Depois de fechar proposta de orçamento para 2025, Simone Tebet revela quando governo fará o ‘verdadeiro’ corte de gastos
Simone Tebet também assegurou que cortes serão suficientes para fechar as contas em 2025 e que o arcabouço fiscal “veio para ficar”

O congelamento de R$ 25,9 bilhões em gastos do governo será suficiente para fechar as contas em 2025. A afirmação foi feita neste sábado pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, durante painel na Expert XP.
Apesar disso, prosseguiu ela, o governo precisará avançar na agenda de corte de despesas nos próximos anos.
Na véspera do envio do PLOA ao Congresso, a equipe econômica apresentou uma estimativa de até R$ 25,9 bilhões com revisão de benefícios e realocações de despesas de assistência social e previdenciárias.
Quando o governo vai cortar os gastos?
Simone Tebet também afirmou que a agenda de revisão estrutural de gastos federais começará no segundo semestre de 2025, com efeito no orçamento de 2026.
Ela cita como exemplo o reexame de subsídios e descarta que as aposentadorias do INSS estejam no radar na discussão sobre desvinculamento de despesas. Além de aposentadorias, há outros benefícios com vinculação ao reajuste real do salário mínimo.
Leia Também
Lula defende redução da jornada 6x1 em discurso do Dia do Trabalhador
“Está chegando a hora de o Congresso e o Executivo sentarem e verificarem o que é possível, na questão estruturante, rever os gastos públicos. A verdadeira revisão de gastos se dará no segundo semestre do ano que vem, visando o ano de 2026”, declarou em painel realizado no Expert Week, em São Paulo.
Segundo ela, os anos 2023 e 2024 foram marcados pela "recomposição da carga tributária", repetindo que a via do aumento de receitas para cumprir a meta fiscal está se esgotando.
“Qualquer coisa a mais pode impactar carga; não podemos aumentar a carga tributária”, mencionou a ministra.
Controle dos gastos e análise da eficiência e qualidade na alocação de despesas
Simone Tebet também afirmou que a equipe econômica tem cardápio de medidas para "modernizar políticas públicas". Essa reavaliação da qualidade de gastos levaria a redução de despesas, disse ela.
“Integração de políticas públicas está no nosso cardápio; modernização das vinculações também. Não precisamos mexer na vinculação das aposentadorias; temos outros mecanismos”, afirmou.
Sobre o controle de subsídios, ela disse ser necessário avaliar quais realmente atendem interesses públicos.
Disse ainda que desde o começo do mandato o governo tem olhado para o controle dos gastos públicos. A redução de gastos tributários é uma das prioridades do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Simone Tebet defende o arcabouço
Simone Tebet também reforçou que o arcabouço fiscal "veio para ficar" e que o governo vai alcançar a meta de primário em 2024 e nos anos seguintes, apesar de expectativas contrárias de agentes de mercado.
Ela também reforçou que a peça orçamentária enviada ao Congresso será executada plenamente e defendeu que a reforma tributária sobre o consumo precisa ser neutra do ponto de vista fiscal.
Tebet descartou qualquer mudança no regramento do arcabouço fiscal ou na meta de resultado primário. Ela lembrou que há instrumentos da lei, como bloqueios de recursos, para possibilitar ajustes ao longo do ano e permitir o cumprimento da meta.
"Não vamos mudar o arcabouço e muito menos mudar a meta do ano que vem", disse.
"Lula deu autorização para cortar R$ 25,9 bilhões no ano que vem, para cumprir a meta zero."
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
A resposta de Lula a Donald Trump: o Brasil não é um parceiro de segunda classe
O presidente brasileiro finalmente sancionou, sem vetos, a lei de reciprocidade para lidar melhor com casos como o tarifaço dos EUA
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Guerra comercial abre oportunidade para o Brasil — mas há chance de transformar Trump em cabo eleitoral improvável de Lula?
Impacto da guerra comercial de Trump sobre a economia pode reduzir pressão inflacionária e acelerar uma eventual queda dos juros mais adiante no Brasil (se não acabar em recessão)
Petrobras (PETR4) avança em processo para tirar ‘novo pré-sal’ do papel
Petrobras recebeu permissão para operar a Unidade de Atendimento e Reabilitação de Fauna. O centro é uma exigência do Ibama para liberar a busca de petróleo no litoral do Amapá
Com eleições de 2026 no radar, governo Lula melhora avaliação positiva, mas popularidade do presidente segue baixa
O governo vem investindo pesado para aumentar a popularidade. A aposta para virar o jogo está focada principalmente na área econômica, porém a gestão de Lula tem outra carta na manga: Donald Trump
Tarifas gerais de Trump começam a valer hoje e Brasil está na mira; veja como o governo quer reagir
Além do Brasil, Trump também impôs tarifa mínima de 10% a 126 outros países, como Argentina e Reino Unido
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Lula reclama e Milei “canta Queen”: as reações de Brasil e Argentina às tarifas de Trump
Os dois países foram alvo da alíquota mínima de 10% para as exportações aos EUA, mas as reações dos presidentes foram completamente diferentes; veja o que cada um deles disse
Eleições 2026: Lula tem empate técnico com Bolsonaro e vence todos os demais no 2º turno, segundo pesquisa Genial/Quaest
Ainda segundo a pesquisa, 62% dos brasileiros acham que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não deveria se candidatar à reeleição em 2026
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
A resposta de Lula às tarifas de Trump: Brasil pode pegar pesado e recorrer à OMC
O governo brasileiro estuda todas as opções para se defender das medidas do governo norte-americano e, embora prefira o diálogo, não descarta acionar os EUA na Organização Mundial do Comércio
Não haverá ‘bala de prata’ — Galípolo destaca desafios nos canais de transmissão da política monetária
Na cerimônia de comemoração dos 60 anos do Banco Central, Gabriel Galípolo destacou a força da instituição, a necessidade de aprimorar os canais de transmissão da política monetária e a importância de se conectar com um público mais amplo
Genial/Quaest: Aprovação do governo Lula atinge pior nível desde janeiro de 2023 e cai inclusive no Nordeste e entre mulheres
As novas medidas anunciadas e o esforço de comunicação parecem não estar gerando os efeitos positivos esperados pelo governo
O Brasil pode ser atingido pelas tarifas de Trump? Veja os riscos que o País corre após o Dia da Libertação dos EUA
O presidente norte-americano deve anunciar nesta quarta-feira (2) as taxas contra parceiros comerciais; entenda os riscos que o Brasil corre com o tarifaço do republicano
Brasil não aguarda tarifas de Trump de braços cruzados: o último passo do Congresso antes do Dia da Libertação dos EUA
Enquanto o Ibovespa andou com as próprias pernas, o Congresso preparava um projeto de lei para se defender de tarifas recíprocas
Em busca de proteção: Ibovespa tenta aproveitar melhora das bolsas internacionais na véspera do ‘Dia D’ de Donald Trump
Depois de terminar março entre os melhores investimentos do mês, Ibovespa se prepara para nova rodada da guerra comercial de Trump
O copo meio cheio de Haddad na guerra comercial de Trump
O ministro da Fazenda comentou sobre tarifas contra o Brasil horas antes de a guerra comercial do republicano pegar fogo
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Viagem a Paris: Haddad discutirá transição ecológica e reforma do G20 na França
Financiamento a florestas tropicais e mercado de carbono são destaques dentre as pautas da agenda de conversas do ministro em Paris.