Roberto Campos Neto vai colocar o pé no acelerador dos juros? Ao menos, é o que sugere o Boletim Focus
De acordo com a edição desta semana, os próximos encontros da autoridade monetária devem elevar a Selic para o patamar de 11,50% ao ano no fim de 2024

O Brasil tem apenas mais duas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) até o fim de 2024 — e a expectativa é de que os juros subam de forma mais acelerada nos próximos encontros dos diretores do Banco Central — os últimos com Roberto Campos Neto à frente da autoridade monetária.
De acordo com a edição do Boletim Focus desta semana, a Selic deve atingir o patamar de 11,50% ao ano no fim de 2024. Na semana passada, as estimativas para a taxa de juros em dezembro eram de 11,25%.
Vale lembrar que na reunião do Copom da semana passada, o BC subiu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para o patamar de 10,75% ao ano. Ou seja, para atingir o nível esperado pelo Focus, seria necessário pelo menos um aumento de 0,50 ponto percentual nas duas reuniões que restam em 2024.
No comunicado após a decisão sobre a Selic, o Copom não deu pistas sobre qual será o ritmo adotado nas próximas reuniões. Mas reiterou o "firme compromisso" com a convergência da inflação à meta e deixou a porta aberta para novos apertos e uma subida mais acelerada dos juros, se necessário.
Assim, os dirigentes indicaram que a magnitude dos ajustes e do final do ciclo dependerá da evolução da dinâmica da inflação, "em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos".
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Apesar da alta neste ano, a expectativa do mercado é que a Selic volte a cair em 2025. As projeções do boletim Focus apontam para uma taxa de juros em 10,50% em dezembro do ano que vem.
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Trata-se do mesmo patamar do levantamento da semana passada. Ou seja, o tom mais duro do BC no comunicado da decisão que elevou a Selic não foi suficiente para alterar as estimativas do mercado para prazos mais longos.
Inflação é quem manda nos juros — e ela não deve ir bem
De acordo com o dado inflacionário mais recente, o IPCA de agosto registrou a primeira deflação em mais de um ano, colocando o índice de preços em 12 meses na casa dos 4,24% — ainda dentro do intervalo estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que varia de 1,50% a 4,50% ao ano, com centro em 3,00%.
Mas as estimativas do Boletim Focus apontam para uma inflação de 4,37% ao fim de 2024, ainda dentro do intervalo da meta, mas cada vez mais longe do centro. Essa é a décima semana consecutiva de alta nas projeções para o IPCA.
No comunicado divulgado junto à decisão, o Copom avaliou que há uma "assimetria altista" no balanço do cenário inflacionário e listou três riscos principais:
- a desancoragem das expectativas por um período mais prolongado;
- uma resiliência maior do que a projetada na inflação de serviços;
- e uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto nos preços por meio, por exemplo, de uma "taxa de câmbio persistentemente mais depreciada"
O comitê também citou que há riscos de baixa para a inflação, mas apenas dois: uma desaceleração da economia global maior que a esperada e os impactos do aperto monetário sobre os preços. Portanto, para os dirigentes, o quadro atual demanda uma "política monetária mais contracionista".
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E por falar em juros…
O panorama externo exerce grande influência sobre o futuro da Selic por aqui. Na última quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) reduziu os juros em 0,50 p.p., um corte bastante significativo na visão do mercado.
O alívio monetário mais robusto se deve principalmente aos dados recentes de atividade econômica, com possíveis sinais de uma desaceleração da maior economia do planeta.
Porém, a queda dos juros lá fora tende a enfraquecer o dólar frente a outras moedas. Somando isso com as expectativas de que o PIB brasileiro cresça 3,0% até o fim de 2024 (segundo o Focus), esse cenário poderia estimular uma política menos contracionista do nosso BC até o fim do ano.
Outra visão sobre o mercado entende que a economia brasileira começa a dar sinais de superaquecimento, com o desemprego em queda e a massa salarial em alta, o que tenderia a pressionar a inflação para cima.
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