapso; ação cai 10%
Impacto bilionário no caixa, passivo trabalhista explodindo e a ameaça de insolvência à espreita; entenda o que está em jogo
Exclusivo: Fintech afetada pelo ‘roubo do século’ já recuperou R$ 150 milhões, mas a maior parte do dinheiro roubado ainda está no “limbo”
Fontes que acompanham de perto o caso informaram ao Seu Dinheiro que a BMP perdeu em torno de R$ 400 milhões com o ataque cibernético; dinheiro de clientes não foi afetado
Gol (GOLL54) encerra capítulo da recuperação judicial, mas processo deixa marca — um prejuízo de R$ 1,42 bilhão em maio; confira os detalhes
Apesar do encerramento do Chapter 11, a companhia aérea segue obrigada a enviar atualizações mensais ao tribunal norte-americano até concluir todas as etapas legais previstas no plano de recuperação
Vale (VALE3) mais pressionada: mineradora reduz projeção de produção de pelotas em 2025, mas ações disparam 2%; o que o mercado está vendo?
A mineradora também anunciou que vai paralisar a operação da usina de pelotas de São Luís durante todo o terceiro trimestre
Natura começa a operar com novo ticker hoje; veja o que esperar da companhia após mudança no visual
O movimento faz parte de um plano estratégico da Natura, que envolve simplificação da estrutura societária e redução de custos
Casas Bahia (BHIA3): uma luz no fim do túnel. Conversão da dívida ajuda a empresa, mas e os acionistas?
A Casas Bahia provavelmente vai ter um novo controlador depois de a Mapa Capital aceitar comprar a totalidade das debêntures conversíveis em ações. O que isso significa para a empresa e para o acionista?
Empresas do Novo Mercado rejeitam atualização de regras propostas pela B3
Maioria expressiva das companhias listadas barra propostas de mudanças e reacende debate sobre compromisso com boas práticas corporativas no mercado de capitais; entenda o que você, investidor, tem a ver com isso.
O roubo do século: Hacker leva mais de R$ 1 bilhão em ataque a empresa de software que presta serviços a bancos
Um ataque cibernético à empresa de software C&M, que presta serviços ao sistema financeiro, resultou em um roubo estimado em R$ 1 bilhão