Brasil tem PIB Tim Maia no segundo trimestre (mais consumo, mais investimentos, ‘mais tudo’) — mas dá o argumento que faltava para Campos Neto subir os juros
PIB do Brasil cresceu 1,4% em relação ao primeiro trimestre com avanço em praticamente todas as áreas; na comparação anual, a alta foi de 3,3% e deve estimular revisão de projeções
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no segundo trimestre de 2024 tem o repertório de Tim Maia como trilha sonora.
Numa passagem de som, o lendário cantor e compositor foi registrado pedindo “mais grave, mais agudo, mais eco, mais retorno, mais tudo!”.
No mesmo embalo, a economia brasileira teve mais consumo, mais investimento, mais serviço, mais indústria. Um trimestre de “mais tudo”. Ou quase, já que o agro, estrela de edições anteriores do PIB, desafinou.
A trilha sonora da economia aquecida ainda deve levar o Banco Central (BC) de Roberto Campos Neto a entoar outro grande sucesso na voz de Tim Maia: “Me Dê Motivo” — no caso, para subir a taxa básica de juros (Selic) na reunião que acontece daqui a duas semanas.
O PIB do Brasil no 2T24
A riqueza gerada pelos brasileiros no segundo trimestre de 2024 totalizou R$ 2,888 trilhões.
Com isso, o PIB brasileiro passou de +1,0% no primeiro trimestre para um crescimento de 1,4% entre abril e junho. O resultado apurado veio bem acima da mediana das projeções do mercado (+0,9%).
Leia Também
'Imposto sobre Pix acima de R$ 5 mil' é fake news, alerta Receita Federal
Vale observar que esse dado veio de uma base mais elevada. Ao divulgar o PIB do segundo trimestre, o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) revisou para cima (de +0,8% para +1,0%) o resultado do primeiro trimestre.
Isso levou a uma alta de 3,3% do PIB na comparação com o segundo trimestre de 2023. Nessa base de comparação, a mediana das estimativas apontava para um crescimento de 2,6%.
- Ferramenta liberada: entenda qual a carteira recomendada para o seu perfil de investidor. Simule aqui.
PIB Tim Maia
Quase tudo veio “a mais” no PIB do segundo trimestre.
O indicador foi puxado pelos serviços e pela indústria, pelo lado da oferta, e pelo consumo tanto das famílias quanto do governo, sob a ótica da demanda.
A indústria teve alta de 1,8% em relação ao primeiro trimestre e expandiu-se 3,9% ante o mesmo período do ano anterior.
Motor da economia pelo lado da oferta, o setor de serviços acrescentou R$ 1,7 trilhão à economia entre abril e junho. Isso representa um crescimento de 1,0% em relação ao período entre janeiro e março e de 3,5% na comparação com o segundo trimestre de 2023.
No lado da demanda, o consumo das famílias e o do governo cresceu 1,3% cada na comparação trimestral. Já em relação ao mesmo período do ano anterior, o consumo das famílias teve alta de 4,9% enquanto o do governo subiu 3,1%.
Até mesmo os investimentos, que vinham patinando e são identificados pela rubrica Formação Bruta de Capital Fixo, apresentaram recuperação no segundo trimestre, crescendo 2,1% em relação aos primeiros três meses do ano e 5,7% na base anual.
Quem saiu do tom e ficou vulnerável a um puxão de orelha do “síndico” foi o agronegócio. O PIB da agropecuária recuou 2,3% na comparação trimestral e apresentou retração de 2,9% ante o segundo trimestre de 2023.
Revisão das projeções vem aí
O Brasil entrou em 2024 com grande desconfiança em relação ao crescimento do PIB.
O zero a zero da economia na reta final de 2023 fez com que as projeções do mercado para este ano não passassem de uma modesta alta de 1,59%.
As projeções têm melhorado. A última edição do boletim semanal Focus, com data de 30 de agosto, eleva a projeção do PIB de 2024 para 2,46%.
Hoje, logo depois da divulgação do resultado, o banco norte-americano Goldman Sachs elevou sua projeção para o PIB brasileiro em 2024 de +2,5% para 3,0%.
Para Gino Olivares, economista-chefe da Azimut Brasil WM, a alta deriva de “fatores pontuais” ou que tendem a arrefecer nos próximos trimestres.
Ainda assim, a expectativa dele é de uma nova rodada de revisões para cima nas projeções do PIB de 2024.
“Precisamos ter em mente que, muito provavelmente, serão consequência de um crescimento maior do que o esperado no primeiro semestre do que da perspectiva de uma aceleração do crescimento no segundo.”
Me dê motivo (pra subir os juros)
A aceleração do crescimento econômico costuma ser bem vista.
No entanto, ela ocorre em um momento no qual cada vez mais participantes do mercado defendem a necessidade de um novo ciclo de alta dos juros pelo Banco Central (BC).
A taxa Selic encontra-se atualmente em 10,50% ao ano.
O nível já é considerado restritivo, mas as recentes e crescentes pressões inflacionárias têm levado investidores a projetarem juros mais altos na curva a termo.
No fim de agosto, por exemplo, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionou a bandeira vermelha 2, diante da perspectiva de menor afluência aos reservatórios das usinas hidrelétricas em meio a uma sucessão de ondas de calor e incêndios. Isso significa que a conta de luz vai ficar mais cara a partir de setembro.
Na Focus, a projeção para a Selic no fim do ano segue em 10,50% há 11 semanas.
No entanto, participantes do mercado acreditam que as pressões inflacionárias podem levar o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC a elevar a taxa básica de juros já a partir da próxima reunião, marcada para daqui a duas semanas.
O PIB do segundo trimestre parece ser o argumento que faltava para que o colegiado presidido por Roberto Campos Neto voltar a subir os juros.
“Os dados robustos de demanda doméstica aumentam significativamente as chances de um aumento de taxa na reunião do Copom de setembro”, afirma Alberto Ramos, diretor de política macroeconômica do banco Goldman Sachs para a América Latina.
O que acontece se ninguém acertar as seis dezenas da Mega da Virada
Entenda por que a regra de não-acumulação passou a ser aplicada a partir de 2009, na segunda edição da Mega da Virada
China ajuda a levar o ouro às alturas em 2025 — mas gigante asiático aposta em outro segmento para mover a economia
Enquanto a demanda pelo metal cresce, governo tenta destravar consumo e reduzir dependência do setor imobiliário
Como uma mudança na regra de distribuição de prêmios ajudou a Mega da Virada a alcançar R$ 1 bilhão em 2025
Nova regra de distribuição de prêmios não foi a única medida a contribuir para que a Mega da Virada alcançasse dez dígitos pela primeira vez na história; veja o que mais levou a valor histórico
ChatGPT, DeepSeek, Llama e Gemini: os palpites de IAs mais usadas do mundo para a Mega da Virada de 2025
Inteligências artificiais mais populares da atualidade foram provocadas pelo Seu Dinheiro a deixar seus palpites para a Mega da Virada — e um número é unanimidade entre elas
Os bilionários da tecnologia ficaram ainda mais ricos em 2025 — e tudo graças à IA
Explosão dos investimentos em inteligência artificial impulsionou ações de tecnologia e adicionou cerca de US$ 500 bilhões às fortunas dos maiores bilionários do setor em 2025
Quanto ganha um piloto de Fórmula 1? Mesmo campeão, Lando Norris está longe de ser o mais bem pago
Mesmo com o título decidido por apenas dois pontos, o campeão de 2025 não liderou a corrida dos maiores salários da Fórmula 1, dominada por Max Verstappen, segundo a Forbes
Caso Master: Toffoli rejeita solicitação da PGR e mantém acareação em inquérito com Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central
A diligência segue confirmada para a próxima terça-feira, dia 30
Bons resultados do fim de ano e calendário favorável reforçam confiança entre empresários de bares e restaurantes para 2026, aponta pesquisa
O próximo ano contará com dez feriados nacionais e deve estimular o consumo fora do lar
O que aconteceu com o ganhador da Mega da Virada que nunca foi buscar o prêmio
Autor de aposta feita pelos canais eletrônicos da Caixa não reivindicou o prêmio da Mega da Virada de 2020 e o dinheiro ficou com o governo; saiba o que fazer para não correr o mesmo risco
Governo estabelece valor do salário mínimo que deve ser pago a partir de 1º de janeiro; veja em quanto ficou
A correção foi de 6,79%, acima da inflação, mas um pouco abaixo do reajuste do ano anterior
Caso Master: Vorcaro, ex-presidente do BRB e diretor do Banco Central vão depor frente a frente no STF
O objetivo é esclarecer as diferentes versões dos envolvidos na tentativa de compra do Banco Master pelo BRB
Das 4 praias mais limpas do Brasil, as 3 primeiras ficam em ilhas — e uma delas no sudeste
Entre as praias mais limpas do Brasil, três estão em ilhas e apenas uma fica no Sudeste, com critérios rigorosos de preservação ambiental
ACSP aciona Justiça Federal para garantir isenção de Imposto de Renda sobre dividendos de micro e pequenas empresas
A medida é uma reação às mudanças trazidas pela Lei nº 15.270, que alterou as regras do IR
Primeiro foguete comercial lançado pelo Brasil explode no céu; ações de empresa sul-coreana derretem
Após uma série de adiamentos, o Hanbit-Nano explodiu logo após a decolagem no Centro de Lançamento de Alcântara e derrubou as ações da fabricante Innospace
Bancos funcionam no Natal e no Ano Novo? Veja o que abre e o que fecha
Bancos, B3, Correios e transporte público adotam horários especiais nas vésperas e nos feriados; veja o que abre, o que fecha e quando os serviços voltam ao normal
Com atenção voltada para prêmio bilionário da Mega da Virada, Lotofácil abre semana fazendo um novo milionário
Lotofácil não foi a única loteria a ter ganhadores ontem; prêmio principal da Super Sete foi dividido por dois apostadores
Ano eleitoral, juros menores e Ibovespa em alta: o que esperar da economia brasileira em 2026
Cenário global favorável para mercados emergentes deve ajudar o Brasil, e trade eleitoral será vetor importante para guiar os investimentos no próximo ano
Só 1 em cada 10 praias de São Paulo está imprópria para banho no início do verão; veja onde
Levantamento da Cetesb mostra melhora em relação ao ano passado e aponta que apenas 1 em cada 10 praias paulistas tem restrição para banho
Brasil tem hoje a última chance de lançar primeiro foguete comercial
Após quatro adiamentos por falhas técnicas, clima e problemas em solo, o Hanbit-Nano, primeiro foguete brasileiro comercial tem nesta segunda-feira a última janela para decolar do Centro de Lançamento de Alcântara
Mega-Sena interrompida: agora toda aposta vale apenas para o bilionário sorteio da Mega da Virada
Mega da Virada vai sortear pela primeira vez na história um prêmio de R$ 1 bilhão; sorteio está marcado para a noite de 31 de dezembro