O plano de saúde ficou mais caro — e as empresas curtiram isso: Lucro do setor de saúde quase triplica no 1º semestre e tem melhor resultado desde 2021
O setor de saúde teve um lucro líquido de R$ 5,6 bilhões no primeiro semestre de 2024, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

Enquanto as seguradoras continuam a aumentar os preços dos planos médicos, o setor de saúde aproveitou o momento para faturar. O setor de saúde teve um lucro líquido de R$ 5,6 bilhões no primeiro semestre de 2024, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
A cifra é quase o triplo — alta de 180% — em relação aos R$ 2 bilhões registrados no mesmo período de 2023. Além do preço maior, as operadoras conseguiram reduzir os custos, o que levou a uma melhora na chamada sinistralidade.
No entanto, o montante ainda é cerca de 50% menor do que o resultado líquido de 2020, quando o lucro do setor atingiu a máxima de R$ 11,3 bilhões no primeiro semestre em meio à pandemia da covid-19. Na ocasião, o isolamento levou a uma forte queda na demanda por procedimentos médicos, o que elevou o lucro de hospitais e planos.
Fonte: Reprodução
Segundo a ANS, o desempenho financeiro do primeiro semestre de 2024 é o mais alto desde 2019, com todos os segmentos apresentando resultados positivos. Confira:
- Operadoras odontológicas: R$ 338 milhões;
- Médico-hospitalares: R$ 5,1 bilhões; e
- Administradoras de benefícios: R$ 106,8 milhões.
Por sua vez, a receita total do setor ultrapassou R$ 170 bilhões nos seis primeiros meses de 2024, com o lucro líquido representando cerca de 3,27% do total.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
Ou seja, a cada R$ 100,00 de receita, o setor obteve aproximadamente R$ 3,27 de lucro.
Ainda de acordo com a ANS, a redução da sinistralidade foi resultado principalmente da recomposição das mensalidades dos planos em relação à variação das despesas, especialmente nas operadoras de grande porte.
Os dados têm base nas informações financeiras divulgadas pelas operadoras de planos de saúde e administradoras de benefícios nos dois primeiros trimestres de 2024.
O desempenho das operadoras de saúde
Os números do primeiro semestre de 2024 foram impulsionados pela melhora no desempenho do segmento das operadoras médico-hospitalares, que lucraram R$ 5,01 bilhões no período .
As operadoras de grande porte lideraram o setor, com um aumento de R$ 5,0 bilhões no lucro líquido no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior.
Já para as operadoras de pequeno porte, o lucro aumentou R$ 66,7 milhões na mesma comparação.
Por outro lado, as operadoras de médio porte tiveram uma redução de R$ 1,4 bilhão no lucro líquido no primeiro semestre de 2024 frente a igual intervalo de 2023.
Segundo a ANS, esse resultado negativo foi influenciado por uma operadora específica.
Caso esta companhia fosse excluída da análise, haveria um aumento de R$ 397,5 milhões nos ganhos líquidos na base anual.
A visão dos analistas para o setor
Na avaliação do Itaú BBA, o relatório da ANS no segundo trimestre de 2024 mostrou mais uma melhora significativa no índice de sinistralidade (MLR) para o setor de saúde.
O índice de sinistralidade médica do setor neste trimestre foi de 85,1%, um recuo ante os 88,7% registrados no 2T23.
Esta é a menor sinistralidade registrada desde 2019 para um 2° trimestre — com exceção de 2020, época da pandemia.
A melhora foi impulsionada principalmente pelos participantes maiores, que reduziram a MLR em 4,9 pontos percentuais (p.p) na base anual, enquanto os participantes pequenos e médios viram uma piora na sinistralidade médica.
A Amil apresentou a melhora mais significativa dentre os players do setor, com um índice MLR de 78,7%, contra 103,7% no 2T23.
Veja a sinistralidade das outras empresas de saúde:
- SulAmérica: 87,6% (90,6% no 2T23);
- Bradesco Saúde: 91,9% (94,1% no 2T23).
Do lado da Hapvida (HAPV3), tanto a Hapvida Assistência Médica SA quanto a Notre Dame Intermédica apresentaram evolução na MLR. No entanto, a operação em Minas Gerais registrou forte deterioração, com sinistralidade de 102,8%.
A Unimed Nacional e a Porto também apresentaram tendências positivas neste trimestre.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
Como fica a rotina no Dia do Trabalhador? Veja o que abre e fecha nos dias 1º e 2 de maio
Bancos, bolsa, Correios, INSS e transporte público terão funcionamento alterado no feriado, mas muitos não devem emendar; veja o que muda
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.
Negociação grupada: Automob (AMOB3) aprova grupamento de ações na proporção 50:1
Com a mudança na negociação de seus papéis, Automob busca reduzir a volatilidade de suas ações negociadas na Bolsa brasileira
Evasão estrangeira: Fluxo de capital externo para B3 reverte após tarifaço e já é negativo no ano
Conforme dados da B3, fluxo de capital externo no mercado brasileiro está negativo em R$ 242,979 milhões no ano.
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros
CCR agora é Motiva (MOTV3): empresa troca de nome e de ticker na bolsa e anuncia pagamento de R$ 320 milhões em dividendos
Novo código e nome passam a valer na B3 a partir de 2 de maio
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
É investimento no Brasil ou no exterior? Veja como declarar BDR no imposto de renda 2025
A forma de declarar BDR é similar à de declarar ações, mas há diferenças relativas aos dividendos distribuídos por esses ativos
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)