4 pontos que ajudaram o PIB brasileiro a bombar (de novo) no terceiro trimestre, apesar da decepção com o agro
Crescimento do PIB do Brasil atingiu os 4% no terceiro trimestre de 2024, mas juros em alta tendem a provocar desaceleração em um futuro próximo
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro voltou a superar as expectativas no terceiro trimestre de 2024.
A economia nacional cresceu 0,9% na comparação com o segundo trimestre. Já em relação ao mesmo período de 2023, o crescimento do PIB do Brasil atingiu 4,0%.
Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado veio ainda melhor do que se esperava. Analistas de mercado consultados pelo Broadcast projetavam, na mediana, altas de 0,8% no trimestre e de 3,9% na comparação anual.
Trata-se de uma versão melhorada do PIB “Tim Maia” do segundo trimestre, quando a economia brasileira cresceu 1,4% na leitura trimestral e registrou expansão de 3,3% no ano.
A riqueza gerada pelos brasileiros entre julho e setembro totalizou R$ 3 trilhões, valor acima dos R$ 2,888 trilhões do segundo trimestre.
Leia Também
Como é o foguete que o Brasil vai lançar em dezembro (se não atrasar de novo)
Liquidação do Banco Master não traz risco sistêmico, avalia Comitê de Estabilidade Financeira do BC
Diante disso, destrinchamos a seguir os quatro pontos que fizeram o PIB brasileiro bombar no terceiro trimestre, além de um que voltou a decepcionar.
1 - Demanda maior por serviço
O setor de serviços puxou o PIB pelo lado da oferta.
Houve alta de 0,9% na passagem do segundo para o terceiro trimestre de 2024.
Na comparação com o mesmo período de 2023, a alta foi de 4,1%.
O destaque coube aos serviços de tecnologia da informação, de acordo com o IBGE.
2 - Indústria volta a crescer
Assim como ocorreu no segundo trimestre, a indústria brasileira voltou a registrar um bom resultado entre julho e setembro.
O setor industrial avançou 0,6% ante os meses de abril a junho e cresceu 3,6% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior.
3 - Investimentos em alta
Outra surpresa positiva veio da Formação Bruta de Capital Fixo.
Responsável por identificar o volume de investimentos na economia, a rubrica registrou expansão de 2,1% no trimestre e saltou 10,8% na comparação anual.
A Formação Bruta de Capital Fixo é usada como referência para crescimento futuro.
Para Guilherme Sousa, da Ativa Investimentos, o indicador sugere que “a robustez do PIB aparenta não ser apenas uma surpresa pontual”.
4 - As famílias e o PIB
Se os serviços puxam o PIB pelo lado da oferta, o consumo das famílias executa o mesmo papel sob o ponto de vista da demanda.
No trimestre, o consumo das famílias aumentou 1,5%. No ano, a alta acumulada foi de 5,5%.
Em grande medida, isso se explica pela melhora do mercado de trabalho e pelo crescimento da renda, afirma Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter.
Na semana passada, o IBGE reportou taxa de desemprego de 6,2% no trimestre móvel entre agosto e outubro. Trata-se do nível mais baixo da atual série histórica do instituto.
Resultado do agro decepciona
Quem decepcionou no PIB do terceiro trimestre foi o agronegócio.
O setor registrou contração de 0,8% na leitura trimestral e recuou 0,9% na leitura anual.
O desempenho foi afetado pela perda de produtividade da cana-de-açúcar, do milho e da laranja, cujas safras são relevantes para o resultado do terceiro trimestre.
Apesar disso, as safras de algodão, trigo e café registraram melhora no período.
Outras considerações sobre o PIB
- O consumo do governo no terceiro trimestre cresceu 0,8% em relação aos três meses imediatamente anteriores e 1,3% na leitura anual.
- A taxa de investimento passou de 16,4% no segundo trimestre para 17,6% no terceiro. Trata-se de uma alta de 1,2 ponto porcentual.
- O IBGE revisou a alta do PIB de 2023. A economia brasileira acumulou alta de 3,2% ao longo do ano passado. A leitura anterior indicava expansão de 2,9% em 2023.
A alegria com o PIB vai durar pouco?
Apesar da sequência recente de bons resultados do PIB, é provável que ele comece a desacelerar em breve.
O principal motivo é a alta dos juros. O Banco Central iniciou um novo ciclo de aperto monetário no segundo semestre deste ano e ainda não há muita clareza em relação a onde a Selic irá parar.
A taxa básica de juros encontra-se em 11,25% ao ano e um novo aumento é esperado na reunião da semana que vem. A dúvida é se ele será de meio ou de 0,75 ponto porcentual.
No mercado secundário, a curva das taxas projetadas indica a possibilidade de juros na casa dos 14% em um futuro não muito distante.
“Tendo em vista a pressão das expectativas de inflação e o dólar elevado, o Banco Central deve endereçar uma política monetária mais contracionista, com alta expressiva da Selic, propiciando um período de desaceleração da atividade”, afirma Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos.
Para ele, o crescimento do PIB de 2024 ainda deve fechar acima dos 3%. No ano que vem, entretanto, a expansão da economia brasileira tende a ficar mais próxima dos 2%.
A proposta do FGC para impedir um novo caso ‘Banco Master’ sem precisar aumentar o colchão do fundo
Com maior resgate da história do FGC, o caso Banco Master acelera discussões sobre mudanças nas regras do fundo e transparência na venda de CDBs
Pagamentos do Bolsa Família e Gás do Povo chegam a beneficiários com NIS final 8 nesta quarta (26)
O pagamento do benefício ocorre entre os dias 14 e 28 deste mês e segue ordem definida pelo último número do NIS
Quanto vai ser o salário mínimo de 2026 e o que ainda falta para ele entrar em vigor
O novo piso salarial nacional para 2026 já foi proposto, mas ainda aguarda aprovação; saiba o que ainda falta
Mega-Sena paga prêmio de quase R$ 15 milhões na ‘capital nacional do arroz’; bola dividida deixa Lotofácil em segundo plano
Enquanto a Mega-Sena saiu para uma aposta simples, a Lotofácil premiou um total de 11 apostadores; as demais loterias da Caixa acumularam ontem (25).
2026 sem alívio: projeções do Itaú indicam juros altos, inflação resistente e dólar quase parado
Cenário deve repetir 2025, apesar de R$ 200 bilhões em impulsos fiscais que turbinam o PIB, mas mantêm pressão nos preços
Um problema para o sistema elétrico? Por que a Aneel quer cortar o excedente de energia renovável
Agência aprova plano emergencial para evitar instabilidade elétrica em a excesso de energia solar e eólica
Uma vaca de R$ 54 milhões? Entenda o que faz Donna valer mais que um avião a jato
Entenda como Donna FIV CIAV alcançou R$ 54 milhões e por que matrizes Nelore se tornaram os ativos mais disputados da pecuária de elite
Foi vítima de golpe no Pix? Nova regra do Banco Central aumenta suas chances de reembolso; entenda como funciona
Nova regra do Banco Central reforça o MED, acelera o processo de contestação e aumenta a recuperação de valores após fraudes
BRB no centro da crise do Master: B3 exige explicações sobre possíveis operações irregulares, e banco responde
Em março, o banco estatal de Brasília havia anunciado a compra do Master, mas a operação foi vetada pelo Banco Central
Nova lei do setor elétrico é sancionada, com 10 vetos do governo: veja o que muda agora
Governo vetou mudança na forma de averiguar o preço de referência do petróleo, pois a redefinição da base de cálculo “contraria o interesse público”
Um conto de Black Friday: como uma data que antes era restrita aos Estados Unidos transformou o varejo brasileiro
Data que nasceu no varejo norte-americano ganhou força no Brasil e moldou uma nova lógica de promoções, competição e transparência de preços.
Lotofácil tem 24 ganhadores, mas só 3 vão receber o dinheiro todo; Timemania pode pagar (bem) mais que a Mega-Sena hoje
Seis bilhetes cravaram as dezenas válidas pela Lotofácil 3545, sendo três apostas simples e três bolões; todas as demais loterias sorteadas ontem acumularam
13º salário atrasou? Saiba o que fazer se o empregador não realizar o pagamento da primeira parcela até sexta-feira (28)
O prazo limite da primeira parcela do 13° é até a próxima sexta-feira (28), veja o que fazer caso o empregador atrase o pagamento
Seu Dinheiro figura no Prêmio +Admirados da Imprensa de Economia, Negócios e Finanças 2025
Site contou com três jornalistas na primeira seleção que escolhe os 50 mais admirados do país
“O Banco Central não se emociona”, diz Galípolo; juro vai se manter restritivo até que inflação chegue à meta de 3%
Em evento da Febraban, o presidente do BC destacou o papel técnico da autarquia para controlar a inflação, sem influência da “questão midiática”
Defesa de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, pede habeas corpus para o banqueiro ao STJ
Ele recebeu voz de prisão de um policial federal à paisana no momento em que passava no raio-x do Aeroporto de Guarulhos para sair do Brasil na segunda-feira passada (17)
STF mantém prisão preventiva de Bolsonaro; entenda o que acontece agora
A ministra Cármen Lúcia foi a última a votar e apenas acompanhou o relator, sem apresentar voto escrito. Além dela, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin votaram para confirmar prisão preventiva
Taxa Selic vai voltar para um dígito, segundo economistas, mas só em 2028 — já a inflação deve continuar acima da meta por bastante tempo
Boletim Focus desta segunda diminuiu a projeção de juros para 2026 e 2028, projetando pela primeira a Selic em 9,75% em 2028
Agenda da semana tem IPCA-15, inflação nos Estados Unidos e feriado de Ação de Graças em Wall Street
Semana traz agenda intensa de indicadores que incluem a prévia da inflação local e o PCE, índice de inflação favorito do Federal Reserve
Balanço do G20: Lula defende governança soberana em minerais críticos e IA e promete data para assinatura de acordo Mercosul-UE
Presidente discursou no evento sobre minerais como terras raras e inteligência artificial; a jornalistas, prometeu assinatura de acordo comercial para 20 de dezembro