🔴 [NO AR] MERCADO TEME A FRAGMENTAÇÃO DA DIREITA? ENTENDA A REAÇÃO DOS ATIVOS – ASSISTA AGORA

Estadão Conteúdo

REQUISITOS MÍNIMOS

Por que Enel dificilmente perderá concessão mesmo depois de deixar SP no escuro de novo

Novo apagão na Enel em São Paulo reacende crítica sobre serviço e pressão política sobre concessão e penalidades à empresa

Estadão Conteúdo
24 de março de 2024
9:41 - atualizado às 10:13
Logo da Enel
Logo da Enel - Imagem: Divulgação

O apagão da última segunda-feira (18) no centro da capital paulista trouxe de volta os questionamentos sobre a qualidade do serviço prestado pela Enel e sinalizações de que poderia haver uma penalidade mais grave, como a caducidade da concessão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Contudo, para especialistas ouvidos pelo Broadcast Energia, uma ação como essa é pouco provável de acontecer.

Isso porque a empresa vem cumprindo requisitos mínimos de qualidade no fornecimento e de equilíbrio econômico financeiro da concessão exigidos pelo regulador.

O mais recente blecaute deixou 38 mil moradores de bairros como Higienópolis, Santa Cecília e Vila Buarque sem luz. O comércio da região central também foi duramente afetado. Hospitais e clínicas foram obrigados a restringir os atendimentos ou a dispensar os pacientes.

Governo busca responsabilização da Enel

Na terça-feira (19), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou ter convocado o presidente da distribuidora, Max Xavier, para uma reunião e disse que encaminhou ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), pedindo a apuração dos fatos e a responsabilização da concessionária.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Silveira também sugeriu que a empresa estaria demonstrando incapacidade de prestar serviços de qualidade à população. "É urgente a comprovação de que a empresa seja capaz de continuar atuando em suas concessões no Brasil", disse a nota do MME.

Leia Também

Leia também

Falta base jurídica

Na avaliação do sócio do escritório CGM Advogados, Alexei Vivan, embora seja possível que alguém faça o pedido de caducidade, não haveria base jurídica para que o processo avance ao ponto de perda da concessão.

"Não há base do ponto de vista jurídico e regulatório para que um pedido desses seja aceito", disse o advogado, ao explicar que uma solicitação dessas acarretaria num processo administrativo no qual a empresa poderia apresentar suas razões e se defender.

Uma caducidade sumária poderia provocar judicialização.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Saída da Enel não resolveria problema imediatamente

Vivan afirma também que mesmo numa hipótese mais remota de o pedido ser aceito, o governo ficaria com um problema que é licitar novamente a concessão e ter uma nova empresa atuando no local.

Além disso, ele destaca que não vê uma relação direta entre os problemas enfrentados pela Enel e uma má gestão ou falta de investimentos.

"Independentemente de quem opere concessão, vai operar da forma como consegue operar."

Opinião semelhante tem o advogado especializado no setor elétrico André Edelstein.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Plano de ação é necessário

Para ele, contudo, as tratativas entre Enel e governo podem evoluir para a construção de um plano de ação, com medidas concretas para melhorar a qualidade do serviço.

"É uma possibilidade, mas a perda da concessão seria uma medida muito extrema. O que a gente viu em outras situações relacionadas à qualidade do serviço é a definição de planos de resultados", comentou, citando caso da Light.

Edelstein lembra que, para retirar a concessão de uma empresa, seria necessário ter uma justificativa para além da falta de energia em determinada localidade.

"Não é automático assim. É um processo complexo, que tem medidas punitivas que antecedem a caducidade e um passo a passo que precisa ser seguido, entre elas abertura de processo administrativo para constatar falhas", comentou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Aneel dispõe de instrumentos para induzir melhor de operadoras como a Enel

Ele destacou que hoje a Aneel tem inúmeros instrumentos administrativos e de fiscalização que costumam ter efeito para induzir as empresas a melhorarem sua atuação, entre eles o acompanhamento dos trabalhos, com advertências e penalidades.

De fato, a agência reguladora já aplicou multa nos últimos meses por falhas no fornecimento.

No mês passado, multou em R$ 165,8 milhões a distribuidora pela atuação durante o apagão em novembro do ano passado que afetou o fornecimento do serviço de energia a milhões de consumidores na capital paulista e região metropolitana, após uma forte tempestade.

Precedente favorece a Enel

Um assessor jurídico no setor que falou na condição de anonimato lembrou que o governo federal sequer encaminhou o processo de caducidade da distribuidora Amazonas Energia, já recomendado pela Aneel diante das limitações operacionais e financeiras apresentadas pelo atual concessionário.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Se o MME não fez nada com a Amazonas, que tem condição muito mais grave, só posso crer que essa declaração do ministro Silveira seja um mecanismo de pressão", disse.

Renovação das concessões

Pressão política e sinalização de poder de controle também foram as palavras usadas por outros especialistas ouvidos pela reportagem.

"Essa pressão política é bem complicada", disse um advogado especializado no setor.

Ele avaliou que isso pode dificultar o caminho do grupo italiano para renovar a concessão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No entanto, sugere que a troca de concessionário não é simples.

"Achar um novo concessionária às pressas não será tão fácil, soluções populistas para assuntos complexos explodem no colo do consumidor", disse.

São Paulo não é a única área concedida à Enel no Brasil

O grupo Enel possui três concessões de distribuição no País.

A Enel Rio tem contrato que expira em dezembro de 2026, a concessão da Enel Ceará encerra em maio de 2028 e a Enel São Paulo tem contrato até junho de 2028.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O governo federal ainda não anunciou as diretrizes para a renovação dos contratos, mas sinaliza que exigirá mais investimentos e "endurecerá" os índices que medem a qualidade do serviço e os mecanismos de fiscalização.

Enel culpa calor e consumo

Na sexta-feira, São Paulo teve o quinto dia seguido com problemas de abastecimento de energia na área central.

Comerciantes na região da 25 de Março, uma as principais de comércio popular no País, alegaram enfrentar falta de luz há uma semana.

Na noite de quinta-feira, a esquina das Avenidas São João e Ipiranga, um ícone da capital, ficou sem luz, assim como os Edifícios Copan e Itália.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A companhia disse que mobilizou geradores para atender os consumidores que passariam mais uma noite sem luz.

Para a TV Cultura, a Enel apresentou nova justificativa para os apagões reincidentes.

"No caso das regiões da 25 de Março e da Santa Cecília, a última ocorrência registrada foi agravada pelo excessivo consumo de energia associado às elevadas temperaturas, o que dificultou a recomposição das redes subterrâneas, deixando alguns grupos de clientes sem fornecimento."

Para o Estadão, a empresa disse que "lamenta os transtornos causados aos clientes e reitera que tem mobilizado todos os esforços e recursos para restaurar os parâmetros originais da rede afetada", disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A empresa alega que o trabalho na rede subterrânea é bastante complexo, envolvendo condições de temperatura e espaços confinados para acesso - e novamente não deu previsão de restabelecimento definitivo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RECALCULANDO A ROTA

Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão

23 de dezembro de 2025 - 18:55

Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação

UM NOVO GÁS

Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos

23 de dezembro de 2025 - 16:29

Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3

VAREJO EM ALERTA

Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal

23 de dezembro de 2025 - 15:39

Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios

ALIANÇA PET

AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes

23 de dezembro de 2025 - 14:00

Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho

DE OLHO NA B3

IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança

23 de dezembro de 2025 - 13:01

A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial

MUDANÇAS À FRENTE?

Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3

23 de dezembro de 2025 - 11:58

Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?

VIRADA CHEGOU MAIS CEDO

Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica

23 de dezembro de 2025 - 11:25

Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk

DE OLHO NA REESTRUTURAÇÃO

AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações

23 de dezembro de 2025 - 9:59

Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda

ANO NOVO, DIRETORIA NOVA

Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025

23 de dezembro de 2025 - 9:39

Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO

NATAL CHEGOU MAIS CEDO?

Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista

23 de dezembro de 2025 - 8:21

Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação

MAIS RUÍDOS

Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?

23 de dezembro de 2025 - 7:49

A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda

ONDA DE PROVENTOS

Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos

22 de dezembro de 2025 - 20:31

Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026

REFORMA DA DIRETORIA

Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo

22 de dezembro de 2025 - 19:15

Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca

PARA ALÉM DOS GIGANTES

Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses

22 de dezembro de 2025 - 19:01

Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações

DEPOIS DA VIRADA

Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais

22 de dezembro de 2025 - 18:21

Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa

FECHANDO CAPITAL

Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana

22 de dezembro de 2025 - 17:33

Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta

DE OLHO NO FUTURO

A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança

22 de dezembro de 2025 - 16:17

Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo

SOB ESCRUTÍNIO

Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores

22 de dezembro de 2025 - 13:29

Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo

BET QUE NÃO É BET?

Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil

22 de dezembro de 2025 - 11:30

Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil

NEM PAPAI NOEL RESOLVE

Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas

22 de dezembro de 2025 - 10:42

JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar