A Tesla vai ficar para trás? Por que as rivais chinesas investem mais em pesquisa sobre carros elétricos do que Elon Musk
Montadoras asiáticas já desembolsam o mesmo tanto ou até mais do que seus pares globais em pesquisa e desenvolvimento em percentuais de receita
A liderança da Tesla no mercado de carros elétricos está cada vez mais sob ameaça — e as fabricantes chinesas não parecem dispostas a desacelerar o ritmo da agressiva expansão.
De acordo com análise da CNBC dos balanços das montadoras no primeiro trimestre, as asiáticas decidiram gastar mais dinheiro em pesquisa do que a empresa de Elon Musk.
Trata-se de uma estratégia de sobrevivência no mercado automotivo da China — que é o maior do mundo e com maior nível de competição. Por lá, os veículos elétricos e híbridos ganharam força, crescendo para mais de 40% das vendas.
Muitas montadoras chinesas já desembolsam o mesmo tanto ou até mais do que seus pares globais em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em percentuais de receita, afirmou o analista de automóveis da UBS, Paul Gong, em entrevista à CNBC.
- Os balanços do 2T24 já estão sendo publicados: receba em primeira mão a análise dos profissionais da Empiricus Research e saiba quais ações comprar neste momento. É totalmente gratuito – basta clicar aqui.
Os gastos das rivais chinesas da Tesla
Uma das principais rivais da Teska, a BYD investiu o equivalente a US$ 1,47 bilhão em P&D entre janeiro e março de 2024, equivalente a 8% do faturamento.
O montante supera os desembolsos da empresa de Elon Musk, que chegaram a US$ 1,15 bilhão em igual intervalo de tempo.
Leia Também
Em termos percentuais, a Nio é a empresa chinesa de carros elétricos com ações listadas nos EUA que mais destinou recursos à pesquisa. A companhia gastou quase 29% da receita em pesquisa e desenvolvimento nos primeiros três meses do ano.
Para ter uma dimensão, no mesmo período, a Tesla gastou apenas 5,4% do faturamento nestas iniciativas. Já no trimestre encerrado em junho, a cifra caiu ainda mais, para 4,2% das receitas da montadora.
Enquanto isso, a Xpeng destinou 20% das receitas do primeiro trimestre em P&D. Já o percentual da Li Auto foi de 11%.
Por sua vez, a Zeekr, subsidiária de carros elétricos da gigante automobilística Geely, listada nos EUA, desembolsou 13% das vendas em pesquisa e desenvolvimento.
A controladora Geely — negociada em Hong Kong — não divulgou o número no balanço do primeiro trimestre, mas, nos últimos quatro anos, a companhia destinou pelo menos 4% da receita em pesquisa.
A Huawei divulgou que gasta pelo menos 10% da receita em P&D.
- Leia também: Carro híbrido com etanol vira a “bola da vez” na disputa com modelo 100% elétrico: mas qual é a melhor solução?
Os efeitos dos investimentos maiores em P&D
Até agora, não está claro se investimentos intensos em desenvolvimento se traduzem em ganhos de competitividade no longo prazo.
Afinal, a própria Nio operou no vermelho por muitos anos. Foi só nos últimos meses que a fabricante chinesa começou a ver aumento nos níveis de entregas de seus carros mais caros.
“Todo mundo está falando sobre involução agora”, disse Feng Shen, presidente do comitê de gestão de qualidade da Nio. “Mas as empresas devem [competir] em qualidade.”
Segundo o executivo, “se você não consegue fazer um bom trabalho em qualidade, não há nada que você possa dizer”.
- No mercado financeiro, agir rápido é essencial para capturar as melhores oportunidades. E você pode receber as informações mais importantes do dia antes mesmo de a bolsa abrir. Basta clicar aqui para se inscrever gratuitamente em uma das newsletters mais lidas da Faria Lima.
Atualmente, a Nio tem um plano arrojado para aumentar a qualidade de seus produtos, a começar pelas novas tecnologias e inovação na cadeia de suprimentos.
Em entrevista à CNBC, o analista de automóveis da UBS, Paul Gong, alertou que a proporção entre gastos com pesquisa e vendas não é uma questão definitiva de real inovação tecnológica.
“Se eles podem vender mais carros com uma lucratividade melhor, isso basicamente significa que suas maneiras inovadoras provavelmente estão certas. Parte disso pode não estar em funcionalidades bacanas”, disse Gong, acrescentando que isso poderia incluir cortes de custos. “Menos chiques, mas realmente poderosos.”
*Com informações da CNBC.
Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões
No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono
Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real
Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha
Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG
A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher
Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
