IA na Black Friday: como evitar fraudes e usar a inteligência artificial para proteger o seu negócio
A Inteligência Artificial amplia as possibilidades para os golpistas, porém é possível virar “o feitiço contra o feiticeiro” e usá-la para combater fraudes

Nesta última semana, as empresas vêm fazendo contagem regressiva para a sexta-feira (29), quando a Black Friday atinge o seu ápice e os consumidores vão às compras.
Porém, o período é acompanhado por um aumento significativo nas tentativas de fraudes. E quando o assunto é golpe, a popularização da Inteligência Artificial (IA) facilita o trabalho dos fraudadores.
De acordo com Thiago Bertacchini, executivo sênior de vendas da Mangopay, a facilitação na compra das ferramentas ampliou o alcance dos golpistas, que costumam usar os bots, softwares que executam tarefas automatizadas e pré-definidas, para a criação de textos de mensagens.
“Apesar de existir muita informação sobre os golpes, os criminosos estão sempre tentando estar um passo à frente”, afirmou o executivo em entrevista ao Seu Dinheiro.
Já o diretor comercial da 1datapipe, Igor Castroviejo, avalia que a popularização da Inteligência Artificial também produz oportunidades de golpes através da produção de imagens para acesso a contas fraudulentas ou criação de perfil em sites de e-commerce.
Feitiço contra o feiticeiro: o uso da IA para combater fraudes
Apesar da tecnologia ampliar as possibilidades para os golpistas, é possível virar “o feitiço contra o feiticeiro” e utilizar a Inteligência Artificial para combater as fraudes.
Leia Também
Vítimas de metanol: o alerta que o caso Backer traz
Isso porque, para as empresas, a tecnologia pode atuar com um aumento da capacidade de análise e aprovação dos dados do cliente na hora da compra.
Em um momento de alto volume de transações, como ocorre na Black Friday, a inteligência artificial identifica informações suspeitas e ativa gatilhos que impedem a realização do golpe.
Através de ferramentas antifraude que são aprimoradas com IA e machine learning, os fornecedores conseguem criar uma base de dados sobre os hábitos de cada cliente dentro das plataformas.
Assim, quando uma transação foge do padrão estipulado pela tecnologia, o sistema entende que pode ser uma fraude e sinaliza para o varejista.
“O fraudador, hoje, é muito profissional e está sempre buscando novas formas de burlar as proteções. Para as empresas conseguirem processar uma quantidade muito alta de dados e impedir as fraudes, a Inteligência Artificial é o único caminho efetivo”, relata Bertacchini.
De acordo com um levantamento da Accenture, as empresas que adotaram tecnologias de IA e machine learning no combate a fraudes viram uma diminuição de até 70% nos prejuízos financeiros causados por golpes.
Quais são os golpes mais comuns e como não cair nas ciladas?
Apesar de estar em constante evolução, as fraudes seguem modelos já conhecidos no mercado. Entre elas, as mais comuns são as técnicas de engenharia social, que convence os consumidores a passarem os seus dados para os golpistas.
Contudo, as técnicas que envolvem a digitalização devem ser tratadas com maior atenção pelas empresas, como é o caso da identificação facial dos clientes. Já que, com a IA, os fraudadores possuem um maior número de ferramentas para simular as feições dos usuários através de fotos nas redes sociais.
Além disso, de acordo com os especialistas, com o avanço da tecnologia e dos marketplaces, o consumidor passa a ter uma experiência cada vez mais simplificada nas plataformas. Porém, a agilidade também facilita a ação criminosa.
Isso porque, se o golpista tiver acesso ao cadastro dos clientes em sites de lojas, pode conseguir informações importantes, como dados de cartões, endereço e até o CPF da vítima.
Dessa forma, para se proteger do que há de novo e antigo nas técnicas de golpe, confira as três fraudes mais comuns que afetam as empresas e como evitá-las:
1. Invasão de contas
A invasão de contas é um método em que os criminosos utilizam dados vazados, ataques de força bruta, senhas fracas ou phising para obter acesso às contas legítimas de usuários.
Esse tipo de fraude permite que os atacantes realizem compras fraudulentas ou acessem dados sensíveis.
Para evitar esse golpe, é necessário empregar biometria comportamental, que analisa os padrões de comportamento dos clientes na plataforma.
Outra tecnologia que ajuda no combate a esse tipo de fraude é o device fingerprinting, o qual retém diversas informações sobre o aparelho, criando uma espécie de “impressão digital” do dispositivo.
Assim, caso haja muitas distinções entre as compras realizadas anteriormente, a tecnologia vai acionar mecanismos de defesa contra a possível fraude.
Por fim, a autenticação multifatorial também é uma ferramenta que ajuda no combate da invasão de contas.
2. Ataques automatizados com bots
Os bots são amplamente utilizados em atividades fraudulentas, como preenchimento automático de formulários.
Para evitar essa fraude, as empresas podem utilizar tecnologias de análise comportamental e detecção de bots que identifiquem automaticamente atividades repetitivas e fora do padrão humano.
3. Fraudes de pagamento e chargebacks
Esse tipo de golpe ocorre quando um comprador usa um cartão roubado ou cancela uma compra para obter um reembolso indevido.
Neste caso, a combinação de biometria comportamental e análise de dados históricos ajudam a prever tentativas de fraude e a reduzir o volume de chargebacks.
- VAREJO: é melhor investir no Mercado Livre (MELI34) ou na Amazon (AMAZO34)? Analistas explicam o que fazer com ativos após resultados do 3T24; cadastre-se e confira
Prejuízo no bolso: quem paga a conta das fraudes na Black Friday?
Durante a semana da Black Friday, as empresas precisam redobrar a atenção em relação às atividades criminosas — ou, então, podem acabar pagando a conta pelos golpes.
De acordo com Bertacchini, a responsabilidade de garantir um ambiente seguro para a realização das compras é do fornecedor, assim, em caso de fraude, a empresa precisa ressarcir o consumidor.
“Os clientes são vítimas e possuem menos possibilidades para combater a fraude. As empresas possuem inúmeras ferramentas que evitam que esses golpes tenham sucesso”, explica.
Além de ser uma prática comum entre instituições financeiras e empresas, a legislação brasileira, por meio da Lei Nº 8.078, também protege os consumidores em caso de fraudes.
Porém, Castroviejo avalia que tanto o consumidor quanto as empresas saem prejudicadas com as oportunidades de golpes que surgem com a IA. Assim, precisam atuar de forma conjunta para evitá-los.
“Existem vulnerabilidades das empresas que precisam ser combatidas, mas a educação das pessoas em relação às fraudes também é muito importante”, ressalta.
Quem é a empresa que quer ganhar dinheiro licenciando produtos do metrô de São Paulo
A 4Takes, responsável por marcas como Porsche e Mercedes-Benz, agora entra nos trilhos do Metrô de São Paulo, com direito a loja oficial e pop-up nas estações
Dona da Gol (GOLL54), Abra mira IPO nos EUA em meio à reorganização da aérea no Brasil
Controladora da companhia aérea pretende abrir capital no exterior enquanto a Gol avalia fechar o capital local e sair do nível 2 de governança da B3
Do “Joesley Day” à compra da Eletronuclear: como os irmãos Batista se reergueram de escândalo e ampliaram seu império
Após o escândalo do “Joesley Day”, os irmãos Batista voltam aos holofotes com a compra da Eletronuclear e ampliam o alcance da J&F no setor de energia nuclear
Moody’s Analytics já estava prevendo a crise na Ambipar (AMBP3) desde 2024… foi só o mercado que não viu
De acordo com o diretor Tadeu Marcon Teles, o modelo da companhia já indicava “mudanças notáveis no perfil de risco” da Ambipar desde dezembro
O gatilho ‘esquecido’ que pode impulsionar as ações da Usiminas (USIM5) em até mais de 60%, segundo o UBS BB
Segundo o UBS BB, o mercado ignora um possível gatilho para a Usiminas (USIM5): a aprovação de medidas antidumping contra o aço chinês, que pode elevar as margens da companhia e impulsionar as ações em mais de 60%
Weg (WEGE3) fortalece presença no setor elétrico com compra 54% da Tupi Mob, de gestão de redes de recarga de veículos, por R$ 38 milhões
Weg (WEGE3) compra 54% da Tupi Mob, dona de plataforma que conecta motoristas a redes de recarga de veículos elétricos, para fortalecer sua presença no setor de mobilidade elétrica
Mais um fundo deixa a PDG Realty (PDGR3): incorporadora anuncia que FIDC Itamaracá vendeu toda sua participação na empresa
FDIC Itamaracá vendeu todas as ações que detinha na PDG Realty, cerca de 35,1% do capital social; fundo VKR já havia vendido sua participação
Vulcabras (VULC3): CFO expõe estratégia que fez a dona da Olympikus e da Mizuno cair nas graças de analistas e gestores
O Seu Dinheiro conversou com o CFO da empresa, Wagner Dantas, sobre a estratégia que tem impulsionado os resultados da companhia e quais são os desafios pela frente
De quem é o restaurante Jamile, com cardápio assinado pelo chef Henrique Fogaça e palco de tragédia em SP
O restaurante Jamile, cujo cardápio é assinado pelo chef Henrique Fogaça, esteve no centro de uma investigação após a morte de uma funcionária
RD Saúde (RADL3) já se valorizou, mas pode subir ainda mais: JP Morgan projeta salto de mais de 44%
RD Saúde, antiga Raia Drogasil: Para o JP Morgan, empresa de redes de farmácia se destaca no setor de varejo brasileiro mais amplo, dado o desempenho das ações (RADL3)
99 fora do ar? Usuários do aplicativo de caronas reclamam de instabilidade
Usuários do 99 relatam dificuldades para utilizar aplicativo de caronas e banco
Céu de brigadeiro: Embraer (EMBR3) conquistou Itaú BBA e BTG Pactual com novos pedidos bilionários
Terceira maior fabricante de aviões do mundo, Embraer conquistou Itaú BBA e o BTG Pactual, que reiteraram a recomendação de compra para as ações (EMBR3; NYSE: ERJ)
Cyrela (CYRE3) tem vendas aceleradas mesmo em momento de juros altos; veja por que ações podem subir até 35%, segundo o BB Investimentos
A incorporadora, cujas ações estão em alta no ano, mais que dobrou o volume de lançamentos, o que fez o BB Investimentos elevar o preço-alvo para os papéis
Ação ficou barata? Por que Hapvida (HAPV3) vai recomprar até 20 milhões de ações na bolsa
O conselho de administração da Hapvida aprovou a criação de um programa para aquisição de até 20 milhões de ações HAPV3
Governo Lula entra em campo para salvar os Correios e busca empréstimo de R$ 20 bilhões com garantia da União
Desde 2022, a estatal apresenta prejuízos, mas o resultado negativo vem piorando semestre a semestre
J&F, dos irmãos Batista, compra participação da Eletrobras (ELET3) na Eletronuclear por R$ 535 milhões e estreia no setor de energia nuclear
O acordo também prevê que a holding dos Batista assumirá garantias e adotará as providências necessárias com os credores e parceiros da Eletronuclear
Reag oficialmente troca de mãos, e novo controlador revela planos. Agora, o que falta é uma OPA
Com a operação, a holding Arandu Partners comprou cerca de 87,4% do capital total da Reag. Veja os próximos passos
BRB rebate acusações de negócios com Master “às margens do Banco Central”; confira os detalhes
Segundo o documento, as operações realizadas pelo BRB seguem a dinâmica natural do mercado financeiro, “sempre com o objetivo de gerar eficiência, rentabilidade e crescimento”
Moura Dubeux (MDNE3) ainda pode subir mais de 50%, na visão do Bradesco BBI; veja o novo-preço alvo da construtora nordestina
Banco revisou estimativas após balanço do terceiro trimestre e destaca que companhia superou as expectativas
Streaming famoso vai mudar de nome e você vai ficar com cara de tacho quando souber qual é
Menos “+”, mais confusão: a Apple rebatiza seu streaming para parecer simples, mas o nome agora vale por três